Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 21 de março de 2007

946. Uma vergonha!

Grandes Portugueses:
Salazar 22 mil votos à frente na votação
Na votação para o programa da RTP1, «Grandes Portugueses», Oliveira Salazar encontra-se à frente de Afonso Henriques, com 22 mil votos de diferença, registando um total de 52 mil telefonemas. Álvaro Cunhal caiu para terceiro lugar, com 25 mil votos apurados.
Diário Digital, 21-03-2007 10:07:13
Foto DN
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Estes primeiro e terceiro lugares, não só não se revelam surpresa, como vêm dar razão a quantos de nós que, na blogosfera, temos vindo a combater diariamente esta política de oportunismo, de falta de vergonha, de incompetência e de corrupção a todos os níveis a que temos assistido de há 30 anos a esta parte.

Salazar e Cunhal não fazem jus aos lugares em que figuram no concurso. E seria impensável vê-los ali, não fora a circunstância de lá "terem sido colocados" pelos maus aprendizes de feiticeiro que nos têm desgovernado ao longo de toda esta geração.
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Que é uma vergonha, lá isso é! E grande.
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12 comentários:

Isabel Filipe disse...

".........

Estes primeiro e terceiro lugares, não só não se revelam surpresa, como vêm dar razão a quantos de nós que, na blogosfera, temos vindo a combater diariamente esta política de oportunismo, de falta de vergonha, de incompetência e de corrupção a todos os níveis a que temos assistido de há 30 anos a esta parte.
....."

sem sombra de dúvida

onde estão os anti-fascistas??? os democráticos??? estão a votar em Salazar???

parece que sim _______
dá que pensar não é????

bjs

Beijinhos

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Sim, dá que pensar. E muito.
Infelizmente, não a quem deveria dar mais...

Beijinho

Ruben

H. Sousa disse...

É isso mesmo! A votação traduz o descontentamento geral em relação à demonocracia que os "tios" nos servem. Volta e meia eu dava vivas irónicos a Salazar, em estilo de aviso. Mas quem tem ouvidos? Os tios não ouvem, só se forem moedas a cair. O povo clama, mas os tios fazem orelhas moucas. Até um dia...

Ruvasa disse...

Viva, Henrique!

Isto era esperado a todo o momento. O que é que esta gente tem andado à procura? Não é disto mesmo? Têm o que merecem.

Abraço

Ruben

Anónimo disse...

Esta idiotice de concurso só tem o valor e o peso que se quiser dar...pois num universo de 12milhões só 100mil portugas, no seu melhor, votaram.

E o aproveitamento politico que existe claro, só funciona para esses 100mil.
;-)


Beijinho

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

Tens razão no que afirmas.

No entanto, é desses pequenos nadas que, juntos, nascem as grandes encrencas.

Quanto ao valor - e quantidade - destes votos, estamos, pois, conversados.

Mas, agora imagina que se abre um outro concurso a perguntar se os portugueses estão satisfeitos com a democracia que têm. Já te puseste a pensar nos resultados que uma consulta dessas daria?

Pois... Agora experimenta juntar uma e outra e vê lá se é de não ligar importância a isto.

Estes políticos de treta são de tal modo maus que até fazem parecer bons e aceitáveis os que o não são.

Beijinho

Ruben

Pedro Sérgio disse...

Viva, Ruben,

Se continuar neste ritmo, estou a ver que no fim do concurso ainda vão repor o nome original da Ponte de "25 de Abril".

Um abraço

Pedro Sérgio (Palmela)

Ruvasa disse...

Viva, Pedro!

Quer-me parece que sim.
Aliás, sabe-se que os extremos se tocam. E... há extremos assumidos e extremos por assumir.

Abraço

Ruben

carneiro disse...

A minha interpretação vale o que vale e só a mim vincula, mas penso que Salazar só tem tantos votos como reacção á manipulação que foi querer transformar Cunhal, o maior símbolo do comunismo e da estupidez humana que isso representa, na maior figura de Portugal.

Há trinta anos lutei nos liceus contra o comunismo e não aceito que queiram elevar aquele anacronismo histórico a uma categoria que possa representar o Povo Português.

Se for preciso, também voto no Salazar só para que Cunhal perca.

É que independentemente de ideologias, Salazar fez tremendamente mais pelo país do que aquele ressabiado soviético.

Ruvasa disse...

Viva, Carneiro!

É também uma visão do "sucesso" que se verifica. Defensável, claro!

Estou, no entanto, mais virado para a circunstância que apontei, ou seja, de que esta política-politiqueira de treta em que temos vivido é que está a dar os resultados que estamos a constatar e que nem nos causam qualquer surpresa.

No mais, estou consigo, isto é, nem um nem outro. Se um começou bem e muito fez pelo país, inicialmente, após o que se deixou levar pelo poder a todo o custo, o outro ia levar-nos para uma ditadura bem pior.

Que a terra seja leve a ambos... mas que a consciência pese - e muito - a estes que por cá andam a molestar-nos diariamente.

Abraço

Ruben

Menina Marota disse...

Grande Portuguesa é a minha vizinha ali do fundo da rua, que com 4 filhos, todos a estudar e, acumula 2 empregos, porque viúva, (o marido morreu num acidente, e ainda espera que o Seguro resolva a situação) sai de casa às 6 da manhã e volta às 10 da noite. Ao fim de semana ainda consegue uns “trabalhitos” a servir às mesas, num restaurante fino… Um dos filhos, o mais velho, quer entrar na Faculdade mas tem medo que a Mãe não possa pagar, mas ela diz-lhe:
“Enquanto tiver braços para trabalhar, tu continuas a estudar!”

Respeitar o passado, olhando o futuro, mas estando com os pés bem assentes no presente… o que passou está passado, já não há volta a dar-lhe. Importa sim, é sabermos para que tempo caminhamos e isso, sinceramente, não me está a agradar…


Um abraço e continuação de boa semana ;)

Ruvasa disse...

Viva, Menina_Marota!

Concordo.

Estive 10 anos a trabalhar em Lisboa, continuando a viver aqui, em Setúbal.

O trajecto matinal, pela ponte 25 de Abril (ainda não havia a Vasco da Gama), era uma dor de cabeça terrível. Estou convicto de que foi lá - nos engarrafamentos diários e de horas, tanto num sentido, como noutro... - que ganhei a minha hipertensão de estimação.

Recordo-me, no entanto, de que o que - fora o caso pessoal, claro, que nos dói sempre mais - que me afligia muito era ver, às 6,30 da manhã, de Verão ou de Inverno, aquelas desgraçadas daquelas mães, a caminho do trabalho, com os filhotes a seu lado no carro, eles a caminho do berçário ou do infantário, a atravessar a ponte. E pensava cá para comigo, como é que era possível tal coisa. Para estarem àquelas horas ali, já tinham lavado, alimentado e vestido as crianças e a elas próprias. Pelo menos. Que vida é aquela?!...

Boa semana também para aí.

Ruben