Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

domingo, 21 de janeiro de 2007

816. Este homem...


Este homem andaria por aí a dar uma excelente prova de maturidade, de responsabilidade, de visão de profundidade, em direcção ao futuro e prosperidade do País, se fizesse campanha no sentido de incentivar os casais portugueses a terem mais filhos, pois que, a continuar-se com a taxa de natalidade actual, em 15 anos viveremos com as calças completamente nas mãos e num país de velhos, debatendo-se com sérias dificuldades quanto a subsistência e preservação da raça.

Mas não, este senhor, em vez de apelar ao sentido humanista e generoso do povo que governa – aos tropeções e arrogantemente autoritário – não faz tal campanha.

Muito pelo contrário, anda num proselitismo que, ao fim, se resume a um incentivo a que os casais portugueses não tenham mais filhos, e se, por acaso, se virem na situação de estarem para tê-los, deles se livrem urgentemente e pelo modo mais cobarde e irresponsável que se conhece: o aborto discricionário, sem razões médicas justificativas.


Um proselitismo de morte, um proselitismo que leva à desumanização dos cidadãos é o que este homem anda a fazer. Impante, como se estivesse a fazer obra grande e louvável!

Imagine-se que nem se apercebe do mal que está a fazer ao país, actualmente como para o futuro. É que não se trata de um cidadão qualquer, nem sequer de um político qualquer, nem sequer ainda de um qualquer ministro. Está investido do cargo de primeiro-ministro!...

O aborto a pedido. O destroçar – literalmente falando e para não usar termo mais forte, mas verdadeiro e talvez a necessitar de ser dito... – de um ser humano, para evitar que nasça e cause “incómodo” à putativa mãe, ao putativo pai, ao putativo governante. É o que este homem anda a apregoar e a defender. Não é outra coisa. Apenas isto. Não vale a pena tentar iludir os factos.

Ora, um governante deste jaez não faz jus ao respeito dos cidadãos, porque não promove a vida, tão somente a morte. E, para cúmulo, dos mais fracos, dos sem defesa.


Um governante deste gabarito deve ser destituído do lugar que ocupa, porque o ocupa indevidamente, por muito formalmente democrática que tenha sido a sua investidura.

Um homem destes, alcandorado ao lugar em que se encontra, envergonha-nos sem medida, como cidadãos. É uma afronta sem nome. Muita gente ainda não se apercebeu disso, mas tempo virá em que as coisas se tornem mais evidentes e, então, toda a gente perceberá.

Um homem destes não é cidadão que mereça exercer um cargo de governação de uma junta de freguesia, quanto mais a de um país com quase nove séculos.

Falta-lhe preparação, falta-lhe postura - e não só de Estado -, falta-lhe a noção da profundidade, espacial, mas principalmente histórica, do país que afirma governar, falta-lhe, acima de tudo, a razão, a legitimidade - a legalidade tê-la-á, mas esta qualquer um a pode obter, mesmo sem que a ela faça jus, pois basta que resulte de um equívoco - para se sentar onde se senta.

Constitui tarefa impostergável dos cidadãos – e dos políticos em primeira análise – a de criarem condições para o desbancar do trono de morte em que se alapardou.

Para que Portugal volte a ser um país digno do respeito alheio.
...

2 comentários:

Anónimo disse...

...o aborto em pessoa :-(

beijinho

Anónimo disse...

Passa lá no bloguito pq tenho novidades no meu post,
republiquei-o ;-)