Primeiramente, andaram pelo menos dois anos a engendrar leis abstrusas e insensatas, em alguns casos mesmo verdadeiramente atentatórias de um regime democrático que se caracterize por regras de saúde mental mínima.
Depois, ou seja, a 27 de Agosto, veio o senhor do lado - que se chama José Magalhães e é secretário de estado adjunto do ministro da administração interna - dizer que, se a "lei" vigente não satisfaz, há que enviá-la novamente para o Parlamento, a fim de que se tomem as adequadas providências.
Logo a seguir, isto é, pela hora do almoço do dia 28 de Agosto, surgiu o senhor ao lado retratado - Pedro Silva Pereira de sua graça e ministro da presidência - que, em jeito de quem diz que o senhor de cima, como mero secretáriosito de estado, não sabe o que diz, o que ele, ministro da presidência sabe muito bem, jurar a pés juntos que, como estava, tudo estava bem e... ponto final.
Finalmente, pela noitinha do mesmo dia 28 de Agosto, fez a sua aparição o transfigurado senhor do lado - que dá pelo nome de Rui Pereira e é ministro da administração interna - a modos que como quem diz que ninguém faz uma desfeita daquelas ao seu secretariazinho adjunto, sem que ele não revide, e, portanto, assegurar que há que alterar a lei, de molde a que, quanto aos crimes que envolvam armas, deverá ser prevista a prisão preventiva...
Isto é que é verdadeiramente o que, com toda a propriedade, se pode chamar de governozito multifacetado e capaz de todas as soluções e opiniões, mesmo as mais diametralmente opostas, ou seja, um governozão para todas as eventualidades, pois cobre todas as hipóteses, mesmo as inimagináveis. Que faneca de governo, hein?!?!
* * *
Perante tão animador quadro e tudo o mais que se antecipa que virá a curto prazo, poderia ser aqui elencada uma infinidade de considerações, qual delas a mais lisonjeira para os senhoritos que, por desdita nossa, consta que nos governam. No entanto, para não ofender a inteligência de quem me lê, não o faço, limitando-me a deixar uma pergunta que me parece pertinente e impostergável:
- Então, como vos tenho repetido aqui, são ou não são ridículos?
* * *
Mas, pior do que isso, pior do que ridículos - que até seria caso para diversão e riso às lágrimas - são perigosíssimos. Brincam, manipulam sem pejo a segurança geral do País, dos seus concidadãos. Que é que se pode fazer a gente deste quilate?
* * *
Enquanto isso...
... este senhor desapareceu de circulação, calou-se mais do que rato assustado e ninguém sabe onde o homem pára. Ele, sempre tão arrogante, tão pesporrente, tão suficiente e excessivo até ao tutano, subitamente perdeu a fala e entrou em hibernação em pleno verão, o que até é bom, porque ninguém lhe poderá chamar urso que, como é sabido, só hibernam de inverno. Retiro esse que, diga-se em abono da verdade, só peca por tardio. Mas, que ninguém alimente ilusões. Logo que o temporal amaine um pouco, ei-lo que há-de ressurgir, mais "tão" do que nunca, mais "tão badalão" do que sino de igreja de aldeia em dia de incêndio na floresta.
Enquanto isso...
... esta senhora continua "missed anywhere" há, quando menos, mil e tal horas de angústias várias... ("Mas por que é que me meti nisto, eu que não tenho vida nem o mínimo jeito para estas coisas?").
* * *
Sabem que mais?
Tch... Tch... Tch... Tamos fètos ao bife, compadre e comadre!
E sabem mais do que mais? No próximo despejo para as urnas, continuem a assinalar os quadradinhos que assinalaram da última vez. Vão ver o gozo que isso vos dará óspois...
...
12 comentários:
Ruben;
Sabe que mais? Vou linkar este seu artigo de 5 estrelas no Oeiras Local. Anda aí muito povo 'um bocado' esquecido, ou desatento e, como dizia o ZECA, 'é preciso avisar a malta'! ;)
Tenha um bom fim de semana + a I.
Bj
I.
Me parece que a política em todos os países nesse momento estão de pernas para o ar! Ou será que sempre foi assim!? O governo que serve para SERVIR aos cidadãos parece que só serve a si próprio e aí ficamos... a deriva
Viva, Isabel!
Obrigado pela deferência, amiga.
Que é opreciso que estas gentes sejam despertadas e ouçam e confiram, lá isso
é verdade.
Bj e bom fim de semana também.
Ruben
Viva, Alice!
Bem-vinda por cá.
Acho que sempre foi assim e assim sempre será.
Só que há uns governos que são piores do que todos os outros. Por cá, este rebenta com todas as estatísticas.
Abraço
Ruben
Ainda bem que a Isabel colocou isto no O.L. pois assim tive conhecimento. Óptima chamada de atenção.
Clotilde
Viva, Clotilde!
Obrigado pela visita e pelas palavras amáveis. Volte sedmpre, ok?
Abraço
Ruben
Detesto política. Mas este governo rebenta com as estatísticas, depois do anterior também ter rebentado e, então, o outro antes nem se fala ... e por aí fora. Qual será o problema de fundo?
Viva, Jorge!
A falta de um baraço, que servisse para os atar a todos e, depois, pê-los num fumeiro, para ver se davam chouriços tragáveis.
Abraço
Ruben
Isto são caras de gentes???
Parecem-me bostas de cavalos-éguas!
Ai Jesus que lá vou eu.
Viva o Papa que nada faz e muito menos diz,,,, mas que coisa, apanho sustos de morte com este focinhos no teu blog
puf!
Beijosssss
Viva, Ashera!
;-)
Beijosss
Ruben
Aí está o que eu acho, também:
Atá-los a todos e pô-los ao fumeiro.
Mas estamos condenados a ser governados por gente desta espécie.
Ou...
Temo bem que dentro de alguns anos, as democracias voltem a ser substituídas por novas ditaduras.
É ver como as coisas andam pela Europa, a escalada da criminalidade, a perda acelerada dos valores mais básicos como o respeito pela vida humana, a explosão incontrolável da imigração ilegal (e devo afirmar que estou bem longe de ser xenófoba), os conflitos latentes (ou já declarados) em prol de alguns separatismos, a par com a incapacidade dos governantes actuais...
E falo APENAS da Europa.
Que mundo este em que deixamos os nossos netos!
Pronto, já estou deprimida Q.B.
Um abraço, Ruben
Viva, Ana!
Pensando bem, não valia a pena, porque certamente que dariam chouriços rançosos à partida.
Mas, na verdade, o mal é geral. Lá por fora as coisas estão quase na mesma.
É fazer um sorriso amarelo, apertar o cinto e outras coisas e aguentar enquanto se puder, esperando que a crise passe. Só que a nossa, a interna, não é conjuntural...
Abraço, Ana
Ruben
Enviar um comentário