Ao que parece, o governo prepara-se para mais uma das belas decisões com que nos tem premiado a par e passo.
Desta vez, trata-se de, sacando o dinheiro dos imposto que todos pagamos, oferecer aos clientes do BPP - e também aos do BPN, já agora?... -, se não na totalidade, pelo menos em boa parte, os montantes dos respectivos depósitos que por lá tinham.
Ora, fazer caridade com o dinheiro alheio é, além de coisa feia, do foro criminal.
Se acto tão "caridoso" não se enquadra no âmbito da lei penal, designadamente nos casos de "infidelidade" (artº 224º, do CPenal) e/ou de "apropriação ilegítima" (artº 234º), enquadra-se em quê? Sim, porque de ilícito se trata, na verdade.
Responderá por isso? A ver vamos.
Por outro lado, os pretendentes a tal benesse mostram-se muito agradecidos, é certo, mas não consta que qualquer deles tenha tido a elegância de se mostrar disposto a dividir connosco os lucros que de lá retirara, até ao momento em que não lhe foi possível tirar mais, o que muito os desgostou e afligiu, até que este magnânimo governo que temos, cheio de preocupações sociais, se prontificou a cuidar dos desgraçados.
Nem sequer - note-se! - tiveram a amabilidade social de afirmar que, no caso de tudo ter corrido como esperavam, teriam estado na disposição e magnanimidade de connosco dividirem o montante dos ganhos que muito compreensível e justamente antecipavam, pelo risco que consciente e voluntariamente corriam.
Que raio de "suciedade" essa em que os lucros seriam apenas deles e os prejuízos são só nossos, hein? E o governo no meio, a fazer figura com o que não lhe pertence porque dele é apenas depositário realmente infiel!
Nunca mais nos livramos deste garrote!
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