Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 26 de abril de 2012

2941. O aviso de Eduardo Lourenço


Q ue a ninguém restem dúvidas!

A atitude de
Soares e de Alegre, a que há que adicionar as movimentações dos “donos da democracia que temos” e bem assim a vozearia em uníssono que a esquerda parlamentar faz diariamente, de conluio com os principais fautores da desgraça a que fomos conduzidos ao fim da última década e meia, configuram uma tentativa semelhante à desenvolvida em 2004, que teve por apogeu a entronização, com os efeitos que estamos a suportar agora em toda a sua agudeza e extensão, da criatura de Vilar de Maçada, agora distinto filósofo.

A diferença está em que neste momento não têm, como então tiveram, ao seu dispor um presidente da república capaz de ignorar os mais elementares deveres do cargo, para servir o interesse particular de amigos e camaradas e, por isso, o esforço tem de ser maior, mais concertado e requer muita urgência, antes de que o sinal da crise que atravessamos comece a mudar se sentido, o que pode acontecer a partir do final do terceiro trimestre do corrente ano.


Para eles, como cantaria Elvis Presley, it’s now or never!


É bom que as pessoas de boa fé e que não alinham nestas manobras de política de tornozelo se capacitem disso mesmo e estejam atentas.


Em regimes ditatoriais estas atitudes são comummente aceites; em regimes democráticos como o nosso, ainda que até aqui mais formal do que outra coisa, são absolutamente inadmissíveis e por todos os cidadãos de boa fé e conscientes das obrigações cívicas a que um Estado de Direito obriga, devem ser vivamente rejeitados.


O aviso de Eduardo Lourenço, até por ser pessoa absolutamente insuspeita, de que tais movimentações “são um sin
al que se percebe, mas que pode ser lido com alguma preocupação” e que “espero que não aconteça”, porque “seria uma espécie de voltar outra vez atrás”, não deve ser desprezado nem deixado cair em saco roto. Mais claro do que aquilo…

Aqui fica, para que ninguém venha depois alegar ignorância.

Sem comentários: