Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

2798. Ena, isso é que foi metê-lo, ó António!


António Peres Metello
é o economista, ou parecido com isso, que raramente diz coisa com coisa e apenas tem servido para defender os pontos de vista dos seus apaniguados, com é bem sabido.


Mas, está visto, não há quem sempre erre, como não há quem sempre acerte.


Então não é que ontem teve um “desarrincanço” valente? Veio dizer o que mais ninguém fora capaz de esclarecer até aí.


Explicou ele que, tendo o Estado gente a mais e sendo esse um dos principais “cancros” da despesa do mesmo Estado, acabar com tal situação é mais do que prioritário.


No entanto, despedir, de supetão, 100 mil funcionários não é possível sem enorme sobressalto social. Seria como lançar bomba de hidrogénio sobre o país, que tudo arrasaria.


O Estado ficaria, de um momento para o outro, completamente de rastos e o desemprego subiria, igualmente de um momento para o outro, para cerca de 1 milhão de pessoas, ou seja 10%, não da força de trabalho – note-se – , mas do total da população portuguesa.


Uma tragédia de proporções bíblicas!


Assim sendo, não restava outra solução que não a que foi adoptada, ou seja, cortar os subsídios de férias e de Natal por dois anos, período durante o qual, se se mantiver o ritmo normal, os pedidos de passagem à aposentação rondarão esse número de 100 mil, pelo que, no final do período, continuando congeladas as admissões, estará feito o ajuste indispensável no número dos servidores do Estado e na correspondente despesa.


A isto chama-se cortar na principal gordura do Estado. Trata-se de um parto com muita dor? Sim! Mas uma cesariana com morte de mãe e filho não seria bem pior?


* * *


Entretanto, pergunta-se: E Cavaco? Sim, Cavaco – que, no tempo em que o Vilarista desmandava pelo País fora, não foi capaz de abrir a boca nem para um simples bocejo – e na véspera, se atirou ao governo por esta medida?


Cavaco?! Ora, ora… Foi com os netos, o palhaço e o macaquinho, de combóio ao… circo!

Sem comentários: