Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

1278. Num país longínquo...

... mesmo muito longínquo do nosso e tão longínquo que o não é apenas na distância espacial, mas também e principalmente, na do entendimento da Moral e da Ética e na forma de as não ferir de morte, a dada altura afixou-se por tudo quanto era muro, parede e suporte vertical, o seguinte cartaz:



Nada mais foi preciso. A pressão social dos cidadãos honrados e sérios foi tal que os tais governantes, a começar por quem deveria mesmo começar, tiraram o chapéus, cumprimentaram a sociedade em geral, apresentaram as desculpas devidas pelos desmandos praticados e foram bolsar a arrogância de que estavam prenhes e a pesporrência que obscenamente os engravidava para outras bandas, deixando, finalmente!, os cidadãos em paz e sossego.

Houve até quem, de alívio, gritasse a plenos pulmões, como se absorvesse um hausto de ar puro, uma frase um tanto breijeirota, mas que resumiu tudo o que o comum dos cidadãos verdadeiramente sentia:

- Fosga-se!!!
In oculo descansum est !

NOTA:
Como se constata, só podia ter sido num país muito longínquo, envolto em bruma, que nada tem que ver connosco. (In)Felizmente.

...

4 comentários:

Ruvasa disse...

Caro Amigo

Mesmo militante inscrito e com as quotas em dia, sou independente por
convicções. E, por isso, também gostava de ter um governo digno e
governantes éticos e de vergonha.

Mas meu bom amigo, há muito que não consigo entender o que se passa com os "responsáveis" das mais Altas Instituições do Estado e da Economia que à ética e responsabilidades dizem nada.

Que Deus os cubra... de bênçãos, que bem precisam...!

Um abraço
AAlves

Ruvasa disse...

Viva, Alves!

No tal país longínquo... muito longinquo... longínquo como o caraças... também apareceu um cidadão - já muito entediado com os tais governantes - que se lembrou de proferir frase semelhante, ou seja, "que Deus os cubra!"

Foi como que o toque para a desdita final. Porquê? Porque, ao que parece, o que os outros queriam era isso mesmo: que alguém os cobrisse. Logo, não se piraram mais e os cidadãos lixaram-se porque tiveram que os aturar por muito mais tempo, ou seja, pelo tempo necessário a que percebessem que, afinal, ninguém estava disposto a cobrir tais trastes. O que, diga-se em abono da verdade, durou uma eternidade...

Por vezes os povos, em geral, e os cidadãos, em particular, esquecem-se de que há certos desejos e votos que não podem ser formulados abertamente...

Abraço

Ruben

Camilo disse...

Ó Amigo Ruvasa...
"GOVERNO DIGNO
E GOVERNANTES QUE NÃO ENVERGONHEM"
-Só pode ser aqui em portugal.
Isto é connosco!
Só pode mesmo ser!!!
E passo a explicar:
.....
"GOVERNO DIGNO"
O(s) nosso(s) governo(s) têm sido digno(s)de qualquer quadrilha de malfeitores...

"E GOVERNANTES QUE NÃO ENVERGONHEM"
Qualquer malandro;
qualquer traficante;
qualquer falsificador;
qualquer carteirista... não pode "sentir" vergonha...!
....
Um Abraço.
camilo

Ruvasa disse...

Viva, caro Camilo!

Mas olhe que não estava a referir-me ao "nosso" pais "deles"... Estava, isso sim, a aludir a um outro, muuuuiiiiiiiiiiiiiiitto longínquo, como não podia deixar de ser, aliás.

Abraço

Ruben