Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal
Mostrar mensagens com a etiqueta Bela Vista. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Bela Vista. Mostrar todas as mensagens

sábado, 23 de maio de 2009

2223. Bela Vista, Setúbal - A Fernanda que nos cansa...

Porque não merece mais, já que, de novo, vem falar de cátedra do que não sabe, limito-me a deixar o link.

Leia e pasme! Também pode chorar de comiseração...


Apenas mais esta sugestão, que está autorizado a colher e levar à prática. Coibir-me-ei de reivindicar direitos de autoria:


Para que não mais escrevesse por "fora" eu metia-a lá "dentro" e não a deixava sair em menos de uma semana...


Garanto que a cura seria radical. De imediato deixaria de se referir a coisas que o bairro não tem, mas que a senhorita (vá-se lá saber porquê!...) encucou que tem, como sejam as belas vistas de que os moradores desfrutam sobre o Sado...

A realidade é outra, bem diversa. No bairro, que está situado na zona mais airosa e saudável de Setúbal, com extraordinária paisagem sobre a baía, as "belas vistas" proporcionadas aos moradores são para o interior das casas uns dos outros, para a promiscuidade mais insalubre que lhes foi imposta...

O país está cada vez mais cheio dos que pesporrentemente falam do que não conhecem e escrevem acerca do que não analisam, enquanto vestem a casaquinha que encontram mais a gosto nos cacifos do comissariado político.

....

sexta-feira, 15 de maio de 2009

2196. Setúbal - É preciso lata!...

"Bela Vista vai na terceira geração de excluídos"

Arquitecto Charters Monteiro, que projectou bairro de Setúbal, critica Governo de adiar a sua recuperação
SUSANA OTÃO

José Charters Monteiro foi o responsável pelo projecto de arquitectura do Bairro da Bela Vista, em Setúbal. A tipologia tem sido criticada, mas o arquitecto diz que o problema está na conjuntura social e não nos edifícios.

"A Bela Vista é apenas o sinal. Com a actual crise de modelo social e económico e perante a ineficiência das medidas de governação, estaremos a caminho do alastramento de processos como os da Bela Vista que se estenderão a muitas outras áreas urbanas empobrecidas e sem futuro viável". A voz crítica, mas ao mesmo tempo preocupada, de José Charters Monteiro reflecte a sua posição quanto a uma intervenção urgente no bairro sadino, acusando, no entanto, o Governo de não lhe prestar "a merecida atenção".

"O seu plano e os seus edifícios são o cenário de um processo onde a miséria da população leva às mais graves consequências", justificou.

O arquitecto realça que a população da Bela Vista representa um "caleidoscópio de culturas e nações", mas também "todo o tipo de carências", que se vieram a acentuar, desde que o bairro foi construído, na década de 70, e enunciou a raiz dos principais problemas: "A generalizada falta de instrução e de formação profissional que abrange as diferentes gerações, o desemprego crónico e o recurso ao rendimento mínimo de subsistência. Estes factores são, por si só, capazes de provocar os maiores problemas sociais e de relacionamento, qualquer que seja a proveniência e composição da população residente e qualquer que seja a área urbana em causa", destacou, para defender uma intervenção "imaterial" que deverá abranger a "educação, a formação profissional e a oferta de emprego".

Além disto, Charters Monteiro realça a necessidade de uma aposta "material", no que respeita à requalificação das componentes construídas, como os espaços públicos e colectivos e os edifícios. "Ao longo de 35 anos e apesar da persistente acção física de destruição e demolição, tem resistido, porque não é uma arquitectura de 'pladur'", salientou.

Em consequência, considera que a conjuntura social tem vindo a criar uma população "excluída". "Vamos na terceira geração de excluídos ", afirmou. Defende a intervenção urgente no bairro, mas destaca que ela "não tem merecido da parte do Governo Central a necessária atenção nem importância".

"Enquanto isto não acontecer, não aparecerá uma primeira e diferente geração de cidadãos na Bela Vista", defendeu, para concluir que a "pobreza material e imaterial é a questão central para as populações, qualquer que seja o seu bairro".

(...)

JN 2009.05.15

* * *

Na verdade, é preciso ter lata para vir criticar seja o que for, o autor da porcaria de um projecto vergonhoso, que já na altura em que foi levado para a frente se sabia que iria dar naquilo, tendo a vista os similares americanos já há muitos anos existentes.

Afirma o "artista" que "vamos numa terceira geração de excluídos". O que é que isso tem a ver com o caso do projecto? Mesmo sem excluídos e com elites a viver nele, continuaria a ser um projecto simplesmente vergonhoso e que convida à promiscuidade mais desenfreada e à insalubridade mais doentia.

Claro que a responsabilidade maior nem é dele. É bem mais de quem lhe aceitou o aborto. Mas, tendo projectado tal aberração, ao menos que agora se calasse. Mas não, tinha que vir debitar sentenças, como se nada tivesse que ver com o assunto...

Este pobre país está cada vez pior. A cada cavadela, sua minhoca...

...

terça-feira, 12 de maio de 2009

2179. A tristeza, meus caros, a tristeza!

Foto "I"

Bela Vista: "O maior problema não é a insegurança, é a tristeza"

Moradores da Bela Vista querem tranquilidade. Câmara desafia Governo a requalificar o bairro
SUSANA OTÃO

O bairro da Bela Vista começa a regressar à tranquilidade. Os moradores parecem habituados à presença da Polícia armada a rigor. Os problemas sociais assomam a cada esquina, mas também se ouve música e fazem-se planos para o futuro.

José Duarte tem 52 anos e às sete horas da manhã já está fora de casa rumo ao emprego. "Trabalho na Câmara Municipal", diz com orgulho quem ajuda a pavimentar as ruas da cidade sadina. Vive na Bela Vista há mais de 30 anos e lamenta que o "seu" bairro só seja falado "pelas coisas más". Diz que há muita gente boa e os "bandidos são uma minoria". E insegurança? "Sim, existe. A partir das nove da noite é mais complicado andar na rua. Mas o maior problema deste bairro não é a insegurança... é a tristeza", remata o cabo-verdeano, apontando os diversos problemas sociais que pautam a vida do bairro: "Desemprego, pobreza, degradação, miséria até... É muito triste viver assim". (...)

CM 2009.05.12

* * *

Recorda-se ainda do que ontem aqui escrevi sobre este assunto?

Pois bem, finalmente lá apareceu jornalista com um pouco mais de lucidez para dar a palavra a quem realmente sabe o que se passa na Bela Vista, não somente nestes dias, mas todos os dias de todos os anos, de há 33 anos para cá, por responsabilidade (irresponsabilidade!) exclusiva de quem tem tido poderes nesta região.

O percurso turístico de Setúbal deveria passar pelo interior da Bela Vista. Para que em Setúbal se ganhasse vergonha na cara, ao nível dos responsáveis políticos.

Essa de a Câmara desafiar o Governo para requalificar o bairro é de gritos! Até parece que a "senhora dona cambra", as sucessivas "senhoras cambras", não têm qualquer responsabilidade no assunto. Hipócritas!

E mais não digo. Por agora, pelo menos...

...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

2176. O Bairro da Bela Vista e outras questões

O bairro da Bela Vista,
os irresponsáveis
que o criaram e transformaram
e os cretinos que alimentam a questão


Tentemos - ao menos que alguém o f
aça - falar claro e sem nebulosas pelo meio.

1.
O Bairro da Bela Vista sempre foi um bairro problemático, Não pelos delitos que ali se praticam, que nunca foram mais do que os que se praticam noutros pontos da cidade e de outras cidades do país, mas pela sua própria concepção, verdadeiro gheto construído na zona mais airosa e de melhores vistas da cidade de Setúbal.


Transformado na vergonha que é por altura do PREC de má memória, quando tudo era feito em prol dos desgraçadinhos, acantonando-os tanto quanto possível nos espaços privilegiados da cidade mas encafuados em ghetos miseráveis e miserabilistas, era previsísvel que um dia tal cretina "solução" resultasse em problema de difícil remedeio.

Mas a Bela Vista não é o único cancro que os autarcas setubalenses, a maioria deles arrivistas sem apego à terra, criaram e alimentam na cidade, no concelho.

Logo à chegada, para quem vem da A12, há outro - ainda que com habitantes de diferentes idiossincrasias -, este bem mais recente, ali junto da Praç
a de Portugal.


Foram esses autarcas e outros "arcas"
incompetentes e irresponsáveis - como os que, há cerca de 20 anos, cortaram o acesso da cidade à sua incomparável baía, com a implantação do porto que deveria ter sido desviado cerca de 3 ou 4 kms apenas, só com vantagens - que fizeram da cidade - que já foi a terceira/quarta do País e se situa numa região de privilégio como há poucas por esse mundo fora - a vil tristeza que é actualmente, ultrapassada até por todas as aldeias galegas circundantes.

Se você que me lê - ou eu próprio - fôssemos obrigados a viver naquelas condições, certamente que rapidamente entraríamos também na delinquência mais desbragada.

Portanto, a primeira responsabilidade a assacar, deve sê-lo aos patifórios que decidiram a construção daquela e de outras infâmias. Sabe-se quem são. Têm nome e cara. Vergonhita é que se duvida. E muito!

2.
Os acontecimentos que se têm verificado no Bairro da Bela Vista, de há dias para cá, são graves, mas sem terem causado o mínimo dano à integridade física seja de quem for e, não fosse o alarmismo... a exploração ad nauseam da Comunicação Social, com especial relevância para as estações de televisão, com a sua estreiteza de vistas de comadrice paroquial, teriam terminado no próprio dia. Como as televisões os alimentam, continuaram até agora. Só à noite! E não para além das 2 ou 3 da manhã. Entende?


Que alguém arranje um escandalozito em qualquer outro lado, que se mostre adequado a que as TVs por lá se distraiam e, garanto, nesse mesmo dia terminam os "acontecimentos" da Bela Vista.

Sei do que falo. Vivo há 12 anos a cerca de um quilómetro daquele bairro. Vivi durante 16 anos, a cerca de 300 metros. Passo pelo seu interior mais profundo muito frequentemente, nas minhas deambulações pela cidade, de carro ou apeado. Sem qualquer problema. E nem onde vivi nem onde vivo chegou o mínimo dos desacatos ou seu rumor. Soube-se da coisa pelas benditas TVs. Nem vai chegar, se alguém distrair as TVs...

Pelas alminhas de quem lá tem, haja quem que o faça! Depressa, antes de que seja tarde e alguém se magoe a sério, porra!


click nas fotos, para ampliar
...