Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

1814. Apresentação de livro

Não é meu hábito aconselhar a leitura de livros que eu próprio ainda não li.

Abro, porém, uma excepção para a obra de Deana Barroqueiro, "O Navegador da Passagem" - A história de um descobridor de mundos que o mundo ignorou.

E por que o faço? Por ter a garantia de que se trata de uma obra a reter e a divulgar.

Da autora conheço "D. Sebastião e o vidente" e essa é, para mim, a garantia de que qualquer obra saída dos estudos e capacidade de exposição de Deana Barroqueiro tem a marca da grande qualidade, do estudo aturado e cuidadoso, do desejo de narrar História para lá das versões oficiais e oficializadas, mais humanizada, mais perto, portanto, da compreensão e aceitação do cidadão comum, se bem que, forçoso é que se diga, mais dificilmente do cidadão comum das leituras do quotidiano.


Por todos os motivos históricos, mas igualmente pela singular forma de escrita, que tenta - e consegue plenamente - transportar-nos à data dos eventos narrados, Deana Barroqueiro tem um lugar ímpar na Literatura Portuguesa de todos os tempos.

Quedo-me por aqui, de momento.

Apenas mais uma breve nota, para informar que o livro será apresentado a 17 do corrente, pelas 19,30h, no Padrão dos Descobrimentos. E que local mais apropriado para a realização de tal evento, do que este mesmo?


Fique, agora, com um pequeno vídeo, em que a autora faz uma curta apresentação da obra.


4 comentários:

Anónimo disse...

Foi com muita emoção (nunca deixo de me sentir comovida e grata a quem me lê com prazer) que vi o seu post sobre o meu Navegador da Passagem e também da minha obra anterior, D. Sebastião e o Vidente. O seu comentário foi de uma grande generosidade e serviu-me de bálsamo para o nervosismo e stress de que sofro quando um novo "filho" corta o cordão umbilical que o liga à sua criadora e se prepara para partir e enfrentar o mundo. Conseguirá sobreviver? Encontrarão eco no leitor as memórias de um homem sofrido, que recorda a sua vida sob a ameaça da morte anunciada, fazendo na sua última viagem a peregrinação ao mais profundo da sua alma, ao conhecimento dos lugares mais sombrios do seu ser em busca de redenção... talvez demasiado tarde? Sendo um grande homem, um descobridor de mundos, todavia, não recebeu o justo reconhecimento e prémio dos seus senhores. Por isso, talvez os leitores vejam o romance como uma metáfora do nosso tempo e espelhem nele as suas próprias angústias, exorcisando-as. Ouse comovam com a sua história de amor e o destino das quatro primeiras mulheres que partiram em missão de descobrimento de terras.
Bem aja, meu amigo.
Deana Barroqueiro
d.barroqueiro@netcabo.pt
http://deanabarroqueiro.blogspot.com

Ruvasa disse...

Viva, Deana!

Nada tem que agradecer pelo que dedico ao lançamento do seu novo livro. O meu comentário - que, aliás, nem passa de uma pequena referência despretensiosa - nem sequer envolve qualquer tipo de generosidade como a sua amabilidade refere. Ele é, tão somente, o reconhecimento, sem dúvida devido, dos seus muitos méritos num campo, o do romance histórico, que, tanto quanto é do meu conhecimento, para além da sua obra, pura e simplesmente não existe em Portugal, desde Herculano.

Creia, cara senhora, que é para mim um privilégio contar-me entre os seus leitores, admirador do seu enorme talento.

Desejo-lhe, pois, para mais esta obra, o maior dos sucessos.

Saudações cordiais

Ruben

Ana disse...

Não deixarei de ter presente a sua recomendação.

Abraço

Ruvasa disse...

Viva, Ana!

Não se arrependerá, pode estar certa.

Abraço

Ruben