Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

3135. A malograda espiral recessiva

Sabe por onde anda a celerada e celebrada espiral recessiva?

Estou certo de que ainda se recorda da imensa barulheira que no ano passado assolou o País por causa da célebre espiral recessiva em que o Governo estava a fazer cair Portugal.


Tratava-se de uma espiral recessiva de proporções bíblicas, portanto jamais vista. Uma desgraceira, enfim!

Nem se sabe bem, de onde surgiu a atoarda, mas o que é certo é que chegou mesmo a Belém, onde se chegou ao despropósito de a referir em termos catastrofistas (nota - curiosamente, não há um sequer jornalista com “balls” suficientes para agora perguntar por onde anda ela…).

Em consonância, todo o arraial “esquerdóide” ou “sinistróide”, melhor dito, “patetóide”, com “zés pereiras e fungágas” desatou a zurzir o Governo e toda a gente (pouca, enfim!) que aduzia razões serenas que desmentiam tal cenário apocalíptico.

Neste arraial de tolice vária tomaram lugar de destaque os putos mal assoados da ala “vilarista” do partido do Rato, precisamente a que nos atirou para o buraco lamacento e fétido de que agora tentamos – e vamos conseguir! – sair, “a contrario” gosto de tais gentes.

Com gritaria desalmada e argumentos de menoridade intelectual, esparramaram-se por comissões parlamentares e, com maior estridência - pudera!, havia que aproveitar a visibilidade e retumbância… - no próprio hemiciclo do ex-Convento dos frades beneditinos.

Atrás deste arraial de vozearia, impropérios e completa ausência de adesão à verdade e seriedade de propósitos, logo se aprestaram a enfileirar os “comentadeiros” habituais e “jongleurs” dominicais da nossa praça – de que pouco há que esperar, razão por que não causam surpresa alguma nem sequer mal-estar que incomode – acantonados e, mais do que isso, assolapados nos diversos órgãos de Comunicação “Associal” do burgo.

Curiosa e inesperadamente, porém, na cabeça deste préstito de “dead alive”, quem vimos berrando ainda mais e mais venenosamente? Pois, nem mais nem menos do que o corrupio das cassandras, invejosas umas e invejosas e ressabiadas outras, do próprio partido maior da coligação. E, pelo menos uma dessas cassandras, ao serviço – imagine-se! – de um dos despoletadores da espiralada e mal intencionada taradice.

Foi, como todos bem recordamos – que não comemos queijo em demasia - um festival de horrores berrados aquele a que todo o País assistiu meses a fio e com o qual se pretendeu aterrorizar os cidadãos e, por mor disso, causar irremediável dano nas esperanças eleitorais da maioria. O bem dos cidadãos pouco lhes importou; o que realmente lhes convinha era a completa desestabilização política, com reflexos deletérios no futuro da coligação e anseios dos seus infelizes concidadãos.

Acontece que – como é costume acontecer aos canhestros – nada do que “cassandraram” lhes saiu de feição. Dir-se-ia mesmo que tudo se virou contra a malvadez.

De tal modo que, tendo o Governo previsto que, em 2013, a economia iria cair 2,3%, o que foi considerado uma quase blasfémia, o que sucedeu foi que, no 1º trimestre, o PIB subiu 1,1% e o desemprego caiu de 17,7% para 16,4%, e, no semestre seguinte, o mesmo PIB voltou a subir, agora 0,2% e o mesmo desemprego desceu para 15,3%.

Com isto, o céu começou a desanuviar-se para os Portugueses, em geral, e, consequentemente, toldando-se mais para a cambada.

Imagine-se que no partido que se vai opondo como pode – que a vida é dura – até já há quem queira dar uns açoites no maioral lá do sítio, se este não vencer folgadamente a eleições europeias, hipótese que se vai revelando cada vez mais difícil, tendo em conta os resultados que as diversas sondagens vão revelando. Mesmo – imagine-se!!! – as da empresa de Rui Oliveira e Costa, sempre tão desfavoráveis, ainda que à boca das urnas, à coligação e favoráveis ao seu (dele, pois) partido.

E chegados aqui, termina-se como se começou:

– Sabe por onde anda a celerada e celebrada espiral recessiva?

É que seria bom encontrá-la, para a chapar nas ventas de uns quantos! Safam-se, porque ninguém vai conseguir descortiná-la no meio do nevoeiro em que se estão tornando as esperanças da tão impaciente e canhestra cambada! Pois.

2913Jan21

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