Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

2837. Aldeia Global Portuguesa (14) - Vamos reescrever a História?

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Well… well… well…


Vamos reescrever mais um capítulo da História?

Reza ela que o primeiro europeu a chegar ao continente australiano terá sido um holandês, Willem Janszoon, que terá desembarcado, em 26 de Fevereiro de 1606, na península do cabo York.

Por outro lado, está pacificamente aceite que os portugueses foram os primeiros europeus a chegar a Timor. Em 1512. Mas nunca se aceitou que tivessem chegado também à Austrália.

A crer-se na tese oficial, parte-se do princípio que os ditos Portugueses, que marearam por oceanos e oceanos ao longo de todo o hemisfério e que gastaram apenas 10 meses a ir de Belém (8Julho1497) a Calecut (20Maio1498), não teriam sido capazes de, em 94 anos (1512, sua chegada a Timor, e 1606, chegada de Janszoon à Austrália), ter percorrido cerca de 140 milhas náuticas (260kms, menos que a distância de Lisboa ao Porto, e não os 700kms erradamente referidos na notícia do "Correio da Manhã") que é a que medeia entre Timor e o Norte da Austrália.

Assentou-se, pois, nesta peregrina tese, muito embora se aceitasse também, por indiscutível, que os Portugueses tenham chegado ao Japão em 1543. Ou seja, teriam chegado ao Japão, muitíssimo mais longe, 31 anos após aportarem a Timor, mas não teriam sido suficientemente sagazes para, em 94 anos, encontrarem a Austrália!

A tese portuguesa de que, não senhor, não eram tão desorientados e teriam sido eles os primeiros europeus a ali chegarem, foi sempre afastada, como mirífica, talvez do domínio do maravilhoso, da superstição, na hipótese mais benigna, quiçá do logro, na menos.

E assim se esteve por centenas de anos. E assim continuava a estar-se.

Eis senão quando, em Janeiro de 2010, um jovem de 13 anos, Christopher de sua graça, encontrou, numa praia do Norte do país, um canhão usado nas naus portuguesas do princípio do séc, XVI., portanto quando da chegada a Timor.

Relembre-se que, a partir de 1580, a epopeia portuguesa além-mar, levou rude golpe que a fez parar, com a instalação dos Filipes em Lisboa, como sabe quem não anda distraído.

Cabe, agora, aos historiadores emendar a mão, engolir em seco, e dar o seu a seu dono.

Ora, ora!... Vá lá a gente fiar-se em putos! Só servem para tramar os adultos. E, pior, os adultos definitivamente sábios.

Então não teria sido preferível que ficasse sossegado em casa, agarrado à play station, em vez de ter vindo criar todo este universal desgosto, armando-se em arqueólogo de algibeira?

Cá para mim, o miúdo é mesmo “sacaninha”. Repare-se bem no ar de gozo do rapazola.

Well done, Christopher, well done, indeed. We're very grateful. Keep searching for. Keep it forever and ever again. You'll go far for sure! Till 16th century.

The brave men that you see coming are not Dutch or English, my friend. They are simply Portuguese people.

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