Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

segunda-feira, 23 de abril de 2007

1016. Infelizmente, não conseguiu evitar!

António Guterres anunciou ontem que vai pedir ao Presidente da República a sua demissão do cargo de primeiro-ministro, para evitar que o país "caia num pântano político".
Público – 17.12.2001

"É meu dever, perante Portugal, evitar esse pântano político", afirmou na altura.
A sua saída do Governo coincidiu com o abandono da vida política nacional activa, mantendo-se apenas como presidente da Internacional Socialista, um cargo para o qual foi eleito em 1999, sucedendo ao francês Pierre Maurroy, e que exerce actualmente. Guterres conta-se também entre os membros fundadores do Conselho Português para os Refugiados.
Público - 25 de Maio 2005

***

Provavelmente, mais do que ninguém, sabia do que falava. Infelizmente, porém, não terá conseguido evitar.

Gostava de ser mosca e ouvi-lo agora falando com os seus botões.

Será que, à semelhança de Cavaco, também ele ganhou o hábito de clamar:

- Safa!...
...

6 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Que mal fizemos nós [os Portugueses] aos deuses para sermos brindados com políticos destes?

"Safa"! :)))

Anónimo disse...

Hoje percebo pq se foi embora.
Até pq sabia coisas de mais para cá ficar...

Pena a Mafia ter por cá ficado!!


Beijinho

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Temos culpas no cartório, sim. Não podemos esquecer algo de essencial para perceber tudo isto:

- Eles são emanação de nós próprios, da nossa curiosa e, por vezes, execrável indiossincrasia.

Dito de outra forma, eles são nós ascendidos ao poder; nós somos eles ascendentes ao mesmo poder.

É duro e cruel isto que digo? Pois é, amiga, mas é a realidade. Não vale a pena tentarmos escamoteá-la.

Tal circunstância não pode servir de justificação para que não os combatamos. Combatendo-os, estaremos a combatermo-nos e, com isso, a tentar ser melhor do que somos.

O que constitui uma notável atitude.

Não sei se me expliquei de forma suficientemente clara, mas a ideia aí fica.

Abraço

Ruben

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

:-)))))

Beijinho

Ruben

H. Sousa disse...

Bem, como ex-aluno dele e, apesar de me ter leccionado uma cadeira do tipo "verbo-encher", ainda conta como pessoa com alguns valores. Teve uma atitude digna, por 'muitíssimo menos', hoje completamente impensável e ridícula face ao desaforo dos "neoconas".
Gostaria de ver a dignidade reimplantada.
Abraços

Ruvasa disse...

Viva, Henrique!

Não gostei da política dele, mas... nada tinha a ver com isto com que nos defrontamos.

Discordar politicamente, é uma coisa; outra, bem diferente, é isto...

Pode ser que esteja muito enganado, mas cada vez me convenço mais de que se foi embora por ter visto que não conseguia conter o descalabro ético que aí vinha. Tentou, por isso, evitar que o pântano alastrasse, ao menos debaixo das suas asas.

Abraço

Ruben

Abraço

Ruben