- Mas, então, porquê? – quis eu saber, até porque há anos que ando a ser criticado por isso mesmo…
- A gente tamos furiosos com gajo e com o staff, porra!
- Hom’essa! Muito me contam! Mas porquê com ele e com o staff?!
- Atão, na se está mêmo a veri? Com ele porque na feicha o pífaro rachado e c’o staff porque na esconde o dito, p’ra ninguén mais óviri toleimas!
- Eu… eu… não estou em mim, caramba! – balbuciei – Mas o que é que se passa?
- O qu’é que se passa?! Tu t´ás surdo, ó quê, pá ? – ripostaram cada vez mais irritados – Atão, tu na vês qu’o home só diz asnêradas, sempre qu’abre a bocarra? E perde votos. Aos molhos, pá, aos molhos!!! S’a campanha na acaba já, na sê nã!…
- Bem, mas isso já eu digo desde 1989! E vocês não acreditavam. Diziam que era má vontade minha!
- Tens a razã, pá, tens toda a razã! – admitiram, finalmente – A gente a modos qu’andava mêmo tapadinha de todo! Inté parece qu’andava d’antolhos, com’esses dos burros, catarino, pá!
- Mas desembuchem, que eu estou a ficar em pulgas. Qual é a razão do vosso desassossego?
- Ó homem, atão tu na tás a veri qu’a criatura, na contente c’as tiradas de morreri a riri ou a chorari, conforme a barricada em qu’a malta tá, hoje veio c’a última, qu’é mesmo de lhe arreari uma trólitada no tótiço?
- Ah, sim? E então, o que disse a criatura?
- Que, em vez dos cortes nos salários do pissoal, o magana do governo havera de ter criado um imposto istrórdinário, que era munto mais justo e eficaz, caraças!...
- E então, não está certo? Até acho que foi a única coisa certa que o homem disse nos últimos anos.
- Pois sim… Mas… SÓ DESCOBRIU ESSA TRETA AGORA? No último dia do rai da campanha? De repentemente é que ficou isperto? Atão, se só pescou isso agora, agora devia tar calado, p’ra qu’a malta na topasse qu’o tipo é lento de pinsamento, pá!
- Realmente…
- P’s’tá claro! E o staff é uma cambada qu’a gente nem sabemos o que lá anda a fazeri. Com amigos assim, o melhori é tar co’os inimigos, catarino!
- Realmente… vocês estão com toda a razão. Mas não exageremos, pois que o homem até pode ser um alho.
- Pois… Isso dizes tu, tas a óviri? Tás todo sastisfeito c’o gajo!...
- Eu ?!?! Nem o posso ouvir falar! Fico todo encrespado e com azia, ó gentes!
- Pois… tá ben, mas iss’era dantes. Agora tás todo inxado, pá!...
- Hom’essa! Então porquê?
- Ora, ora… Porqu’o magano só ficou espertalhaço qanda leu o que tu escreveste lá no Feissebuque antes d’onte sobre ess’assunto do imposto de crise, transitóro ó lá o qu’é!
E abalaram, deixando-me maila patroa, pregados ao chão em plena praça, com o Manel Maria, lá no alto, a rir à gargalhada, e a dizer:
- Porrr essa é que tu não esperravas, carramba! Os tipos bem te lixarram o juízo, hã?
- A gente tamos furiosos com gajo e com o staff, porra!
- Hom’essa! Muito me contam! Mas porquê com ele e com o staff?!
- Atão, na se está mêmo a veri? Com ele porque na feicha o pífaro rachado e c’o staff porque na esconde o dito, p’ra ninguén mais óviri toleimas!
- Eu… eu… não estou em mim, caramba! – balbuciei – Mas o que é que se passa?
- O qu’é que se passa?! Tu t´ás surdo, ó quê, pá ? – ripostaram cada vez mais irritados – Atão, tu na vês qu’o home só diz asnêradas, sempre qu’abre a bocarra? E perde votos. Aos molhos, pá, aos molhos!!! S’a campanha na acaba já, na sê nã!…
- Bem, mas isso já eu digo desde 1989! E vocês não acreditavam. Diziam que era má vontade minha!
- Tens a razã, pá, tens toda a razã! – admitiram, finalmente – A gente a modos qu’andava mêmo tapadinha de todo! Inté parece qu’andava d’antolhos, com’esses dos burros, catarino, pá!
- Mas desembuchem, que eu estou a ficar em pulgas. Qual é a razão do vosso desassossego?
- Ó homem, atão tu na tás a veri qu’a criatura, na contente c’as tiradas de morreri a riri ou a chorari, conforme a barricada em qu’a malta tá, hoje veio c’a última, qu’é mesmo de lhe arreari uma trólitada no tótiço?
- Ah, sim? E então, o que disse a criatura?
- Que, em vez dos cortes nos salários do pissoal, o magana do governo havera de ter criado um imposto istrórdinário, que era munto mais justo e eficaz, caraças!...
- E então, não está certo? Até acho que foi a única coisa certa que o homem disse nos últimos anos.
- Pois sim… Mas… SÓ DESCOBRIU ESSA TRETA AGORA? No último dia do rai da campanha? De repentemente é que ficou isperto? Atão, se só pescou isso agora, agora devia tar calado, p’ra qu’a malta na topasse qu’o tipo é lento de pinsamento, pá!
- Realmente…
- P’s’tá claro! E o staff é uma cambada qu’a gente nem sabemos o que lá anda a fazeri. Com amigos assim, o melhori é tar co’os inimigos, catarino!
- Realmente… vocês estão com toda a razão. Mas não exageremos, pois que o homem até pode ser um alho.
- Pois… Isso dizes tu, tas a óviri? Tás todo sastisfeito c’o gajo!...
- Eu ?!?! Nem o posso ouvir falar! Fico todo encrespado e com azia, ó gentes!
- Pois… tá ben, mas iss’era dantes. Agora tás todo inxado, pá!...
- Hom’essa! Então porquê?
- Ora, ora… Porqu’o magano só ficou espertalhaço qanda leu o que tu escreveste lá no Feissebuque antes d’onte sobre ess’assunto do imposto de crise, transitóro ó lá o qu’é!
E abalaram, deixando-me maila patroa, pregados ao chão em plena praça, com o Manel Maria, lá no alto, a rir à gargalhada, e a dizer:
- Porrr essa é que tu não esperravas, carramba! Os tipos bem te lixarram o juízo, hã?
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