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Bernard Arnault, o homem mais rico da Europa, está a tentar conseguir dupla nacionalidade. Além da francesa, quer agora a belga, onde os impostos são bastante mais baixos.
É uma coisa que Hollande ainda não percebeu, mas de que rapidamente tomará nota, de certeza.
Com o poder económico, a forma de actuar tem de ser outra, que não a da força, porque o poder económico tem mais força do que o político. Com os detentores do verdadeiro Poder, há que usar-se de astúcia e de capacidade de persuasão.
Se isso não for feito, eles, porque têm o poder, o real poder, facilmente se subtraem às leis mal enjorcadas e persecutórias, tanto a pessoa como as empresas que tem, as quais, num ápice, pura e simplesmente deslocalizam (onde é que já vi isto?).
E, fazendo-o, lá se vão as receitas fiscais cobradas ao homem e ás suas empresas, confortar os cofres de outros países, onde o Estádio actua com maior lucidez.
Claro que a situação não é nem cívica nem moralmente aceitável. Mas o capital está-se marimbando para o civismo e para a moralidade.
Cabe é aos governantes não se deixarem levar em demagogias cretinas e actuar na defesa real dos interesses dos seus países e dos seus concidadãos. Mesmo que estes não percebem o que está em jogo.
Em Portugal já passámos por fase semelhante quando o radicalismo do PREC levou inúmeros empresários e “retirarem-se” para o Brasil, Argentina e tantos outros países, onde rapidamente refizeram as fortunas e passaram a pagar impostos, tendo ficado Portugal, alegre, feliz e contente, a caminho da miséria por que todos passámos e de que só conseguimos sair, primeiro com o enormíssimo fluxo de dinheiro vindo, às pàsadas, dos impostos pagos pelos nossos parceiros europeus e, depois, pelo endividamento geométrico em que nos afundámos perante a comunidade internacional.
François Hollande vai perceber tudo isto muito rapidamente. Caso contrário, ainda levará a França a pedir, ela também, que a resgatem “pour l’amour de Dieu!”.
A Espanha já lá está.
A Itália vai a caminho.
A França será a “senhora” que segue…
François Hollande vai perceber. Olá se vai! E mais lhe valerá já do que amanhã…
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