Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

sexta-feira, 13 de abril de 2007

986. Belém sofre de autismo?

Perante tudo quanto se vem passando nos últimos tempos, impõe-se que, quando menos, uma pergunta se deixe formulada.

Existe em Belém alguém que padeça de qualquer espécie de autismo? Ou que viva em país diverso deste, sem que do facto nos tenhamos apercebido?

O Presidente da República não tem, por dever de cargo, que tomar uma atitude, seja ela qual for, privada ou pública, ao menos mero sinal de que está atento ao evoluir da situação?

Recordo que o mesmo senhor que agora ocupa, por direito próprio, o cargo de mais alto magistrado da Nação, há pouco mais de dois anos e meio não teve dúvidas em pronunciar-se acerca da actuação do então primeiro-ministro. E, nessa altura, a sua intervenção não se mostrava tão necessária como agora. Porquê, então, a diversidade de critérios?

Ou estaremos condenados a que só possamos ter Chefes de Estado - garantes da Democracia consagrada na Constituição Portuguesa - forte e quiçá excessivamente intervenientes em determinados casos e completamente alheados do que à sua volta se passa, em outros casos, também eles determinados?

O nosso sistema político não contempla, tanto quanto se sabe, a figura do monarca constitucional, mero corta-fitas bem remunerado, ao estilo inglês.

E não consta igualmente, que a figura que consiste em guardar de Conrado o prudente silêncio, constitua previsão da lei fundamental do país.

Então?
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