Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

terça-feira, 31 de julho de 2012

2959. O coro dos idiotas úteis

O coro dos idiotas úteis é como o antigo coro da tragédia grega. Amplifica e acentua os contornos da tragédia, tornando-a mais sentida, ainda que os factos não correspondam à realidade.

Não tema – ou tema menos, muito menos… – os fautores da tragédia em que estamos e de que tentamos sair, mas que uns quantos teimam em dificultar ao máximo.


Porquê?

Porque uns são tão minoritários que nada representam.

Em conjunto não significam sequer 10% – um décimo, veja bem!... – dos cidadãos portugueses; outros, embora representando mais, estão tão descredibilizados pela última década e meia de desvario, que também não contam.


Tema, isso sim – e muito! – os idiotas úteis. Porque eles tolamente amplificam as mal intencionadas sentenças e acções daqueles.


No fundo, são eles que, inocentemente porque a idiotia não lhes permite perceberem o que realmente à sua volta se passa, levam ao engano cidadãos descuidados, desatentos.


Como qualquer idiota que se preze, o espécime em referência é todo aquele que, embora não alinhando na ideologia e praxis dos patifes, porque é burro chapado, verdadeira calhau imenso, inamovível à percepção das coisas, amplifica o alcance das teorias e vigarices dos outros, supondo estar a corrigir os males.


E, porque é idiota, não percebe que está a fazer o jogo de quem o quer lixar, com as papas e os bolos com que se enganam todos os que como ele são, ou seja, tolinhos da cachimónia.


Se não houvesse idiotas úteis, os outros, os patifes, não infundiriam receio a ninguém. Porque as suas teorias de destruição e arraso, terra queimada, não teriam aceitação. São eles, os idiotas úteis, que tornam os facínoras perigosos.


A História de Portugal das últimas quatro décadas está repleta de ensinamentos acerca de facínoras e idiotas úteis. Que, aliás, os idiotas úteis não há maneira de colherem, por não reconhecerem um facínora mesmo à frente do nariz e serem mentalmente incapazes de perceberem que eles próprios, idiotas que são, servem lindamente aos desígnios dos outros…


É preciso estar-se prevenido contra os efeitos deletérios que eles causam nas sociedades, em todas as sociedades. No caso vertente, na sociedade portuguesa.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

2958. Isto é que vai uma crise, hein?

Por mim, não me queixo da crise.

Mas... não fui de férias..


* * *

              Crise não trava férias 

A crise não está a impedir as viagens de férias dos portugueses, que optam agora por destinos mais baratos, procuram promoções e, por vezes, reduzem os dias de estadia, segundo os agentes de viagens contactados pelo CM, que garantem que as vendas deste ano estão em linha com as do ano passado.

Os destinos tradicionais, como Cabo Verde e Tunísia, continuam a estar no topo da preferência dos portugueses, não sendo alheio o facto de os preços para estes destinos, no regime de ‘tudo incluído', rondarem os 600 euros - um preço inferior aos praticados na Madeira ou no Algarve.

"O que temos sentido no mercado é que as pessoas procuram obter a melhor relação entre a qualidade e o preço, adequando assim o seu orçamento às diferentes propostas que são apresentadas", explica ao Correio da Manhã Nuno Anjos, director comercial da Soltrópico.
Fonte da agência Abreu garante que o número de reservas, sobretudo nos últimos dois meses, "situa-se praticamente em linha com o Verão passado". "Algumas datas já estão cheias para os destinos e hotéis mais procurados", garante, por outro lado, uma fonte da Top Atlântico. Há, no entanto, ainda uma vasta oferta para aqueles que decidem as férias à última hora.

O esforço das agências de viagens, que procuraram dar resposta aos orçamentos limitados dos portugueses, parece estar a ser recompensado. Mas, admite ainda Nuno Anjos, a "facturação tem sofrido algumas quebras devido aos baixos preços que estão a ser praticados".

CM, 30 Julho 2012

2957. Assim é que é!

Primeiro, alarma-se a opinião pública, fazendo-se constar que não há inspecção alimentar.

Logo de seguida, para não se perder a embalagem na corrida à malvadez, noticia-se que a exportação da carne nacional vai ser prejudicada.


Em qualque
r país normal, em que a política se exercesse com decência, jamais passaria pela cabeça do maior patife por em crise a qualidade dos produtos nacionais, assim prejudicando a balança comercial do país.

Isso seria em qualquer país normal.

Portugal não é, porém e actualmente, país normal, em que a oposição política se exerça de forma limpa e decente.

Vale tudo, porque à cambada, quanto pior... mais lhe calha bem...

terça-feira, 10 de julho de 2012

2956. Separemos águas


A todos quantos – não socialistas nem aparentados – aqui participam activamente ou se limitam a ler, assim tentando esclarecer-se, gostaria de deixar hoje uma prevenção e uma convocação, que me parecem indispensáveis.

Consistem no seguinte:


A luta política que actualmente se trava em Portugal é mais decisiva do que nunca. Tem por finalidade tirar o País da situação miserável para que foi arrastado, por força de décadas – que quase imitaram a derrocada aviltante em que foi transformada a I República – de incompetência governativa e de desbragada corrupção, que teve o seu auge nos malfadados seis anos de desgoverno e desvergonha socratista.


Para que se obtenha algum ganho de causa nessa luta pelo resgate do País, indispensável se torna que as forças socialistas e seus aparentados, que a este lamaçal nos conduziram, sejam fortemente combatidos e derrotados. Sem apelo nem agravo.


Como é natural, eles defendem-se e, por sua vez, tentam derrotar-nos, como tanto nos derrotaram nestas mais de três décadas de ignomínia.


A luta é, pois, entre quem é socialista e quem deles e das suas artimanhas e esquemas está saturado, não querendo deixar tão vergonhosa herança às gerações que se lhe seguirem.


É bom que não se perca de vista esta premissa, que não se confunda o objectivo principal com distracções criadas pelos adversários, para nos desviarem do rumo que pretendemos seguir.


É absolutamente necessário que não confundamos quem é realmente o nosso adversário e quem, mesmo que nos causando algumas dificuldades motivadas pelo descalabro que eles deixaram e persistem em agravar, está na nossa trincheira, combatendo ao nosso lado, fortalecendo o nosso ânimo.


Disso – dessa lucidez – depende a vitória de um modelo de sociedade, que queremos, ou de outro, que repudiamos.


Não há, pois, que tergiversar.


Separemos as águas que não podem estar misturadas, em promiscuidade. Todos devemos escolher o campo em que queremos estar. E, uma vez escolhido, actuar em conformidade e sem hesitações.

O combate é e será duro. Mas valerá a pena ser travado, porque do seu resultado depende a vitória ou a derrota, a continuação desta triste condição actual ou o arranque definitivo em direcção a um futuro melhor, porque mais digno.

2012Julho10
rvs