Aqui vão sendo deixados pensamentos e comentários, impressões e sensações, alegrias e tristezas, desânimos e esperanças, vida enfim! Assim se vai confirmando que o Homem é, a jusante da circunstância que o envolve, produto de si próprio. 2004Jul23
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
2909. Houve deslealdade de Cavaco, sim, mas apenas para com o País

Ainda praticamente em Portugal não havia cão nem gato que não louvaminhasse S.Exa – particularmente os socrateiros habituais, que agora tanto se “escandalizam”, a começar pelo chefe da banda – já eu de há muito lhe apontava as deficiências de postura política e referia, abertamente por escrito – está tudo documentado, em letra de forma, a partir do terceiro trimestre de 1989 – a falta de lealdade da pessoa e o carácter de preocupação apenas com os interesses pessoais.
E mais: continuo a afirmar, como desde sempre fiz, que o homem nunca tomou uma atitude contra os desmandos de Sócrates, apenas porque pensava exclusivamente na sua própria reeleição. Havia que suportar tudo e calar, para ser eleito. Havia que deixar o País também tudo suportar até cair no estado em, que nele pegou o actual governo.
Cavaco pode dizer agora tudo quanto quiser, mas jamais se livrará da nódoa que lhe emporcalha a fatiota de ter deixado que o vilarista tivesse campeado aí pelo Pais, como se tudo isto fosse sua coutada própria, de tudo e todos podendo dispor a seu bel prazer, sem prestar contas a ninguém.
Para além de todos os desmandos que praticou, Sócrates pode ter sido institucionalmente desleal para com o Presidente da República; Cavaco, porém, foi desleal para com o País.
Portanto, estamos entendidos uma vez mais.
Sou de opinião que Sócrates desgraçou o País, sim, mas com cinco anos de bênção e sorrisos de circunstância de Cavaco.
E que venha de lá o mais pintado garantir que não, que todos os Portugueses de boa fé, mesmo que politicamente afectos ao PS, sabem que assim é e intimamente o reconhecem.
O facto de não ter a mínima consideração (para além da que é devida a qualquer ser humano) pela pessoa de Cavaco Silva – outra coisa é respeito devido ao cargo que ocupa – não me inibe, porém, de reconhecer e dizê-lo aqui abertamente, com a maior clareza – porque o destino de Cavaco pouco me importa, importando-me, sim e exclusivamente, o destino do País – que, no caso da falta de lealdade institucional reiteradamente demonstrada e praticada por Sócrates, Cavaco tem toda a razão, apenas a perdendo por ter falado – falado, repare-se, nem sequer agido… – tarde.
E aos dirigentes e ex-dirigentes socialistas, como Luís Amado, que considero, porque a grande maioria dos outros, que apenas se dedicam à chicana política, não merecem mais do que desprezo, apenas se me oferece dizer que Cavaco não só tem razão, como era sua obrigação, dever patriótico que não cumpriu – pelo que devia ser chamado à responsabilidade, política e sei lá se também criminal – em devido tempo ter denunciado o que se passava e mesmo ter evitado que se verificasse.
Eram os interesses do País, que jurou defender, que estavam em fortíssima crise, foram os soberanos interesses do País que Cavaco não privilegiou como lhe competia mais do que a ninguém, na qualidade Presidente da República, primeiro responsável pelo bem-estar dos Portugueses e zelador da dignidade nacional.
E respondendo ainda a Luís Amado, direi mais:
Isto que foi agora revelado por Cavaco – que, afinal, nada revelou que não fosse já sabido pela generalidade dos cidadãos que se interessam pela res publica – não podia ter sido deixado para outra oportunidade, para as calendas gregas. É que está na hora do acerto de contas entre o País e quem o vilipendiou durante seis anos de ignomínia. E esse acerto já vem tarde. Muito tarde.
No entanto, antes tarde do que nunca.
terça-feira, 5 de abril de 2011
2770. Lamento ter de o escrever
Lamento muito ter de escrever isto. E lamento-o por dois motivos essenciais:
1. Pelo respeito que me merece o cargo de Presidente da República Portuguesa, independentemente de quem conjunturalmente o ocupa;
2. Qualquer cidadão me merece respeito e consideração, que não recuso.
Portugal, todavia, merece-me ainda mais respeito e consideração e encho-me de temor pela sua integridade e dignidade do conjunto dos seus cidadãos. Da geração actual. E das vindouras.
Quanto maior e mais elevado o cargo, maior também a responsabilidade de quem o ocupa e mais inconcebível a ilicitude de a alijar.
Aqui chegados, cumpre perguntar:
Será que um qualquer pé descalço, analfabeto, ignorante e boçal, conseguiria cumprir menos os deveres do cargo do que o actual titular de Belém?
Para resolução da gravíssima situação económica, financeira, social e política em que o País está mergulhado, de concreto que fez Aníbal Cavaco Silva, que qualquer sem abrigo e sem preparação não tivesse sido capaz de fazer?
Será que o Presidente se considera desonerado dos deveres do cargo por ter de salvaguardar a reeleição para um 3º mandato e, portanto, há que não fazer ondas, como já antes, em devido tempo, não fez? Se assim é, que haja alguém que o elucide de que tal esforço não valerá a pena. É mesmo um desperdício de tempo e de feitio, mesmo para alguém com o seu feitio.
Em Belém – nesta precisa hora – necessitamos de ter alguém sem estados de alma nem calculismos, alguém que, com experiência, coragem e determinação, pondo os interesses do País à frente de tudo o mais, actue em conformidade com as exigências da Pátria e o faça a tempo, a horas. Na medida certa.
Repito: lamento ter de escrever isto. Mas não o fazer, seria violentar a minha consciência de cidadão português amargurado por ver o País – ancião de quase nove séculos, outrora respeitado no concerto universal – trilhar caminhos bem escusos e ser motivo de galhofa do mundo em redor, sem que alguém se levante e, imponente e inamovível no propósito, se apresente a indicar-lhe a direcção correcta e justa, a direcção necessária.
E a primeira dessas pessoas tem de ser – não pode escusar-se a ser – o Presidente da República. Para isso o é. Para agir. A tempo, a horas, a propósito. Na medida justa.
O País precisa de acções. Está saturado de palavreado oco e gongórico, que o vento leva e, mesmo que não levasse, nada criaria porque mais infértil do que solo improdutivo de deserto calcinado.
Como é que ainda suportamos tal despautério?
Que mais será preciso para que a revolta nos tome? Não a que conduz à violência sem sentido e causadora de ainda maiores males, mas a revolta tranquila, de gente que sabe ter a razão do seu lado e não está disposta a continuar a dar respaldo a quem a ele não faz jus e deixa que seja submetida a sucessivos ultrajes e ignomínia.
A revolta tranquila dos cidadãos. Tranquila, mas exigente; tranquila, mas sem conceder tréguas; tranquila, mas, de uma vez por todas, definitiva!
Ruben Valle Santos
5 Abril 2011
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
2746. Menos cinco votos no Cavaco!

- A gente tamos furiosos com gajo e com o staff, porra!
- Hom’essa! Muito me contam! Mas porquê com ele e com o staff?!
- Atão, na se está mêmo a veri? Com ele porque na feicha o pífaro rachado e c’o staff porque na esconde o dito, p’ra ninguén mais óviri toleimas!
- Eu… eu… não estou em mim, caramba! – balbuciei – Mas o que é que se passa?
- O qu’é que se passa?! Tu t´ás surdo, ó quê, pá ? – ripostaram cada vez mais irritados – Atão, tu na vês qu’o home só diz asnêradas, sempre qu’abre a bocarra? E perde votos. Aos molhos, pá, aos molhos!!! S’a campanha na acaba já, na sê nã!…
- Bem, mas isso já eu digo desde 1989! E vocês não acreditavam. Diziam que era má vontade minha!
- Tens a razã, pá, tens toda a razã! – admitiram, finalmente – A gente a modos qu’andava mêmo tapadinha de todo! Inté parece qu’andava d’antolhos, com’esses dos burros, catarino, pá!
- Mas desembuchem, que eu estou a ficar em pulgas. Qual é a razão do vosso desassossego?
- Ó homem, atão tu na tás a veri qu’a criatura, na contente c’as tiradas de morreri a riri ou a chorari, conforme a barricada em qu’a malta tá, hoje veio c’a última, qu’é mesmo de lhe arreari uma trólitada no tótiço?
- Ah, sim? E então, o que disse a criatura?
- Que, em vez dos cortes nos salários do pissoal, o magana do governo havera de ter criado um imposto istrórdinário, que era munto mais justo e eficaz, caraças!...
- E então, não está certo? Até acho que foi a única coisa certa que o homem disse nos últimos anos.
- Pois sim… Mas… SÓ DESCOBRIU ESSA TRETA AGORA? No último dia do rai da campanha? De repentemente é que ficou isperto? Atão, se só pescou isso agora, agora devia tar calado, p’ra qu’a malta na topasse qu’o tipo é lento de pinsamento, pá!
- Realmente…
- P’s’tá claro! E o staff é uma cambada qu’a gente nem sabemos o que lá anda a fazeri. Com amigos assim, o melhori é tar co’os inimigos, catarino!
- Realmente… vocês estão com toda a razão. Mas não exageremos, pois que o homem até pode ser um alho.
- Pois… Isso dizes tu, tas a óviri? Tás todo sastisfeito c’o gajo!...
- Eu ?!?! Nem o posso ouvir falar! Fico todo encrespado e com azia, ó gentes!
- Pois… tá ben, mas iss’era dantes. Agora tás todo inxado, pá!...
- Hom’essa! Então porquê?
- Ora, ora… Porqu’o magano só ficou espertalhaço qanda leu o que tu escreveste lá no Feissebuque antes d’onte sobre ess’assunto do imposto de crise, transitóro ó lá o qu’é!
E abalaram, deixando-me maila patroa, pregados ao chão em plena praça, com o Manel Maria, lá no alto, a rir à gargalhada, e a dizer:
- Porrr essa é que tu não esperravas, carramba! Os tipos bem te lixarram o juízo, hã?
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
2711. Cavaco e a "cavaqueira" sem nexo e irresponsável
Diz Cavaco que, se "fizermos bem as nossas contas, não precisamos que ninguém as venha cá fazer". Isto a propósito da possível vinda do FMI, arrumar a casa que nós apenas sabemos desarrumar...
Para "cavaqueira" não estará mal e até tem gracinha. Parva e talvez a precisar apenas do riso alarve, mas enfim!...
Do que precisamos, contudo, não é certamente de "cavaqueira". Essa temos cá que chegue e sobre, sendo um prazer oferecê-la a país sem sarna para se coçar.
Ora, Cavaco sabe bem que por cá ninguém faz boas contas e menos ainda quem tem obrigação de as fazer, como Sócrates. E, já agora, ele próprio.
Se Sócrates as fizesse como deve e ele, Cavaco, actuasse como igualmente é seu dever -- obrigando-o a fazê-las e, no caso de a criatura persistir em ser mau de contas, sem mais considerações, por desnecessários, pô-lo a milhas, com ou sem dono, tanto faz -- certamente que não precisaríamos do FMI, como estamos a precisar mais do que de pão para a boca.
A continuar assim, em pouco tempo estaremos a declarar bancarrota. Não esqueçamos que a situação é actualmente pior, bem pior, do que a de 1983-1984, anos em que o FMI andou por aí a fazer o trabalho que nós, lerdos e incompetentes, não fomos capazes de fazer. Estamos agora bem pior, creia!
Cavaco tem, uma vez mais, faltado ao dever, que não pode ignorar, de fazer aquilo que nunca na vida fez e que é sua estrita obrigação: pôr os gerais interesses do país acima do seus interesses muito particulares.
Terá sido esta a décima milionésima vez que o "boliqueimado" calcou os interesses do país aos pés dos seus.
Se lhe derem, caro leitor, a escolher entre Sócrates e Cavaco, afaste ambos para bem longe. São mistelas que apenas servem para envenenar o cálice das suas amarguras mais pestilentas.
Nenhum serve, ou, por outra, servirão apenas e tão só para irem de férias perenes para as Celebes ou para o diabo que os carregue... ou mais longe ainda, a fim de que possamos respirar sem receio de que um simples hausto se mostre suficiente para irremediavelmente nos envenenar.
Que importa que o homem vença ou não as próximas presidenciais? O que é que o país ganha com isso?
Mais: o que é que o país ganhou com a sua acção neste primeiro mandato? Esse ainda não serviu para se perceber que dali nada de bom vem para Portugal? Ou para perceber isso, você precisa que lhe façam um desenho explicativo, como o Guterres precisava?
Cavaco merece, certamente por outras razões, tanto crédito dos portugueses como Alegre, ou seja, nem uma treta de um cêntimo de crédito. E ambos, tanto pelo passado como pelo presente como pelo futuro que deles se pode esperar, tendo em mente precisamente o que já se conhece. Esta, a verdade. Escamoteá-la é verdadeiro crime de lesa Portugal e os Portugueses.
E Portugal já os sofreu a todos. Trinta e cinco anos a sofrer na carne, no sangue e na alma os desmandos de gente deste calibre, já chega! Ou acha que não?
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sábado, 20 de março de 2010
2643. O "almeida"
segunda-feira, 8 de março de 2010
2627. Cavaco tem mau hálito
(...) Cavaco “aparece sempre ao país com um sobrolho carregado, um olhar castigador. Como se os portugueses tivessem errado… as pessoas cansam-se de serem descompostas todos os dias, cansam-se de alguém que fala como se lhe devêssemos dinheiro ou nos pede desculpas diárias.”
(...) aponta ainda o dedo ao Presidente da República e diz que ao ficar em “silêncio”, Cavaco foi “cúmplice” do “desgoverno socialista”
Jornal i 08Mar20120.
Finalmente, parece haver alguém capaz de vir à praça pública dizer umas quantas verdades acerca do cidadão nascido na Fonte de Boliqueime pu no Poço or whatever.
É que desde 1995 que digo o mesmo e até parece que é apenas má vontade minha contra tão excelsa personagem e seus freteiros do costume...
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
2543. Incumprimento não compensador

Imagine-se que são os próprios socialistas que, sem peias, dizem já em público, abertamente, para milhões de portugueses, que Cavaco Silva nada fará para dar fim à actual e insustentável situação política, criada pelos sucessivos e escandalosos casos em que a "vilarista" criatura é o destacado actor principal. E nada fará por virtude da sua tão desejada reeleição como PR.
Veja-se o caso de António Vitorino no "Notas Soltas", da RTP1. Descodificando, o que Vitorino diz é que Cavaco põe acima dos interesses e dignidade do país os seus próprios anseios pessoais.
O caricato e desolador é que, depois de tanto esforço e tantos incumprimentos, por tanto desejar continuar a viver em Belém, o que lhe vai acontecer é ter que dar o lugar a outro, pois com toda a certeza virá a ser o primeiro cidadão a cumprir apenas um mandato. E, mesmo esse, por força de um engano em que muita gente caiu.
A fuga ao cumprimento dos deveres a que se está obrigado jamais compensou por largo tempo.
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domingo, 7 de fevereiro de 2010
2520. O socialismo de esgoto
Grita aos quatro ventos, com aquela bocarra escancarada, no fundo da qual se pode ver a fauce infecta e aterradora, que aquilo que se fez é crime imperdoável.
O primeiro de todos, chega ao ponto de chamar de indecoroso o que considera jornalismo "de buraco de fechadura".
O desplante é, na verdade, o escudo de primeira linha dos tiranos.
E, aqui, o desplante, o nojo, é catalogar-se de indecoroso - e, pior, a todo o custo querer abafar - o acto de oferta aos portugueses do conhecimento de que necessitam (de que necessita qualquer Democracia que se preze) para que, em sã consciência, tomem as medidas que considerem adequadas e justas, tendo por objectivo acabar com a pouca vergonha que grassa pelo país.
É a completa ausência de princípios, o desprezo mais inaudito por quem tem a responsabilidade de zelar, com vertentes que fariam corar de inveja os até há pouco inultrapassados Bórgias, salvo (tanto quanto até agora se sabe...) no envenenamento e apunhalamento físico dos adversários.
Parte do princípio de que somos todos parvos e ignorantes (e somos, muitos de nós, mas nem todos... e cada vez menos...), pelo que não dispomos do "distinguo" necessário para separar o trigo do joio, um cu bem lavadinho de um buraco infecto e nojento. Isto é de uma falta de consideração pelo eleitorado que, não obstante o que se sabe, não parece merecê-la.
"Indecoroso" é pois, a publicitação dos crimes; não a sua comissão, oh, dear!
A desfaçatez é de tal monta que nem se cora de vergonha quando se vem para a frente das câmaras afirmar que se trata de conversas privadas, razão por que é ilegal delas dar conhecimento! O Apito da Costa teve reacção semelhante, não foi?
Pois bem, uma conjura, qualquer conjura, seja onde for por esse mundo fora, é sempre privada. Se o não fosse, onde estaria a conjura? E uma conjura que atenta contra os fundamentos da Democracia, embora sendo privada - como todas, repito - deve ser respeitada e não divulgada? Qué me la chupe!
Muitas vezes tenho estado em desacordo completo com as práticas jornalísticas. Neste caso - e em outros similares - porém, aplaudo a mãos ambas. E não só os jornalistas. Também e em primeiro lugar, os bufos. Que Deus, em Sua infinita misericórdia os abençoe, porque o que eles estão a fazer é meritório suficiente para que ganhem o Reino dos Céus.
Não fosse a sua acção e mesmo o risco que correm (infelizmente apenas alguns), continuávamos todos na mais santa das ignorâncias, felizes e contentes, enquanto quem nos "fuck" à má fila se movimentava à Lagardère, über alles, porque aqueles que foram alcandorados a cargos que os obrigam a garantir a legalidade democrática apenas demonstram diariamente, não cumprindo os seus deveres mínimos, não os motivar o serviço que deveriam prestar à sociedade portuguesa. Porque foram lá colocados no pressuposto de que as "boquinhas foleiras" para as TVs e o corte de fitas não passam de faits divers de adorno da fatiota. O essencial é bem outro.
Falando mais claro: o cargo de Pinto Monteiro, Procurador Geral da República, é o de chefe dos defensores públicos da legalidade democrática; Cavaco Silva, Presidente da República, é, por definição, o garante da Democracia Portuguesa.
A acção que de ambos se tem visto apenas comprova o que, aliás, já de há muito se sabia: que Portugal não tem um regime democrático. Porque a democracia não se caracteriza pelo facto de se poderem dizer e escrever umas "bocas" (quando se pode...). Há que das atitudes tirar as necessárias consequências. Imunidade não pode, como até aqui, significar impunidade.
Ao actual PGR, Pinto Monteiro, não faço qualquer apelo, lanço crítica ou deixo manifesto. Entendo que não vale a pena, porque ele anda há anos a demonstrar quod erat demonstrandum, ou seja, que não está no cargo para o tipo de actuação que se julgava que deveria ter. Ao PR ainda o faço uma última vez:
- Caramba, homem! De uma vez por todas, saia do Poço ou da Fonte or whatever e faça o que os deveres do cargo lhe cominam. E, se acha que não pode - seja lá por que for - saia de cima, vá dar beijinhos aos netos e deixe que alguém ainda com alguma tesão faça o serviço que mister é que seja feito.
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sábado, 6 de fevereiro de 2010
2519. A inevitável demissão de Sócrates

Por vezes, para se dizer a verdade evidente, sem subterfúgios e driblando os que a todo custo a querem subtrair aos cidadãos portugueses, há que ser curto e até mesmo grosso, sem peias.

Está mais do que visto que, embora o ameace, com maior ou menor acinte, é evidente que o Sousa (o filósofo grego não merece que o seu nome seja ligeiramente usado) jamais cairá na tolice de se demitir. Ele sabe que isso seria apenas o início de enormes atribulações e aflições para si. E não só políticas... Pois... Uma vez fora do cargo que agora grosseiramente ocupa, perde o Poder. Perdido o Poder, lá se vai a imunidade. Sem ela... Portanto, resta-lhe fugir com a rabo à seringa... para a frente! Talvez seja mesmo tentado a correr para Belém.
Jamais se demitirá, pois, agora que o PSD de Manuela Ferreira Leite e de todos aqueles que estão mais preocupados com o próprio umbigo do que com o País - que são quase todos... -, lhe ofereceram, de mão beijada, um segundo mandato em que ele próprio certamente já pouco acreditava.
Ora, não se demitindo, só resta uma via que tenha na devida conta a dignidade de Portugal e de todos os Portugueses, mesmo daqueles que têm apoiado um político que nos envergonha, perante os povos do Mundo e, acima de tudo, perante a nossa própria consciência. E essa via é a de ser demitido. Sem apelo nem agravo. Sem mais explicações, por desnecessárias.

Uma vez aqui chegados, há que continuar a ser directo, sem contemplações:
Por sua vez, Cavaco deve ser proibido de, uma vez mais, privilegiar interesses próprios - mais ou menos imediatos, mais ou menos honrados - postergando os do País. Sob pena de conivência no delito.
Mas também Pinto Monteiro não pode manter-se no seu cadeirão, seráfico e belo como só ele. Depois do percurso feito como PGR, só resta oferecer-lhe férias longas na Ilha da Páscoa. É que nós, Portugueses, precisamos de descansar um pouco, carago! There's no ass to hold him!
(Talvez não tenha sido tão curto e grosso como seria desejável, mas estou em crer que fui claro. Em época de vagas sucessivas de cortinas de fumo por tudo quanto é sítio, na tentativa de esconder o óbvio, é quanto basta!).
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009
2473. As legislativas de ontem
2. Relativamente ao eleitorado, que 36,5% dos votantes portugueses gostam é de trapalhadas e outras mascaradas semelhantes.
Quanto mais casos esquisitos houver relativamente a determinado político, mais dele gostam. Já cá se sabia disso, através dos casos Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e outros que tais. Confirmou-se agora a nível ainda mais alto.
Tal não constitui surpresa para ninguém, pois que é sabido que o português - que foge aos impostos, cospe para o chão, bate da mulher e só não rouba e aldraba tudo e todos, não por entender que é mal feito, mas por receio de ser apanhado - tem uma congénita simpatia por marginais. É idiossincrático.
3. Há que criar no PSD a consciência de que, mesmo que todos se comportem nos mais cordatos termos e remem para o mesmo lado - coisas que não aconteceram, diga-se em abono da verdade, já que aquilo parecia mais um saco de gatos-sapatos assanhados do que um partido político... - enquanto Cavaco Silva não se reformar ou for reformado da política activa, o PSD não mais vai ser poder central em Portugal, porque tal situação contende com os interesses pessoais de Cavaco. E, assim, sendo, tudo é sacrificado aos interesses do homem.
Congreguem-se, pois, todas as forças no partido, no sentido de varrê-lo da política activa, devolvendo-o ao seco Poço de Boliqueime o mais depressa possível, se se quer que o partido volte a ter palavra determinante nos destinos de Portugal.
Desde 1995, ano que que fugiu à luta, por receio de ser derrotado, Cavaco "apunhalou" Fernando Nogueira, Santana Lopes (aqui com a ajuda inestimável de Manuela Ferreira Leite, Marcelo Rebelo de Sousa e o que não conta para este campeonado, mas está sempre entre os destruidores, José Pacheco Pereira, o eterno "testículo", que, embora colaborando, não entra por infecundidade congénita) e, finalmente, nesta oportunidade, Manuela Ferreira Leite (que, aliás, estava mesmo a pedi-las).
E Cavaco fê-lo sempre precisamente no momento em que esses companheiros de partido estavam a disputar refrega eleitoral em que já se batiam em luta muito desigual.
Cavaco é impiedoso e não se detém perante nada. Há que corrê-lo da política portuguesa, para evitar que continue a causar tanto mal, a secar tudo à sua volta. Chega de tanta ódio ao PSD!
E é mesmo dever do PSD tudo fazer para que seja corrido, mesmo que, como tudo leva a crer, venha Portugal a ter na Presidência, já no próximo mandato, um conhecido pedófilo que, como tantos outros, a justiça portuguesa não consegue perseguir, como é seu dever. Sem que se saiba porquê!
Mas, depois do que temos passado, levar um pedófilo de andor até Belém será assim coisa tão mais horrível do que tudo o resto?...
E é tudo. Por hoje.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
2470. Nova interrupção na pausa sabática
É com profundo gozo e satisfação que assisto, de balcão, às diatribes que estão sendo feitas a Manuela Ferreira Leite e Aníbal António Cavaco Silva. E só não são maiores esse gozo e essa satisfação porque os que estão a fazer as patifarias à Manuela e ao Silva não são flores que se cheirem, como todos em Portugal e até por essa Europa fora bem sabem
(haja em vista que, no que respeita a países, já só a Venezuela ainda os convida para visitas oficiais; ninguém mais a tal se atreve, para que não haja confusões, menos ainda comparações do género, "diz-me com quem andas, dir-te-ei...").
De um grupo de "simpatias" de cinco (Aníbal Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite, Marcelo Rebelo de Sousa e José Pacheco Pereira) apenas Marcelo não está a pagar as ignomínias feitas a Pedro Santana Lopes, em 2004/05. abrindo, assim, caminho à chegada de Sócrates ao poder, com as consequências de todos hoje conhecidas...
E não está a pagar, porque, como todos sabemos, Marcelo não é gente em quem alguém possa confiar, em questão de lealdade, em questão de companheirismo, já que o homem só conhece uma lealdade: a si próprio e aos seus interesses, por muito tolos que sejam. Assim, uma vez mais, já tirou o cavalinho da chuva...
Mas, não estando já a pagar, virá a fazê-lo em devido tempo. O tempo do ajuste de contas chega sempre para todos. Pode demorar mais ou menos tempo. Mas não falta.
Pois bem, aqueles outros três, estão a pagar já. Mas a dívida é grande e o pagamento ainda só vai a meio, pelo que é manifestamente insuficiente.
Começo a sentir-me vingado, eu que não fui ignominiado como o foi Pedro Santana Lopes por gente que tinha a obrigação de o ter apoiado, em vez de o sacanear indecentemente, mas que me indignei com tal comportamento. Imagine-se agora como não se sentirá o próprio!
Eu sei que você, Pedro Santana Lopes, não é homem de rancores. Se o fosse... Mas não. Muito pelo contrário, é bem capaz de não ter em Portugal político à sua altura em questão de mentalidade democrática. Se o fosse, porém, o que não poderia fazer por esses seus incondicionais amigos!...
Que se tramem, digo eu! Não merecem menos do que o que estão a sofrer. E ainda é pouco!
Do alto na minha mesquinhez, sempre direi:
Desde 2005 é a primeira vez que tenho uma alegria política
sexta-feira, 12 de junho de 2009
2306. Se os tem, pois que os use!
Obras Públicas
O Presidente da República tem o poder de impedir a assinatura do contrato de concessão da primeira fase da rede ferroviária de alta velocidade (TGV) antes da realização das eleições legislativas, como exige o PSD.
O primeiro troço da linha Lisboa/Madrid, entre o Caia (na fronteira com Espanha) e o Poceirão, está em fase de negociação final, depois de entregues as duas propostas vinculativas. O calendário da RAVE (Rede de Alta Velocidade) prevê a adjudicação provisória já em Julho e a assinatura do contrato de concessão em Setembro, em cima do período indicado para as legislativas.
Mas se a decisão de adjudicar pertence ao governo, o contrato de concessão, que define os direitos e deveres do Estado perante o concessionário, só pode ser assinado depois de aprovado o decreto-lei que define as bases de concessão, explicaram ao i várias fontes que acompanham o projecto. E este passo terá de passar pelo crivo de Belém, a quem compete promulgar o decreto. Tendo em conta que Cavaco Silva tem insistido em fazer discursos contra projectos que "comprometam o futuro", "hipotequem o futuro das novas gerações", um projecto desta dimensão poderia ser inviabilizado pelo Presidente da República.
É que, mesmo com a adjudicação decidida, um veto de Cavaco Silva impediria o governo de assinar, em vésperas de eleições, um contrato que vincula o Estado português a uma concessão de 40 anos - que implica pagamentos anuais e o financiamento público da construção. É claro que o processo pode sofrer os atrasos normais em concursos desta dimensão, e a decisão final deslizar para depois das eleições. Se acontecer uma mudança política, o novo governo terá de optar entre manter a adjudicação e recuar. Será mais fácil recuar se não houver contrato assinado.
I - 2009.06.12
mais
Pois então, se para tal tem poderes, tem tamnbém o dever de usá-los, não sendo aceitável qualquer alegação tendente a justificar que o não faça. Menos ainda para calar.
É para zelar pelos interesses do País que foi eleito e lhe pagamos. Não para preparar a próxima candidatura, nem para discursos sem substãncia ou com substância não fundamentada.
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domingo, 22 de fevereiro de 2009
1983. Quem manda é o freguês...

No semanário SOL, de ontem, na rubrica Política a sério, e sob o título O parlamento vai investigar o Freeport?, José António Saraiva publicou um curioso editorial, no qual, a determinada altura, muito pertinentemente, a propósito do inquérito parlamentar ao caso BPN e a Dias Loureiro, deixa incómodas perguntas:
- Mas, se o Parlamento se dedica agora a investigar assuntos que estão em investigação criminal, por que não abriu ainda um inquérito ao caso Freeport?
- Não será o Freeport politicamente mais importante do que o BPN - visto envolver a actividade de um ministro na altura em exercício de funções, que ainda por cima é actualmente primeiro-ministro?
- Ou será exactamente por isso que o Parlamento não investiga?
Pois...
Agora, se me permitem, digo eu, aliás baseado em outras considerações de JAS, na mesma peça:
Então não se está mesmo a ver que o inquérito ao BPN se faz por na questão estar envolvido um ex-ministro de Cavaco e actual membro do Conselho de Estado, por Cavaco indicado, embora os factos se refiram a datas em que não ocupava qualquer cargo governamental?
- aqui, é do interesse do PS que se faça, para tentar "encavacar" o Presidente da República.
E não se está a ver que o inquérito ao Freeport não se faz porque nele está envolvido o actual primeiro-ministro, que ao tempo era ministro do Ambiente?
- aqui, é do interesse do PS que não se faça, para não expor ainda mais o PM.
Clarinho como água, não? É a "isto" que que o país está entregue!
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quinta-feira, 31 de julho de 2008
1674. "Que mais irá-nos acontêcê?"
Sim, que mais estará para nos acontecer?
Não basta já o que basta?
Rai´s partá sorte! Mais bal' a morte!
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domingo, 20 de abril de 2008
1512. O eucalipto que tudo seca

Em 1985, por ocasião das eleições autárquicas e depois de muitos anos de esforços inauditos para tirarmos o PSD de Setúbal da profundíssima caverna em que sempre estivera confinado, às escuras, completamente à míngua, depois das terríveis perseguições de que fora alvo desde 1975, alguns militantes social-democratas, entre os quais quem isto escreve, conseguiram delinear um acordo com o PS, no sentido de retirar a Câmara Municipal do poder da PCP. Embora muitos desacreditassem da possibilidade, conseguimos.
Confortados com o resultado e numa perspectiva que nos parecia correcta e normal, entendemos, no PSD de Setúbal, que, passado aquele mandato (1985-1989), durante o qual conseguiram os nossos autarcas desenvolver um trabalho notável, reconhecido pela generalidade dos cidadãos e, com isso, o PSD tornar-se "visível" e credível no concelho e até no distrito, deveríamos reeditar a experiência, no sentido de reforçarmos a posição do partido, em ordem a podermos, a médio prazo, conquistarmos sozinhos a autarquia de Setúbal.
Obtida a necessário aval da Comissão Política Nacional, abalançámo-nos às conversações e obtivemos o acordo que consta do documento aqui transcrito.
Nele se pode constatar que, embora liderada por um socialista, a Câmara passaria (já era em boa parte, mas agora sê-lo-ia completamente) a ser efectivamente governada pelo PSD. Bastará que se atente na parte abaixo transcrita para se perceber isto mesmo.
serão as seguintes:
do Partido Social Democrata,
os Serviços Municipalizados,
as Obras Municipais,
os Bombeiros,
a Habitação,
o Urbanismo,
a Indústria,
o Ambiente
e os Jardins;
do Partido Socialista,
os restantes.
Quem tiver um pouco de experiência municipal ou, mesmo sem ela, saiba quais são os pelouros que uma câmara da dimensão da de Setúbal tem, logo chegará à conclusão de que, efectivamente, a Câmara "seria" social-democrata, com um presidente socialista, tipo jarra de flores.
E quem for mais atento, ao ler aquele extracto, achará estranho que, relativamente aos pelouros atribuídos ao PS, apenas se diga os "restantes", em vez de os enumerar. Pois bem, tal deveu-se a não criar problemas aos negociadores contrários, perante o seu público, uma vez que esses "restantes" pelouros eram as Finanças, o Pessoal, os Cemitérios, o Trânsito, as Colectividades e full stop...
Devo referir também, que este acordo foi publicamente assinado em conferência de imprensa expressamente convocada para o efeito e muito concorrida, tendo tido, igualmente, honras de telejornal o que hoje não tem grande importância, já que aos telejornais vai qualquer "gato pingado" e até o mais corriqueiro assunto de quintal, mas na altura as coisas fiavam muito mais fino.
Perante um acordo desta natureza, qual acha você, que me lê, que deveria ser a atitude do Presidente do partido e do inefável e arrogante Secretário-Geral de então, Manuel Dias Loureiro. que não teve pejo em dar o dito por não dito?
Pois. Deveria ter sido essa em que está a pensar, sim, mas não foi.
Encurtando razões, porque a uns quantos "senhoritos" em Setúbal, concelho e distrito, não convinha tal acordo, por razões que me escuso de aqui apontar, por falta de mérito para verem a luz do dia, o "chefe eucaliptal" e o seu "homem às ordens" tudo boicotaram, sem respeito pelo trabalho de muitos anos de uns quantos esforçados social-democratas que o faziam por amor à camisola e só por isso, com muitas provas dadas até ali e mesmo depois.
Impediram, pois, que o acordo se cumprisse, obrigando a que o PSD concorresse sozinho. Tal esclarecida e muito democrática decisão provocou que o PSD desaparecesse até hoje (já lá vão19 anos) do panorama autárquico e o PS vencesse as eleições com maioria absoluta, tendo ficado a dominar a câmara por largos anos, que coincidiram com o marasmo em que entraram o concelho e a cidade, parados no tempo e ultrapassados por todas as aldeias galegas em redor.
Não cintentes com isso, encarregaram os seus subordfinados locais de instaurar processos disciplinares a alguns subscritores do acordo. Procedimentos com a intenção de expulsão, mas que deram em nada porque não havia matéria para incriminar disciplinarmente fosse quem fosse, que não o próprio Cavaco e o secretário geral, por violação dos Estatutos do Partido.
É. Dali nada de bom se pode esperar. Apenas o que ao "eucalipto" e sua corte de interesses convém. Como verificaram, mais tarde, Santana Lopes, em 2004-05, e Luís Filipe Menezes, agora.
Santana Lopes, porque não convinha à candidatura de Cavaco a Belém, que o PSD estivesse no poder; por igual razão, relativamente à guerra tremenda a Menezes, agora por força da aproximação da recandidatura, que terá lugar em 2010.
Enquanto aquele senhor tiver poder dentro do PSD e não forem postos na ordem os seus mandaretes, o Partido Social Democrata não sairá da vil tristeza em que se encontra.
Aqui ficam os factos, para a História e para que não se alegue ignorância.
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
1336. Memorável momento de ternura comovente

A foto - que aqui se insere com um aceno de simpatia a We have Kaos in the garden - guarda para a posteridade e por toda a eternidade o momento em que os sócios-gerentes da empresa
fraternalmente confraternizavam por terem conseguido obter a declaração de insolvência, falência e outras coisas terminadas em ência, como pesporrência e demência, da empresa que administravam... quem sabe se a pensarem com os seus botões que, quem vier atrás que feche a porta e apague a luz se ainda as houver...
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domingo, 16 de dezembro de 2007
1310. Sai cavacada
(...)

O recado foi claro em democracia, quem decide tem de estar preparado para ouvir "a voz do povo". A circunstância era a educação e as palavras as do presidente da República, alusivas ao diálogo do Governo com os professores. E o contexto foi a assinatura de um protocolo para combater o insucesso escolar em Matosinhos, rubricado por autarcas, empresários e escolas. (...)
JN 16Dez2007
* * *
Eu não digo que sempre que este homem abre a boca eu entro em estado de choque? Siderado! Completamente siderado! Incapaz de reagir, é como fico.
E o contexto foi a assinatura de um protocolo para combater o insucesso escolar em Matosinhos... porque se fosse a realização do referendo para a ratificação, ou não, de um Tratado que nos afecta a todos e não somente os escolares de Matosinhos, então, o discurso seria já outro. Este: quem decide tem de estar preparado para não ouvir "a voz do povo", que é o que este ilustre senhor tem andado a defender.
A coerência destes senhores baseia-se tão somente nesta postura de grande porte senhorial e digno: se convier, ouve-se os parvónios; se não convier, não se lhes dá troco. A coerência destes senhores é, como dizia o Jô Soares, "um espanto"! E dizem destas e nem sequer coram de vergonha. A tal ponto chegámos!
Este senhor é, nem mais nem menos, o actual presidente da república que temos que aguentar. O presidente da república que tem que zelar pelo regular funcionamento das instituições e pelo bem-estar dos Portugueses, garantindo o respeito que lhes é devido.
E o zé povinho, idiota como sempre, alarve como nunca, cretino como ninguém jamais, aplaude SExa, que tão expeditamente o vexa. E lá irá, pressuroso e fervoroso, atento e venerador, obrigado e prostrado, oferecer-lhes o voto - e por que não o traseiro, já agora? - na primeira oportunidade que surgir.
Povo burro, estúpido, alarve! Ao menos que estudasse e aprendesse História, se mais nada lhe apetece ou não é capaz!
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Diga-me lá qual a razão que existe para que, nas próximas eleições e nas seguintes, até que eles aprendam, não se lhes dê apenas o voto que se ajusta àquilo a que eles, com a sua nulidade mais do que comprovada, realmente fazem jus: o NULO rotundo e bem chapado?
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sábado, 9 de junho de 2007
1117. A prova provada...

... de que este senhor ...
... não está a cumprir os deveres que lhe incumbem ...

... surgiu agora através dos rasgados elogios que est'outro senhor ...
... acaba de lhe fazer!
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Diz a sabedoria dos homens e dos povos que elogio em boca de alguns é sempre vitupério. É o caso. Maior desonra em praça pública é difícil de conceber.
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