Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

2711. Cavaco e a "cavaqueira" sem nexo e irresponsável

Cavaco Fala, mas o que diz não é de escrever, a não ser para memória futura, quando for necessário dar-lhe em cima. Com toda a força! Que merece e... ainda fica a dever.

Diz Cavaco que, se "fizermos bem as nossas contas, não precisamos que ninguém as venha cá fazer".
Isto a propósito da possível vinda do FMI, arrumar a casa que nós apenas sabemos desarrumar...

Para "cavaqueira" não estará mal e até tem gracinha. Parva e talvez a precisar apenas do riso alarve, mas enfim!...

Do que precisamos, contudo, não é certamente de "cavaqueira". Essa temos cá que chegue e sobre, sendo um prazer oferecê-la a país sem sarna para se coçar.

Ora, Cavaco sabe bem que por cá ninguém faz boas contas e menos ainda quem tem obrigação de as fazer, como Sócrates. E, já agora, ele próprio.

Se Sócrates as fizesse como deve e ele, Cavaco, actuasse como igualmente é seu dever -- obrigando-o a fazê-las e, no caso de a criatura persistir em ser mau de contas, sem mais considerações, por desnecessários, pô-lo a milhas, com ou sem dono, tanto faz -- certamente que não precisaríamos do FMI, como estamos a precisar mais do que de pão para a boca.

A continuar assim, em pouco tempo estaremos a declarar bancarrota. Não esqueçamos que a situação é actualmente pior, bem pior, do que a de 1983-1984, anos em que o FMI andou por aí a fazer o trabalho que nós, lerdos e incompetentes, não fomos capazes de fazer. Estamos agora bem pior, creia!

Cavaco tem, uma vez mais, faltado ao dever, que não pode ignorar, de fazer aquilo que nunca na vida fez e que é sua estrita obrigação: pôr os gerais interesses do país acima do seus interesses muito particulares.

Terá sido esta a décima milionésima vez que o "boliqueimado" calcou os interesses do país aos pés dos seus.

Se lhe derem, caro leitor, a escolher entre Sócrates e Cavaco, afaste ambos para bem longe. São mistelas que apenas servem para envenenar o cálice das suas amarguras mais pestilentas.

Nenhum serve, ou, por outra, servirão apenas e tão só para irem de férias perenes para as Celebes ou para o diabo que os carregue... ou mais longe ainda, a fim de que possamos respirar sem receio de que um simples hausto se mostre suficiente para irremediavelmente nos envenenar.

Que importa que o homem vença ou não as próximas presidenciais? O que é que o país ganha com isso?

Mais: o que é que o país ganhou com a sua acção neste primeiro mandato? Esse ainda não serviu para se perceber que dali nada de bom vem para Portugal? Ou para perceber isso, você precisa que lhe façam um desenho explicativo, como o Guterres precisava?

Cavaco merece, certamente por outras razões, tanto crédito dos portugueses como Alegre, ou seja, nem uma treta de um cêntimo de crédito. E ambos, tanto pelo passado como pelo presente como pelo futuro que deles se pode esperar, tendo em mente precisamente o que já se conhece. Esta, a verdade. Escamoteá-la é verdadeiro crime de lesa Portugal e os Portugueses.

E Portugal já os sofreu a todos. Trinta e cinco anos a sofrer na carne, no sangue e na alma os desmandos de gente deste calibre, já chega! Ou acha que não?
...

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