Publicação: 20-06-2007 12:59 | Última actualização: 20-06-2007 13:22 Jogada de bastidores Lobo Xavier apresenta provas de que estudo sobre aeroporto em Alcochete foi negociado entre CIP e Governo O estudo apresentado pela CIP sobre a hipótese de localização do novo aeroporto em Alcochete foi previamente negociado com o governo. O comentador António Lobo Xavier apresentou as provas desta negociação no programa Quadratura do Círculo da SIC Notícias. |
A negociação, desmentida por José Sócrates e Mário Lino, está comprovada em documentos mostrados pelo comentador António Lobo Xavier, no programa Quadratura do Círculo.
António Lobo Xavier fala numa jogada de bastidores para afastar a hipótese “Portela +1”, defendida, entre outros, pela Associação Comercial do Porto como a escolha ideal para se resolver o problema do aeroporto de Lisboa.
O estudo realizado pela Confederação da Indústria Portuguesa coloca o campo de tiro de Alcochete como alternativa à Ota. O presidente da CIP já disse que, da parte do Governo, não houve qualquer interferência.
Há agora dois estudos em cima da mesa: Ota e Alcochete. Quanto à Ota, Belmiro de Azevedo considera que o projecto está condenado.
O Governo garante estar disponível para analisar mais hipóteses, incluindo a “Portela +1”, segundo palavras de Mário Lino na segunda-feira. O mesmo ministro que ontem veio dizer que esse cenário já foi estudado e não se mostrou viável.
SIC Online
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Gentileza da Maria João
* * *
Se há algo que, a nível político, me surpreenda e desgoste profundamente é, com toda a certeza, a constatação, com frequência realmente inusitada, de que entidades ou individualidades responsáveis portuguesas - com especial enfoque para a área do governo e, nele, para o primeiro-ministro - são, em praça pública, formal e fortemente desmentidos em afirmações que oficial e publicamente hajam produzido.
E mais e pior: que esses desmentidos se estribem em escritos e, portanto, em prova documental impossível de rebater, ao contrário de qualquer outra, designadamente a testemunhal.
Que aconteça uma vez é mau; que aconteça com frequência é assustador. Propicia o total descrédito de um órgão de soberania, por acção, e mesmo de outros, por omissão.
Tal situação é insustentável em Estado de Direito democrático.
Os cidadãos não podem ser, volta e meia, confrontados com incomodidades destas, sob pena de perderem o respeito por instituições que lhes deveriam merecer toda a consideração e apoio e por titulares que estão obrigados, mais do que ninguém, a respeitar e fazer respeitar a verdade, que só ela dignifica o Estado.
A continuar assim, a República Portuguesa estará, a cada triste episódio similar, a submergir em terreno resvaladiço e mesmo lodacento, impróprio para que seja trilhado pela forma segura e vertical que a dignidade nacional exige.
Alguém tem que tomar medidas. Se não os próprios, como inapelavelmente se impõe, ao menos quem para tal disponha dos poderes necessários, como não deixa de igualmente se impor.
6 comentários:
Caro Ruben;
Verdadeiramente ASSUSTADOR!
É como haver dois países; um real e um clonado, em que nós cidadãos pagantes nunca sabemos em qual nos encontramos.
Um []
I.
quando se vem a revelar a pior das hipóteses...
Viva, Isabel!
Sim, verdadeiramente assustador, porque se as coisas se passam assim "à luz do dia", é lícito presumir-se que, pelo lusco-fusco do entardecer e, mais ainda, pela calada da noite, tudo piora.
E, depois, é bom que não seja esquecido que "cesteiro que faz um cesto, faz um cento... e a cada qual que faz, mais refina a técnica"...
[]
Ruben
Viva, Carneiro!
Isso, no pressuposto de que a pior das hipóteses está à luz do dia.
Abraço
Ruben
Caro Ruben
Não há que, pudicamente, esconder os perigos tremendos dos caminhos por que se está a enveredar neste País, nem deve o critério de selecção sofrer entorses por pressões daqui e dali, por recomendações extrínsecas à própria
técnica selectiva.
De qualquer forma, há que respeitar alguns pontos de vista que permitam uma decisão da própria acção, mesmo que integrada em planos regionais,
sectoriais ou nacionais, embora visando finalidades globais que permitam melhorias de ordem económica, financeira e social.
Um abraço
AAlves
Caro Ruben
Não há que, pùdicamente, esconder os perigos tremendos dos caminhos por
que se está a enveredar neste País, nem deve o critério de selecção sofrer
entorses por pressões daqui e dali, por recomendações extrinsecas à própria
técnica selectiva.
De qualquer forma, há que respeitar alguns pontos de vista que permitam uma
decisão da própria acção, mesmo que integrada em planos regionais,
sectoriais ou nacionais, embora visando finalidades globais que permitam
melhorias de ordem económica, financeira e social.
Um abraço
AAlves
Viva, Alves!
De acordo. O que não há que respeitar é tudo o que seja arrogância e pesporrência e falta de ética.
Abraço
Ruben
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