A ninguém, nas últimas décadas e em todo o mundo, o asserto popular português pode ser aplicado com tanta a propriedade como a Barack Obama.
Na verdade, bem se pode dizer que o actual presidente dos States se tem notabilizado bem mais pelos faits divers que a sua idiossincrasia cultiva do que por real política de fundo.
E, com isso, lá vai entretendo papalvos sobre papalvos que, entre gags e outras habilidades de jongleur et/and entertainer, pouco tempo dispõem para analisar a efectiva política do homem que ocupa the Oval Office in the 1600 Pennsylvania Avenue, Whashington DC.
Temo-lo visto e ouvido a fazer tudo e mais alguma coisa sem qualquer tipo de importância, enquanto o mundo atravessa uma fase em que está verdadeiramente dependente das suas decisões, como raramente esteve relativamente a antecessores seus, não só pelo momento em si, como pelas expectativas que o próprio fez tudo - aceitável e menos - por criar.
Tem feito de tudo, na verdade. E sempre com grande aplauso dos forçados circunstantes e de quem, pelos canais de TV, continua a ser grosseiramente manipulado, levado ao engano da capa de toureio.
Bem, ainda não terá feito tudo, mas é questão de termos paciência e esperarmos um pouco mais que, pelo caminho que as coisas levam, certamente mais e melhor aparecerá. Será um bocejo aqui? Um arroto ali? E por que não a resounding fart mais além? Com a galegagem e os papalvos todos a rir contrafeitos mas a aplaudirem a mãos ambas, quiçá, a pedirem mais.
Desta vez foi uma mosquinha marota. Como incomodou, foi morta à palmada. Como, aliás faria qualquer mortal em seu perfeito juízo e desesperado incómodo.
A cena está a correr mundo, para gáudio dos alarves de sempre, com a superioridade moral da sinistra habitual. Apenas me surpreende - ou talvez não - a circunstância de as ligas de protecção dos animais ainda não terem desatado em alta grita, comme d'habitude. Talvez pelo facto de o agressor ter sido Obama...
Se a cena tivesse ocorrido no consulado de Bush e este tivesse querido desfrutar a boa fé dos seus contemporâneos, mandando que fosse difundida por todo o mundo, para mostrar a sua "humanidade" e a graciosidade de gestos do quotidiano de tão simples e humana criatura, lui même, claro está, a estas horas estaria já a ser bombardeado pelas tais ligas e vilipendiado por tudo quanto é Comunicação Social. Até por ter tido o atrevimento e a desumanidade de insultar de sucker a infeliz mosquinha que acabara de assassinar sem piedade.
Diria o inigualável Guterres (sim, esse, o do PIB e do pântano também... ah, pois, porque é sempre bom que não esqueçamos a quem devemos o pântano. Nada de ingratidões...):
- É a vida!
...
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