Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal
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sexta-feira, 12 de junho de 2009

2306. Se os tem, pois que os use!

Obras Públicas
Cavaco Silva tem poderes para travar TGV até Madrid

A adjudicação do TGV está prevista para antes das eleições, mas Cavaco terá de promulgar as bases da concessão antes de o contrato ser assinado. Empatar o processo pode ser a solução com menos danos para o governo

O Presidente da República tem o poder de impedir a assinatura do contrato de concessão da primeira fase da rede ferroviária de alta velocidade (TGV) antes da realização das eleições legislativas, como exige o PSD.

O primeiro troço da linha Lisboa/Madrid, entre o Caia (na fronteira com Espanha) e o Poceirão, está em fase de negociação final, depois de entregues as duas propostas vinculativas. O calendário da RAVE (Rede de Alta Velocidade) prevê a adjudicação provisória já em Julho e a assinatura do contrato de concessão em Setembro, em cima do período indicado para as legislativas.

Mas se a decisão de adjudicar pertence ao governo, o contrato de concessão, que define os direitos e deveres do Estado perante o concessionário, só pode ser assinado depois de aprovado o decreto-lei que define as bases de concessão, explicaram ao i várias fontes que acompanham o projecto. E este passo terá de passar pelo crivo de Belém, a quem compete promulgar o decreto. Tendo em conta que Cavaco Silva tem insistido em fazer discursos contra projectos que "comprometam o futuro", "hipotequem o futuro das novas gerações", um projecto desta dimensão poderia ser inviabilizado pelo Presidente da República.

É que, mesmo com a adjudicação decidida, um veto de Cavaco Silva impediria o governo de assinar, em vésperas de eleições, um contrato que vincula o Estado português a uma concessão de 40 anos - que implica pagamentos anuais e o financiamento público da construção. É claro que o processo pode sofrer os atrasos normais em concursos desta dimensão, e a decisão final deslizar para depois das eleições. Se acontecer uma mudança política, o novo governo terá de optar entre manter a adjudicação e recuar. Será mais fácil recuar se não houver contrato assinado.
I - 2009.06.12
mais

* * *

Pois então, se para tal tem poderes, tem tamnbém o dever de usá-los, não sendo aceitável qualquer alegação tendente a justificar que o não faça. Menos ainda para calar.

É para zelar pelos interesses do País que foi eleito e lhe pagamos. Não para preparar a próxima candidatura, nem para discursos sem substãncia ou com substância não fundamentada.
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

1938. O "maledeto" TGV

Para conhecimento de quem ainda o não teve, aqui fica um artigo de Jack Soifer, no Oje, de 20 de Janeiro último

click, para ampliar

Gentileza de D. Pereira

A este assunto do TGV e com referência aos actuais alfas-pendulares, inseri, em Junho de 2007, há, portanto, mais de ano e meio, um texto que pode reler aqui.
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sábado, 23 de junho de 2007

1145. Continuamos ridículos, hein?


Não concorda?
Então, vejamos:

1 - O led da notícia reza assim:

TGV Lisboa e Madrid não se entendem sobre a velocidade dos comboios; Cavaco manda recado dos EUA; PS sofre de "síndroma" da Ota.

2 - Na notícia acrescenta-se que, enquanto a Espanha quer que o TGV entre Lisboa e Madrid circule a 250 km/hora, Portugal prefere os 350.

3 - Se fosse ao contrário, percebia-se. Mas não, é assim mesmo. Vejamos mais:

Arriscamo-nos a uma situação de verdadeira caricatura, qual seja a de, em Portugal, país miniatura, os comboios de alta velocidade circularem a 350km/h e, ao cruzar a fronteira com um país territorialmente enorme, passarem a andar a passo de alfa pendular...

Como é que um país com a nossa dimensão, sem profundidade (pelos vistos não apenas territorial...), se mete nestas encrencas estúpidas?

Então, nos 300km entre Lisboa e Porto, com não sei quantas paragens pelo meio, circularemos a 350km/h (claro que se trata de apenas bravatas inconsequentes, mais próprias de juventude inexperiente mas convencida de que tudo sabe, porque a vida há-de abrir os olhos e as mentes e acabar-se-á por cair da realidade...) ao mesmo tempo que, numa viagem de 600km, os primeiros duzentos serão feitos a 350 e os restantes quatrocentos a 250!

Mas quem foi que ensandeceu?

Claro que se percebe bem a resistência à realista "vontade" espanhola.

Se se vai aceitar que, na linha Lisboa Madrid se circule a 250km/h, como é que, óspois, se justifica, perante o "respeitável público", a cega teimosia nos 350km/h que se pretende "meter" à força entre Lisboa e Porto?

Pois...

Mas mais:

E se assim for, isto é, se se constatar que não há razão de razoável razoabilidade para que os comboios circulem entre Lisboa e Porto a mais de 250Km/h, onde fica a argumentação para criar o TGV entre as duas cidades? Como tem sido dito à saciedade, o Alfa pendular é mais do que suficiente, com a sua velocidade de 220km/h.

E aqui bate o ponto de toda esta incongruência, deste estúpido esbanjar de recursos.

Para além da evidência dos enormes e escusados encargos que se estão a criar para o país (não pára o sorvedouro de recursos, por manifesta incompetência... e oxalá seja apenas por incompetência...), a única consolação que nos resta é que, de ridículo em ridículo, acabaremos por ser deixados em paz e sossego. Queiram eles, eles não queiram...

Em resumo, para além dos ridículos: Portugal apenas "necessita" de uma linha de TGV. Entre Lisboa e Madrid. E isto apenas para não destoarmos da Europa.

Dentro do país, a opção Alfa Pendular é mais do que suficiente.

Para se ter uma ideia, bastará que se anote que, no Alfa, se sairmos de Faro às 10 da manhã, poderemos almoçar em Vigo, lá pela 1 da tarde.

Fica tudo dito, não?

Acabem, pois, com essa marmelada de pouco siso e com as triste figuras de teimosia insensatas! Só vos colocam mal e envergonham-nos imenso, porque lá fora são capazes de pensar que somos como vocês... E disso, Deus nos livre, porra!
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Alguém tem por aí um analgésico, mesmo fraquinho?
É que, de tanto rir, com estas anedotas, já me dói a pança, carago!

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quinta-feira, 14 de junho de 2007

1126. Uma proposta consensual

O que devia estar neste momento, a meu ver, a preocupar os candidatos à Câmara de Lisboa é o modo como os futuros comboios TGV irão atravessar o Tejo e entrar na cidade.

A proposta do Governo, a avaliar pelas informações mais recentes, é a da construção de uma ponte para o Barreiro para os comboios provenientes de Badajoz e do Algarve que seguirão para uma estação terminal em Chelas. Os comboios para o Porto, no entanto, não utilizarão esta ponte e entrarão em Lisboa pelo Lumiar.

O que estrá previsto, assim, além da ponte para o Barreiro, é uma entrada em Lisboa pelo Norte destinada aos comboios para o Porto e a navetes para o aeroporto da Ota.

Esta solução, com custos financeiros e ambientais gigantescos, parece-me inviável.

As possibilidades de travessia do Tejo pelos comboios TGV destinados a Badajoz que devem, a meu ver, ser estudadas são 4: a da ponte para o Barreiro, a da ponte ou tunel para o Montijo, e as travessias antes e depois de Vila Franca. Os estudos necessários para avaliar as dificuldades técnicas destas diferentes soluções e quantificar os seus custos, não estão minimamente iniciados.

Em Novembro vamos ter uma Cimeira Ibérica. Penso que nesta Cimeira Portugal pode apresentar uma proposta que os espanhois certamente aceitarão: a de construir, com grande prioridade, uma linha de bitola europeia que permita o trânsito de comboios TGV, de Badajoz ao Pinhal Novo, onde há uma estação de FERTAGUS.

Esta linha, particularmente facil de construir, que poderá estar pronta, talvez, dentro de 4 ou 5 anos, e que na totalidade, ou pelo menos em grande parte, será integravel na futura linha de Lisboa a Madrid, tem para nós o interesse gigantesco de, a muito curto prazo, ligar as nossas indústrias da Península de Setrubal à rede internacional de bitola europeia, o que é fundamental para a sua sobrevivência.
Penso que, neste contexto, os candidatos à Câmara de Lisboa devem:
  1. Apoiar calorosamente a construção urgente da linha de Badajoz ao Pinhal Novo.
  2. Propor que, nos dois anos a seguir, se estudem seriamente as diferentes possibilidades dos comboios TGV atravessarem o Tejo, a ligação ferroviária ao futuro aeroporto de Lisboa cuja localização será entretanto definida, e, ainda, a chegada a Lisboa dos futuros TGV para o Porto, cuja linha será construida quando for considerado conveniente.
António Brotas
Prof. Jubilado do IST
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