Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

sábado, 4 de outubro de 2008

1795. "Das Kapital"

Hoje, para começar a firmar o regresso, decidi contar-vos uma história leve e engraçada, para variar.

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Como é comummente sabido, Karl Marx foi o autor do célebre livro doutrinário que iniciou todo o movimento revolucionário que deu origem ao Comunismo. Nele se inspirou Vladimir Ilitch Lenin, o líder da revolução de 1917, que instaurou o Comunismo na Rússia e daí o difundiu pelo mundo.

O que talvez ninguém saiba é como é que surgiu o título do livro, ou seja Das Kapital. É o que me proponho dar hoje a conhecer ao mundo.

Um primeiro apontamento: Das Kapital pronuncia-se sensivelmente desta forma: Dâsse capital.

Posto isto, vamos à história dos factos:

Marx, desde sempre um homem do pensamento, vivia em sérias dificuldades económicas. Tais condições agravaram-se quando, em 1843, casou com Jenny von Westphalen, ou seja Geninha (Eugénia) da Vestefália, filha de uma família burguesa, muito abastada.

Em vez de aligeirar as provações económicas de Marx, o casamento apenas as acentuou de forma grave, uma vez que o casal teve cinco filhos, Franziska, Edgar, Eleanor, Laura e Guido, que era necessário sustentar, e os pais da Geninha recusaram-se terminantemente a financiar a família, uma vez que, segundo alegavam, Karl não queria "trabalhar a sério", apenas se dedicando a escrever, auferindo os pouquíssimos rendimentos que conseguia através da publicação ocasional de artigos em jornais alemães e americanos, a que juntava o auxílio financeiro vindo do amigo e principal colaborador Friedich Engels.

Ora, no meio de tais dificuldades provenientes da escassez de dinheiro, acontece que determinado dia, preparando-se para fazer o almoço da família, Geninha constatou uma realidade que, aliás, era já sua conhecida: em casa não havia "cheta" para comprar uma simples côdea de pão.

Então, reticente, embora, por não querer incomodar o etéreo marido, lá foi até ao escritório onde o nosso amigo se encontrava a terminar o Das Kapital e à procura de um título adequado para a obra. Disse Geninha:

- Karl, meu Karlzinho. Vê lá se consegues arranjar por aí uns trocados, que eu preciso de fazer o almoço. Os putos estão esganados e não tenho nada para lhes dar de comer.

Então, o nosso herói rebuscou os bolsos e, tendo encontrado o porta-moedas, abriu-o, olhou lá para dentro, esbugalhou os olhos e rematou, incrédulo:

- ...da-se, capital não há !!!

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Topou?
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