Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 18 de abril de 2007

1006. A teoria e a prática


Prefácio do livro de discursos “Roteiros”
Cavaco Silva: cooperação estratégica “não significa co-responsabilização” do Governo

18.04.2007 - 15h18 Lusa

Cavaco Silva defende, em livro, que um Presidente da República deve procurar o seu "espaço próprio" nos poderes de "influência positiva", mas avisa que a cooperação estratégica "não significa co-responsabilização nem avaliação acrítica" do Governo.

Esta é uma das leituras dos seus poderes que Cavaco Silva faz do cargo de Presidente, que ocupa desde 9 de Março de 2006, no prefácio do seu primeiro livro de discursos, "Roteiros". (...) (sublinhado nosso) Foto Público

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Concordando, em tese, com o pensamento que exprime, permita-me, contudo, senhor Presidente, que acrescente algo que não está dito, mas que tem que decorrer dessa posição.

Sendo verdade que a cooperação estratégia não significa co-responsabilização nem avaliação acrítica do Governo, não deixa de ser verdadeiro também que a omissão do dever de agir em situações de evidente necessidade de actuação, por acções
- ou falta delas - do Governo ou de algum de seus integrantes, aí, sim, já significa co-responsablização do Presidente da República relativamente a situações que devem ser evitadas a todo o custo e que, quando não evitadas, há que de imediato corrigir, sanar.

Não actuar, quando é imperioso que se actue pode ser entendido, no minimo, como passividade de difícil justificação, e, no máximo, como cobertura a tais situações e respectivos agentes, de ainda mais difícil fundamentação.

Continuando a falar em tese, abstracto, os titulares de cargos políticos não podem, de forma nenhuma, actuar apenas nos casos que lhes estão mais de feição e lhes podem oferecer ganhos, evitando fazê-lo quando em situação contrária.
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4 comentários:

Anónimo disse...

COBERTURA total!!!!

Só me pergunto, o que irá a Uni receber em troca?! MAis palavras para quê??!A ver vamos...


Beijinho

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

Este caso é a maior vergonha que alguma vez se verificou em Portugal.

É um caso em que se consegue, em directo, ver que as pessoas estão a mentir descaradamente, se bem que encravadas, que elas sabem que estão a ser "topadas" e, não obstante, tudo continua a correr como se nada fosse. E pessoas que, até pelo patamar social em que se encontram, antigamente eram insusceptíveis de ultrapassar determinados limites.

Mas não vai ficar assim. Desta vez não vai mesmo. Algo me diz que não vai.

Beijinho

Ruben

Anónimo disse...

É isso mesmo Ruben!
Mentem todos e compulsivamente...

E isto não vai ficar assim! ai não vai, não!...a luta continua!

Grande banner que arranjaste! Cinco estrelas ;-)


Beijinho Grande :-)

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

O problema é que o Estado Português, todos nós também, afinal, não recupera a dignidade perdida, enquanto não for investigada a responsabilidade pelo sucedido (a inscrição de falsidade em documentos oficiais) e punidos o(s) seus(s) agente(s). A verdade é esta.

Por isso, insisto, como já tenho feito, em que a PÁSCOA DA CIDADANIA deve, agora fazer incidir a sua atenção sobre esta questão e "forçar" - é o termo, porque com falinhas mansas "eles" não vão lá - a investigação.

Tudo o que saia deste âmbito, apenas serve para dar margem a que se desviem as atenções, em ordem a que, daqui por uns dias, tudo esteja esquecido.

Beijinho

Ruben