No momento que atravessamos, há várias perguntas que não é possível deixar de fazer e para as quais se deve exigir resposta pronta, clara, séria e não uma qualquer evasiva desonesta, porque nestas coisas não há meio termo: ou se é sério e transparente ou não se é.
Das muitas que podem ser feitas, aqui ficam estas, a título de exemplo:
1 - Que posição ou posições defendeu o governo português na última cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia, relativamente à questão do Tratado?
2 - Quais as cláusulas que o governo português propôs que fossem incluídas e quais as constavam do texto anterior que deu a saber que pretendia ver suprimidas? Ou limitou-se a estar atento e a tomar notas das decisões dos parceiros, com especial relevo para a Alemanha, para a redacção de que iria ser incumbido?
3 - Qual a posição do governo português relativamente à ratificação do Tratado?
Por uma questão de honestidade política, bater-se-à pela realização de referendo - a que o partido do governo voluntariamente se obrigou - ou optará por mera ratificação parlamentar - assim faltando a mais um dos compromissos eleitorais que o levaram ao poder e que sistematicamente tem vindo a desrespeitar - ?
É sabido que a resposta a estas questões fundamentais não será dada, como tantas outras o não têm sido. Tal circunstância, porém, não deve levar a que as perguntas deixem de ser colocadas e exigidas as competentes respostas.
A cada qual a sua responsabilidade e correspondente respeito pela observância estrita.
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8 comentários:
Caro Ruben;
Bom dia!
A resposta já foi dada por si...
" É sabido que a resposta a estas questões fundamentais não será dada, "
Boa semana.
Um abraço.
I.
Viva, Isabel!
Claro. Mas não devemos desistir de as fazer.
Abraço
Ruben
Oi Ruben,
... subscrevo o que diz a Isabel Magalhães....
beijinhos
Viva, Isabel!
E ela tem razão, tal como tu, afinal.
Mas repito: Há que insistir, quanto mais não seja para mostrar a quantos ainda não tenham chegado a essa conclusão que todo o Poder que não é transparente e acessível ao conhecimento dos governados entra nos caminhos da ilegitimidade.
Beijinhos
Ruben
Amigo Ruben
É-nos dado assistir à derrocada sucessiva de todos os valores que sempre desejámos para Portugal, e, hoje, confrontamo-nos com a política das grandes despesas com empreendimentos faraónicos, com o estado-polícia,com o deformar da noção de trabalho, com crescimento desmesurado dos impostos e das
despesas, e tudo isto com o aparente rigor da ciência e da técnica.
Depois, querem fazer-nos crer que isto é a DEMOCRACIA. Mas todos nós sabemos que sem ideias equilibradas, justas e humanas o caminho para a democracia está-nos vedado.
Por isso, apetece-me gritar: acordem "PORRA", estamos na altura para se construir uma nova Europa Democrática e Social.
Um abraço
AAlves
Viva, Alves!
Tem toda razão. O pior é que em Portugal estamos a atravessar uma fase que se julgava ultrapassada há trinta anos.
Os fantasmas de antigamente estão a regressar em mais força do que alguma vez foi suposto que pudesse acontecer, dando-nos a certeza de que é imprescindível que nos mantenhamos atentos e sem descurar as defesas.
Os desvios à democracia, depressa se transformam em verdadeiro autoritarismo e deste ao totalitarismo vai um passo.
Se pensarmos bem no que está a suceder em Portugal, logo constataremos que as mentalidades democráticas estão a abandonar a toda a pressa a cena política nacional, dando lugar, a pensamento e acção de cariz francamente antidemocrático já. As perseguições pessoais de que temos tido conhecimento, o intocabilismo de que se julgam credoras certas eminências pardas, o medo que a cada dia que passa se vê retratado nas TVs, não deixam lugar a dúvidas.
Ou nos precavemos a tempo e horas ou, um dia destes, só conseguiremos retomar o caminho certo à força ou, quando menos, pela ameaça à força. E, qualquer dos casos, em situação de gravidade tal que deve ser evitada a todo o transe.
Basta que lancemos um olhar pelos partidos institucionais e para quem neles se mantém activo e, por contraste, quem dessa actividade se apartou, para termos razão para nos preocuparmos muito seriamente.
Dispenso-me aqui de referir nomes de várias personalidades que, só por si, constituíam garantia de que a democracia não se iria perder, nem resvalar para autoritarismos indignos, custasse o que custasse, e que, hoje, estão recuados da linha da frente - empurradas pelos menos competentes, menos abertos, menos arrogantes e menos fiáveis - ou estão mesmo afastados das agremiações políticas onde nos davam as tais garantias, deixando o caminho livre ao vale tudo do alarvismo, do arrivismo, da pesporrência, da saloíce ignorante e, por conseguinte, incapaz de se comportar em respeito pelas mais sãs regras da vida em sociedade democrática.
Estamos já chegados ao momento em que algo terá que ser feito, sempre pela via pacífica e democrática, é certo, mas tem mesmo que ser feito. Trata-se de uma questão de subsistência e dignidade. Ou nós, cidadãos que queremos ser livres e determinantes na escolha e vigilância do nosso próprio destino, ou aqueles que, por todos os meios, lícitos e principalmente ilícitos, nos querem subjugar.
Mesmo a Europa, pelos trilhos que está a traçar, não se constitui garante da nossa integridade pessoal e nacional; pelo contrário, os ecos que nos vão chegando, cada vez mais apontam num sentido que só pode criar-nos angústias mais do que justificadas.
Abraço
Ruben
E que rico comentário. Totalmente de acordo.
Um abraço
AAlves
Viva, Alves!
O pior é que o senhor Pinto de Sousa está-se positivamente marimbando para o assunto.
Para ele e para todos como ele, estas são coisas que não interessam para nada.
Não vai lá ficar para semente. É o que vale.
Abraço
Ruben
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