Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 11 de julho de 2007

1177. Pois...

Chegou-me, há pouco, este texto:

Acontece desta forma:

* Por cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho,
o Estado,
e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS
e 11 euros para a Segurança Social;

* O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho,
está obrigado
a dar ao Estado, e muito bem,
mais 23,75 euros para a Segurança Social;

* E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado,
e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros;

* Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.

Em resumo:

* Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55;

* Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 21;

* Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33;

* Se compro um carro ou uma casa, herdo um quadro,
registo os meus negócios
ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem,
fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.

Na pior das hipóteses, cada 300€ em circulação em Portugal
garantem ao Estado 100€ de receita.

Portanto, se pago, e acho muito bem, tenho o direito de exigir:

* Um sistema de ensino que garanta cultura,
civismo e futuro emprego para os meus filhos;

* Serviços de Saúde exemplares;

* Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa;

* Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país;

* Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam;

* Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano;

* Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos;

* Pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida
e jardins públicos
e espaços verdes bem tratados e seguros...
polícia eficiente e equipada...
os monumentos do meu país bem conservados
e abertos ao público...
uma orquestra sinfónica...
que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra...


Portanto, Srs. Governantes, governem-se com o dinheiro que lhes damos
porque nós queremos e temos direito a tudo aquilo.

(ass.) Português contribuinte

* * *

Sem comentários
Gentileza de T.Nódoas
...

14 comentários:

Unknown disse...

Excelente.
Um abraço.
dp

Isabel Filipe disse...

palavras para quê????



bjs

Ruvasa disse...

Viva, Diamantino!

Na verdade, com aqueles pagamentos todos, estão todos os serviços pagos...

Abraço

Ruben

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Realmente, não são precisas para nada.

Beijinhos

Ruben

Isabel Magalhães disse...

Conhecido mas - cada vez mais - oportuno.


Deixo-lhe um abraço.

I.

Ruvasa disse...

Caro amigo

O texto está correcto e diz bem dos impostos que nos são cobrados (ao nível dos outros países da UE, e que, regra geral, são pessimaments geridos e aplicados com pouco rigor.

De qualquer forma, permita-me sugerir uma pequena correcção ao texto final, que deveria ser:

"Portanto Srs Governantes, GOVERNEM com o dinheiro que obrigatoriamente lhes entregamos, porque nós queremos e temos direito a tudo aquilo".

Isto porque GOVERNAREM-SE há muito que o fazem e sem qualquer autorização ou pudor.

Um abraço
AAlves

Ruvasa disse...

Viva, Alves!

Repito: Pois...

Abraço

Ruben

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Essa última a razão por que resolvi meter aqui o texto que também já conhecia.

Aceito-o e retribuo

Ruben

Anónimo disse...

Ótima postagem.
Vou fazer as contas, transpondo-as para a realidade brasileira....Muito interessante.

Ruvasa disse...

Viva, Eduardo!

Dá vontade de chorar a rir, não é?

Ou de rir a chorar?!?!

Abraço

Ruben

Agnelo Figueiredo disse...

"Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado..."

Os 100 não. Acabei por só receber 69, né???

Ruvasa disse...

Viva, Agnelo!

Bem observado.
Confesso que recebi isso e o publiquei, sem conferir...

Fica o princípio...

Abraço, ó olho vivo!... ;-)))))

Ruben

Nuno Raimundo disse...

Como o meu Amigo diz e bem :"sem comentários"...

Gostava de viver nesse hipoético país que refere...
eu e mais uns quantos ;)

abr...prof...

Ruvasa disse...

Viva, Profano!

Quem não gostaria?

Mas nem somos tão exigentes assim, pois não?

Por mim já me contentaria de viver num país que observasse dois dos menos exigentes itens apontados. Logo por azar dos diabos, porém, vivemos num que nem esses míseros contempla.

É que "tínhamos o direito de exigir", mas ficávamo-nos pelo direito e periode. E digo "tínhamos" porque ultimamente nem isso já temos.

Isto há-de mudar.

Abraço

Ruben