Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 7 de março de 2012

2902. Marcelo no melhor do seu pior

Marcelo
no melhor do seu pior


Marcelo Rebelo de Sousa apresentou o livro “A Dividadura - Portugal na crise do euro", de Francisco Louçã.

Para além de que a apresentação de uma obra preconizadora do não pagamento da dívida portuguesa, portanto defensora do incumprimento dos compromissos externos de Portugal – o que pressupõe estar-se em sintonia com a peregrina teoria do Anacleto à terça-feira, quando, no domingo anterior, se defendera precisamente o contrário – o “show-entertainer” Marcelo deu-se ao lu(i)xo de afirmar:

“… apesar de tudo (a educação católica), essa marca de educação ficou no meu espírito. A parte mais progressista de mim é de católico progressista, ficou-me nessa parte mais progressista uma certa, eu não diria suspeição, mas um certo pouco à vontade em relação ao juro usurário”.

Que considerará o nosso “martelo” juro usurário? Os que os mercados cobram? Os que a “troika” actualmente nos faz pagar, muito mais baixos, para podermos sobreviver?

Quosque tandem abutere, Marcellus, patientia nostra?

Pára, ó Marcelo, pára por um momento e pensa, porra! Ainda te estampas de vez, com tanto afogadilho, com tantas contradições. Pois tu não vês que estás a criar em quem acriticamente te segue uma maléfica noção de irresponsabilidade cívica de cachaporra nos costados?

Como justificas que “à ton avis” algo e o seu contrário são rigorosamente iguais, têm o mesmo valor? Claro que não explicas. Não tem mesmo explicação racional!

* * *

E, já agora, vê se cospes menos no tampo do púlpito de onde bolsas sentenças irresponsáveis! E, se os dentes não te seguram já os perdigotos, ao menos rapa de um lenço para os limpar. Deixa de o fazer com a mão com que depois cumprimentas as pessoas, que isso, além de uma nojeira, é falta de consideração pelo semelhante.

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