Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

terça-feira, 12 de maio de 2009

2179. A tristeza, meus caros, a tristeza!

Foto "I"

Bela Vista: "O maior problema não é a insegurança, é a tristeza"

Moradores da Bela Vista querem tranquilidade. Câmara desafia Governo a requalificar o bairro
SUSANA OTÃO

O bairro da Bela Vista começa a regressar à tranquilidade. Os moradores parecem habituados à presença da Polícia armada a rigor. Os problemas sociais assomam a cada esquina, mas também se ouve música e fazem-se planos para o futuro.

José Duarte tem 52 anos e às sete horas da manhã já está fora de casa rumo ao emprego. "Trabalho na Câmara Municipal", diz com orgulho quem ajuda a pavimentar as ruas da cidade sadina. Vive na Bela Vista há mais de 30 anos e lamenta que o "seu" bairro só seja falado "pelas coisas más". Diz que há muita gente boa e os "bandidos são uma minoria". E insegurança? "Sim, existe. A partir das nove da noite é mais complicado andar na rua. Mas o maior problema deste bairro não é a insegurança... é a tristeza", remata o cabo-verdeano, apontando os diversos problemas sociais que pautam a vida do bairro: "Desemprego, pobreza, degradação, miséria até... É muito triste viver assim". (...)

CM 2009.05.12

* * *

Recorda-se ainda do que ontem aqui escrevi sobre este assunto?

Pois bem, finalmente lá apareceu jornalista com um pouco mais de lucidez para dar a palavra a quem realmente sabe o que se passa na Bela Vista, não somente nestes dias, mas todos os dias de todos os anos, de há 33 anos para cá, por responsabilidade (irresponsabilidade!) exclusiva de quem tem tido poderes nesta região.

O percurso turístico de Setúbal deveria passar pelo interior da Bela Vista. Para que em Setúbal se ganhasse vergonha na cara, ao nível dos responsáveis políticos.

Essa de a Câmara desafiar o Governo para requalificar o bairro é de gritos! Até parece que a "senhora dona cambra", as sucessivas "senhoras cambras", não têm qualquer responsabilidade no assunto. Hipócritas!

E mais não digo. Por agora, pelo menos...

...

Sem comentários: