UE quer fim da prática da excisão
A Comissária europeia das Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, sublinhou ontem a necessidade de acabar com a excisão genital feminina, prática que classificou de "abominável", considerando que nenhuma tradição a pode justificar.
"Não podemos fechar os olhos a esta prática", assinalou a comissária num comunicado sobre o Dia Mundial Contra a Mutilação Genital Feminina, que ontem se assinalou, em que indica que cerca de dois milhões de raparigas são anualmente vítimas de excisão.
A União Europeia continuará a fazer o possível para pôr fim àquela prática, que ocorre não só fora das nossas fronteiras, mas também dentro, declarou Benita Ferrero-Waldner. Segundo um estudo da Universidade de Viena, o número de casos de excisão na Europa ronda os 500 mil.
A comissária assinalou que a UE incluiu um compromisso contra a mutilação genital feminina no Acordo de Cotonou, que regula as relações com 79 países de África, Caraíbas e Pacífico.
Jornal de Noticias
Ora, isto, sim, é defender as mulheres.
Se os pretensos defensores de direitos femininos que por aí vegetam, se preocupassem realmente com a situação das mulheres, em geral, e de tantos milhões, em particular, dispunham, nesta questão, como em imensas outras, aliás, de muitas oportunidades para evidenciarem e darem livre curso de acção aos seus alegados incómodos e solidariedade.
Não se pense que estas situações se verificam apenas “lá fora”. A UE já admite que as há no seu território e nada custa a acreditar que, em Portugal, as haja igualmente e em números também assustadores.
É bom que não seja esquecido que temos, dentro das nossas fronteiras, muitas comunidades oriundas de pontos do globo em que esta selvajaria – a excisão clitoridiana - é corrente, nada levando a crer que tal prática tenha sido abandonada só porque se subiu na latitude.
Isto, sim, seria uma boa causa, uma causa digna, uma causa justa para essas “almas generosas” abraçarem com todo o carinho, pundonor e entrega.
Até mesmo porque constituiria oportunidade de ouro para se dedicarem a proteger mulheres, com a vantagem de não se verem simultaneamente “obrigados” a advogar o sofrimento de outrem, a morte de outrem.
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2 comentários:
"Ora, isto, sim, é defender as mulheres.
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Isto, sim, seria uma boa causa, uma causa digna, uma causa justa para essas “almas generosas” abraçarem com todo o carinho, pundonor e entrega.
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Tens toda a razão ... mas aposto que não aparece por aí ninguém a defender este tema ...
em tempos fiz uma imagem sobre estas mulheres ... não foquei este tema em especial .... mas um dia destes farei ...
Bjs
Viva, Isabel!
Claro que não aparecerá. E queres saber porquê? Simplesmente, porque isso não rende. Faço-me entender?
Bj
Ruben
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