Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 21 de abril de 2011

2780. Alguém conhece uma dona de casa medianamente competente?


Alguém conhece uma dona de casa medianamente competente?


Aqui para nós, que ninguém nos ouve, do que Portugal necessita realmente é de uma dona de casa competente ao leme dos destinos do País.

Porque toda a dona de casa que se preze sabe várias coisas elementares de economia doméstica que, aplicadas à economia nacional - que não ,passa de economia doméstica, só que em números mais largos.

Começa por saber que, se quer manter alguma sanidade e equilíbrio na família, tem de governar a casa com os rendimentos que lá entram, sem jamais os exceder por um cêntimo sequer, a menos que lhe saia uma terminação de lotaria.

Sabe igualmente que, caso, por qualquer complicação surgida ou por deslize imprevisível, exceder o limite imposto, imediatamente terá que corrigir a rota e apertar o cinto, passando a gastar menos do que até aí, até a compensação se mostrar completada.

Finalmente sabe que, para poupar uns cêntimos até se equilibrar, vai precisar de se conter na quantidade e qualidade da comida que apresenta na mesa, bem como coser e passajar as roupas suas, do marido e dos filhos, em vez de as lançar nos desperdícios logo que se mostrem um pouco coçadas.

Sabe ainda mais: sabe que, se não tem dinheiro para pagar a pronto, não compra fiado. Vai tentando amealhar uns cêntimos até que reúna a quantia necessária para a tal compra. E, se não conseguir reuni-la, pura e simplesmente não compra e aguarda melhores dias.

E, depois de a tempestade passar, voltar à primeira forma, sempre com atenção, para não resvalar novamente.

Qualquer dona de casa mediana sabe disto e o pratica.

Portanto, é de uma dona de casa competente que necessitamos. Apenas com uma característica distinta de uma dona de casa mediana, qual seja, a de aplicar a receita que tem lá para casa, a números grandes, correspondentes ao país.

E... sabem? Foi o que Salazar fez, a partir de 1928. Até aqui, tudo bem como ele. O seu grande erro foi apenas o de, terminado o saneamento, não ter regressado ao retiro do Vimieiro.

Se o tivesse feito, a estas horas era um santo de altar.

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