Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 7 de junho de 2012

2953. Organizem-se!


A ctualmente está na moda a fixação mais ou menos generalizada em Miguel Relvas.

Até hoje nada de concreto existe, apenas rumores. Não significa isto que rumores não possam vir a revelar-se correspondentes à verdade, mas, por enquanto, não passam de mexericos.

Isso, porém, não obsta a que Relvas (a quem gente que até actua por soundbytes chama José, tal o grau de conhecimento que do homem tem...) seja o osso – pelos vistos descarnado até ao momento – por que tanto aspiraram e desesperaram, uma vez que ainda não surgiu uma só voz a clamar que ele tenha recebido um tostão indevidamente, nem que tenha chegado ao governo teso que nem carapau e que agora veste (com nome inscrito na montra e tudo) da mais afamada e cara boutique de vestuário do mundo, situada em Rodeo Drive, Hollywood City.

Relvas, que se saiba, nem trafica nem traficou diamantes em aviões que caíram lá pela Jamba! Olha, se o tivesse feito ou sequer sonhado fazer!

Mas a culpa é dele mesmo, quanto a isso não restam dúvidas. Nada disto aconteceria se não se tivesse metido a liderar o processo de privatização de uma parte substancial da RTP e igualmente no processo de eliminação de umas quantas dispensáveis freguesias, que apenas existem para dar sinecura a outros tantos afilhados.

Porque aí é que está o busílis, já que são mais duas corporações (daquelas que apenas havia no tempo do "fassismo"...) que são postas em causa.

Resumindo, uma vez mais se constata que toda a gente achava que tudo estava mal e tinha que levar uma volta mas, ATENÇÃO, mexam em tudo o que está mal, MENOS NO MEU BUTECO, porque eu vou aos arames.

Compreende-se – embora dificilmente se aceite – que quem é directamente atingido pelas reestruturações indispensáveis, para que a escandaleira e a delapidação anual de milhões de euros (que bem precisos são para fins mais dignos do que encher os bolsos de uns quantos, à custa do erário público) prossiga alegremente.

O que não se compreende é que tal aflija também meros contribui9nyes que ao longo de todos este anos têm vindo a ser roubados nos impostos que pagam.

Afinal, quer-se que as coisas mudem e se corrija o que está mal ou tudo estava bem e como tal deve continuar?

Organizam-se e decidam-se de uma vez por todas.

* * *

Pessoalmente, não aprecio nem um milímetro, o estilo do homem. Daí, porém, a condená-lo sem que ache, em tudo quanto se lê ou ouve oficialmente, seja o que for de concreto contra o que faz ou fez, vai a distância da dignidade social.

O grande caso seria o da jornalista Maria José Oliveira do Público que, veja-se, até com o jornal em que trabalhava se zangou, dele se demitindo. Pelos vistos, só ela tem razão e todos os restantes são uma cambada… Mas o que é certo é que nem ela apresentou a mínima prova do que foi alegado. E teria sido bem fácil fazê-lo, pois é sabido que os telefonemas ministeriais – e outros – para os jornais, rádios e televisões são gravados, pois apenas assim os jornalistas se podem defender, se forem acusados de deturpação informativa. Só os ignorantes, os anjinhos e quem estiver eivado de má fé pode ignorar esta verdade simples.

A Maria José Oliveira apenas bastaria, pois, exibir a gravação do telefonema para deitar abaixo o ministro. Não o fez nem nenhum dos seus amigos. Lá saberão porquê. Talvez não desse jeito a exibição de uma gravação em que o ministro alegadamente tivesse ameaçado revelar coisas da vida particular da jornalista… que… toda a gente do meio conhece! Que ameaça mais sem nexo e estúpida, hein?!

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