Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

863. A esperança continua nos jovens de alma limpa.


Há pouco, numa das TVs cá do burgo, ouvi um jovem de 15 ou 16 anos, rapper, dizer despretenciosamente, com a maior das simplicidades, que defendia o Não ao aborto, porque tinha visto o que acontecera a amigas suas com abortos mal e bem assistidos e não queria que isso voltasse a acontecer.

A consulta continuou e apareceu outro jovem de mais ou menos a mesma idade que se afirmou apoiante do Não ao aborto porque, com o Não, tinha a perfeita noção de que estava a defender duas vidas, ou seja todas as que realmente interessam nesta questão, enquanto que apoiando o Sim estará a defender apenas uma delas, por sinal a mais forte e, por conseguinte, menos necessitada de auxílio.

Ideias arrumadas e limpas como estas, certamente que haverá muitas. Talvez porque, com aquelas idades, os ideais de justiça social e humana e de fraternidade ainda não embotaram, ainda não se perderam na voragem dos egoismos criminosos, nascidos de conceitos filosóficos, ou não, mal digeridos.

É certo que nem um nem outro dos jovens votará. Não têm a idade mínima legal para o fazer. No entanto, fica neles, e nas mentes limpas de tantos como eles, a esperança num Portugal melhor, mais solidário para com todos, especialmente para com os mais fracos e desprotegidos.

Mesmo que o Sim vença - por força de um enorme e vergonhoso embuste levado à prática na sociedade portuguesa - nem mesmo assim a batalha estará perdida. Há esperança em dias de maior humanidade entre as gentes portuguesas, que já formaram um Povo humanista. E voltarão a formá-lo, não se duvide.

Tivessem os promotores deste embuste consultado os mais jovens e certamente que se surpreenderiam com as respostas que obteriam.

A alma jovem é aberta, é generosa, de massa bem diferente da de tantos que, novos na aparência, não passam de velhos empedernidos, cínicos, carregados de hipocrisia e intoxicados por fraseologia de pacotilha e conceitos de idiotia, sem conteúdo, que os tornam incapazes de à vida darem mais seja o que for.

De qualquer modo, esses, mais tarde ou mais cedo, pagarão o seu atrevimento, a sua natureza contrária aos mais altos valores da Humanidade.

Nem será preciso que alguém faça seja o que for. A própria vida se encarregará de os punir, levando-os ao arrependimento do mal que estão a fazer a tantas gerações que viverão o futuro e, principalmente, por para essas não haver então qualquer remédio já, àquelas a quem negam agora o direito de o viver também...
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