Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 28 de junho de 2007

1159. O Tratado que não pode passar

As minhas divergências relativamente às opções políticas de Francisco Louçã e do seu Bloco de Esquerda mantêm-se.

Reconheço, porém, que estou em perfeita sintonia com tudo quanto afirma na intervenção que teve ontem em S. Bento, na parte que ao Tratado da União se refere.

Também eu sou do entendimento de que um Tratado que diminua a Europa não pode passar.

Mais:

temos pela frente uma luta sem tréguas. Porque, ao deixarmos passar em claro uma enormidade destas, que nos afronta, perderemos o direito de a nós próprios considerarmos cidadãos de corpo inteiro.

Há, pois, que lutar;
há, pois, que não fugir do combate.


* * *

Pode ler aqui o texto da intervenção de Francisco Louçã, ontem, em S. Bento. Ou vê-lo e ouvi-lo aqui (link para o site do BE).

Sugiro-lhe que, em nome dos interesse geral do País e dos seus cidadãos, o divulgue tão amplamente quanto lhe seja possível.

Para que a Europa não deixe de ser um espaço democrático, pertença dos seus cidadãos, para se transformar num feudo de eurocratas sem senso comum e principalmente sem alma, com tendências cada vez mais acentuadamente autocráticas. De regresso talvez possível, mas de percurso com escolhos cuja transposição poderá assumir foros de esforço incomportável e custos assassinos.

Está cada vez mais nas nossas mãos - e apenas nas nossas mãos - evitar uma tal tragédia.

"Eles" não têm ponta razão. E estão em vias de, novamente, nos tramarem. Consentirmos que o façam é criminoso.
...

9 comentários:

Agnelo Figueiredo disse...

Pois eu não concordo nada.
Nada de referendos com esta malta que elegeu Sócrates.

Anónimo disse...

Já cá tinha estado antes jantar a ler este post e o de baixo.
Muito bons!

'Gamei' o artigo de Louçã para ler...embora não confie na peça, nem só um bocadinho ;-)

Beijinho

Ruvasa disse...

Viva, Agnelo!

Embora concorde consigo quanto à "malta", há duas coisas que gostaria de fazer ressaltar:

A "maltinha" que o elegeu é a mesma que, não obstante as maravilhosas "sondagens", desde Fevereiro de 2005, já lhe pespegou duas derrotas monumentais.

Por outro lado, prefiro qualquer "maltinha" que se engana ou pensa pouco e não tem sentido crítico, do que gente que sistematicamente faz tábua rasa das suas próprias promessas. É o problema da ética.

omo diria o outro: "ajoelhou, tem que rezar!"

Abraço

Ruben

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

Como sabes, certamente que não confias menos no Louçã do que eu. Não posso, porém, violentar-me ao ponto de não reconhecer quando um adversário radical das minhas ideias diz coisas acertadas e cheio de razão, coisas que deveriam ser ditas por outros, de quem em princípio me sentiria mais "perto".

Beijinhos

Rube

Anónimo disse...

Hoje é dia de ABC!

:-)

Vou lá espreitar...



Outro beijinho

Anónimo disse...

Sócrates a negativos!

http://dn.sapo.pt/2007/06/29/ nac...ultado_ano.html

«A descida do PS está longe de ser um factor isolado - é acompanhada pelo decréscimo de popularidade do próprio primeiro-ministro. Em Maio, Sócrates contava um saldo positivo de 2% na avaliação da sua actuação. Agora, chumba na avaliação, contando 14 pontos negativos. Uma tendência que é generalizada no Executivo, com 15 ministros em 16 a baixarem na popularidade. Mário Lino é o caso mais flagrante, mas a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, não anda longe: desce 16 pontos. Ainda assim, não há queda que valha a Correia de Campos. O ministro da Saúde completa o trio dos piores, mantendo-se destacado como o governante com pior imagem junto dos portugueses».


Mai nada!

;-)

Beijinho

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

Não há burros que sejam burros por toda a vida, não é?

Beijinhos

Ruben

Agnelo Figueiredo disse...

"Não há burros que sejam burros por toda a vida"

Ai que os há, há! Ái não que não há!

Adorei a do "ajoelhou, ..."!. Foi mesmo a propósito.

Quanto ao assunto:
Não ao(s) referendo(s).
Estou farto de perder.

Ruvasa disse...

Viva, Agnelo!

Também eu. Apenas aceito os locais, para questões muito precisas. Por exenmplo: um acerca do aeroporto de Lisboa.

Se o aeroporto é de Lisboa, pronunciem-se os "grande-lisboetas".

No entanto, apesar de não concordar com outros tipos de referendo, entendo que, para que não se façam, devem ser tirados da legislação. Enquanto lá estiverem, têm que se fazer. Principalmente se, como neste caso, o senhor Sócrates o prometeu em campanha. Estou farto de promessas ignoradas, de "verdades" tornadas mentiras. Chega! Quero ética na política. O país não pode ser governado como se governa uma tasca cheia de bêbados irresponsáveis e... inimputáveis.

Abraço

Ruben