Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

domingo, 16 de dezembro de 2007

1310. Sai cavacada

Cavaco avisa que políticos têm de ouvir o povo

(...)

O recado foi claro em democracia, quem decide tem de estar preparado para ouvir "a voz do povo". A circunstância era a educação e as palavras as do presidente da República, alusivas ao diálogo do Governo com os professores. E o contexto foi a assinatura de um protocolo para combater o insucesso escolar em Matosinhos, rubricado por autarcas, empresários e escolas. (...)
JN 16Dez2007

* * *


Eu não digo que sempre que este homem abre a boca eu entro em estado de choque? Siderado! Completamente siderado! Incapaz de reagir, é como fico.

E o contexto foi a assinatura de um protocolo para combater o insucesso escolar em Matosinhos... porque se fosse a realização do referendo para a ratificação, ou não, de um Tratado que nos afecta a todos e não somente os escolares de Matosinhos, então, o discurso seria já outro. Este: quem decide tem de estar preparado para não ouvir "a voz do povo", que é o que este ilustre senhor tem andado a defender.

A coerência destes senhores baseia-se tão somente nesta postura de grande porte senhorial e digno: se convier, ouve-se os parvónios; se não convier, não se lhes dá troco. A coerência destes senhores é, como dizia o Jô Soares, "um espanto"! E dizem destas e nem sequer coram de vergonha. A tal ponto chegámos!

Este senhor é, nem mais nem menos, o actual presidente da república que temos que aguentar. O presidente da república que tem que zelar pelo regular funcionamento das instituições e pelo bem-estar dos Portugueses, garantindo o respeito que lhes é devido.

E o zé povinho, idiota como sempre, alarve como nunca, cretino como ninguém jamais, aplaude SExa, que tão expeditamente o vexa. E lá irá, pressuroso e fervoroso, atento e venerador, obrigado e prostrado, oferecer-lhes o voto - e por que não o traseiro, já agora? - na primeira oportunidade que surgir.

Povo burro, estúpido, alarve! Ao menos que estudasse e aprendesse História, se mais nada lhe apetece ou não é capaz!

***

Diga-me lá qual a razão que existe para que, nas próximas eleições e nas seguintes, até que eles aprendam, não se lhes dê apenas o voto que se ajusta àquilo a que eles, com a sua nulidade mais do que comprovada, realmente fazem jus: o NULO rotundo e bem chapado?
...

14 comentários:

Al Cardoso disse...

Muito bem fala frei Tomas; faz o que ele diz e nao o que ele faz!!!

Um abraco de amizade e de boas festas do d'Algodres

Ruvasa disse...

Viva, Al!

Pois é, pregam muita moral mas, quando se vai a ver...

A culpa, porém, é apenas nossa. Eles fazem-nos tudo o que lhes apetece e nós acabamos sempre por dar-lhes o votinho.

Nunca nos darão qualquer importância enquanto nas urnas não aparecerem uns 10 a 15% de votos nulos. Só aí é que eles perceberão que a coisa está a começar a ficar feia e farão algo para mudarem.

Abraço

Ruben

Isabel Magalhães disse...

Amigo Ruben;

'I wonder'... se não haverá dois países 'à beira mar MAL plantados'; um real e outro de ficção e eu, muitas vezes, tantas vezes, sem saber em qual deles vivo.

E já agora, nas eleições para a PR tenho, na larga maioria das vezes, votado com um grande 'X' de alto a baixo no boletim respectivo.

'Jingle Bells' e Paz na Terra!

bj

I.

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Eu, por acaso, não faço isso, ou seja, a cruz a todo o tamanho, mas deixo lá sempre uma quadrasita, no género:

Eu sei bem o que tu queres
mas daqui só terás pevas;
vai pastar uns malmequeres
que o meu voto é que não levas

Nas autárquicas, presidenciais, europeias.

No referendo continuo a votar convictamente e, por enquanto, destino o voto nas legislativas...

Nunca deixei de ir votar nem o farei; nunca deixei votos em branco, nem o farei.

Não deixo de cumprir o que considero um dever cívico impostergável, mas também não admito que seja quem for vote por mim, que é o mais certo de acontecer se às urnas não for ou, indo, deixar o voto em branquinho, para que um qualquer marmanjo,lá ponha a cruzinha ao seu gosto, que é o que já aconteceu em inúmeros casos. Dos que se soube... E dos outros?

bj

Ruben

Ruvasa disse...

Caro Ruben

Na Estónia, a lembrar a ocupação russa, está escrita uma frase que diz:
"NÃO HÁ POVO, NÃO HÁ PROBLEMA".

Aqui, em Portugal, começo a pensar se, por outros processos, não se está a liquidar o Povo e, deste modo, nem precisam de "O OUVIR", ainda que, escandalosamente, atirem para o ar com frases feitas como as que nos dizes:
"quem decide tem de estar preparado para ouvir o povo".

Começo a temer que isto esteja nas mãos de indivíduos que se julgam sábios e deuses e na ânsia de parecerem bons alunos da UE e de se entregarem nas mãos do liberalismo, nos arrastem para uma situação de miséria, donde dificilmente se sairá.

Um abraço
AAlves

Ruvasa disse...

Viva, Alves!

Exactamente.

O que me irrita mais é o tom professoral com que estas (...) são ditas.

É quase como quem diz: o senhor professor disse, "pruentos", está dito. Ora a gente sabe bem quais as extraordinárias características do senhor professor.

Continuo a considerar que foi o menos mau primeiro-ministro que tivemos, mas como político e, principalmente como pessoa, não vejo quaisquer razões para lhe render a minha admiração; pelo contrário.

Acho mesmo que nunca estivemos tão mal servidos, simultaneamente em Belém e em São Bento. E atenção! Se temos sido mal servidos nas duas casinhas!...

Já não nos bastava um, agora temos que sofrer dois...

Abraço

Ruben

carneiro disse...

Bem visto. Plenamente de acordo cfom a crítica subjacente.

Ruvasa disse...

Viva, Carneiro!

Estes políticos de opereta que por ai vegetam ultrapassaram já todos os limites da decência.

Não merecem o mais leve sinal de respeito, porque são eles próprios que não se dão ao respeito.

Que miséria!

Abraço

Ruben

Anónimo disse...

Que lindo verde...gosto de ver que mudaste para o SpOrtinG...assim o teu Blog tem ainda muito mais estilo.

Vim aqui te dar graxa, publicamente, e porque és um cavalheiro, para te pedir desculpa por ter sido tão directa,frontal no ultimo email.

Estou desculpada?

Beijinho na mesma
Maria João

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

Não, não estás desculpada. Pelo simples facto de não teres sido culpada ou, melhor, de eu jamais te ter culpado fosse do que fosse e em que circunstância fosse. Simples, não?

Cada qual é como é e existem duas soluções, ou o aceitamos como tal ou não. Há muito tempo que decidi que aceito. Se decidi, está decidido.

Sim, gosto do verde. Porque é garrafa. E também gosto do verde-alface novinha. Somente por isso.

Beijinho

Ruben

Anónimo disse...

«Cada qual é como é e existem duas soluções, ou o aceitamos como tal ou não.»

Mai nada! ;-)

Beijinho (outro)


Tu ainda ná me disseste onde aprendeste a desenhar tão bem :-)

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

Não disse nem direi. Os "bonecos" não são meus. São mesmo do meu amigo António José da Silveira Leitão Cerdeira.

Beijinho

Ruben

Camilo disse...

Ah!!!!!!!!!
Do melhor que tenho lido!
Que retrato tão bem feito da Excelência que nunca se engana(va).
Amigo Ruvasa, os meus parabéns.

Ruvasa disse...

Viva, Camilo!

Obrigado. Mas sabe, gostaria muito mais de não precisar de o fazer. Palavra!

Abraço

Ruben