As consciências começam a acordar da letargia em que têm estado e as vozes começam já a ouvir-se por aí, cada vez mais numerosos decibéis, a cada dia com maior acrimónia
Chega-se mesmo já ao ponto de, ultrapassando a fase de autoritarismo tout court, se falar e escrever já em caminho para o Nacional-Socialismo, muito em voga lá mais para o centro da Europa, entre meados da década de 30 e meados da de 40 do século passado.
Basta passarmos um olhar pelo que escrevem penas autorizadas como a de António Barreto ou outras, para que tenhamos um primeiro vislumbre do que realmente está a acontecer e que surge como reacção natural a uma acção que não será aleatória, uma vez que parece conter todos os ingredientes próprios de uma estratégia pensada e posta em execução, com determinação e sem grandes pruridos, integrando já, talvez não em quantidade mas certamente em características, muitos dos tiques comuns a regimes autocráticos do tipo que, com muita facilidade, pode cair em formas de tutela e de repressão francamente violadores dos direitos da pessoa humana.
Por mim, embora esteja de acordo com muito do que por aí se afirma, discordo - quero mesmo discordar - do limite máximo da definição. Quero, sim, quero discordar, Tenho mesmo que discordar, porque se o não fizer, então entro já em depressão profunda.
E discordo apenas nisto: Não se trata - pelo menos po enquanto - de um qualquer Nationalsozialismus, mas tão somente de um Socialismo-Nacional. Com caldo verde, sardinha assada e uns nacos de broa saloia.
Mas é bom que estejamos despertos e precatados.
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8 comentários:
" Mas é bom que estejamos despertos e precatados. "
Imprescindível, Caro Ruben! :)
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I.
Viva, Isabel!
Mas será que estamos? Duvido.
[]
Ruben
Meu Bom Amigo
A Autoridade e o seu prestígio não se discutem. É verdade. Mas não se pode aceitar que se queira impor o "autoritarismo" e coartar a liberdade de expressão, como parece ser a vontade deste governo e deste partido socialista.
Sigamos atentos e a sociedade civil, mais uma vez, encontrará meios para criar o estímulo necessário para lutar pela liberdade e pelo direito á
indignação.
Um abraço
AAlves
Viva, Alves!
Repito: quem dá a cara não é, efectivamente que manda.
Se quem manda verdadeiramente não quisesse, há muito tempo já que os actuais teriam ido dar uma volta ao bilhar grande.
Abraço
Ruben
Sim, fica bem. É mais... autêntico!
Fica baptizado: SOCIALISMO NACIONAL.
Viva, Agnelo!
Também acho que não está mal de todo. É mais caseiro, mais ao nosso jeito. Como, aliás, já se viu antecedentemente.
;-)
Abraço
Ruben
Amigo Ruben
Volto a qui para transcrever um artigo assinado pela jornalista Isabel Nery na revista Visão, de 05/07/2007:
Cá vai:
"O GOVERNO DOS OFENDIDINHOS"
"Já estou a imaginar os meus próximos pesadelos: -"Costuma criticar o ministro da Saúde?. Sim, faz parte das minhas obrigações como jornalista.Então está de castigo!
Fazem-nos pagar taxas se formos operados, porque não é castigo suficiente estarmos doentes e termos de ir à faca. E não podemos rir?
Fecham urgências por falta de clientela onde os privados querem abrir porque - adivinhem lá - têm clientela. E não podemos rir?
Anulam direitos de acesso à saúde
conquistados há décadas. E não podemos rir?
Eu cá por mim até acho que o médico do Centro de Saúde de Vieira do Minho, que escreveu a nota jocosa sobre Correia de Campos e a directora que não a foi arrancar a correr (sim, porque a mandou retirar, só que não foi tão rápida
como o ministro acha que deveria ter sido), mereciam um louvor do Estado.
Há lá sitio neste País que precise mais de sentido de humor do que um centro de saúde? Bem as escolas, se calhar...E daí, talvez não. Parece que o Governo ainda não se lembrou de atacar o sentido de humor das crianças. Mas é melhor pararmos por aqui, senão ainda lhes damos ideias.
Primeiro vem o PM, José ?Sócrates, pactuar com a suspensão de um professor porque terá insultado o chefe do executivo. Depois é o ministro da saúde que decide a destituição da Directora de um Centro de Saúde, porque - reparem
bem, trata-se de um acto gravíssimo - não mandou retirar, com grande
urgência, um papel pouco simpático para Correia de Campos.
Francamente, já não há pachorra para este Coverno de ofendidinhos!
A Ponte 25 de Abril (eu sei, parece que não tem nada a ver, mas já vão ver que tem), foi construída de maneira a oscilar, porque se fosse totalmente rígida, quebrava. O Primeiro Ministro, que ainda por cima faz tanta questão em ser engenheiro, tinha a obrigação de saber que o que não é flexível,
parte.
PS: As minhas desculpas pela ausência tão prolongada deste espaço de crónicas. É que andei um bocado ocupada a retirar das redacções os cartazes com dizeres jocosos sobre o Governo. Mas, espera lá, eles já nos tiraram a
Caixa dos Jornalistas, já instalaram um clima de terror tal no País todo que qualquer dia não temos fontes para os nossos artigos. O que é que nos podem
fazer mais? Se calhar vou estar ausente mais uns tempos -tenho umas coisas para pendurar..."
Um abraço
Aalves
Viva, Alves!
E não podia ter vindo mais a propósito um tal artigo.
O senhor Pinto de Sousa e os seus rapazes muito vão ter que proceder judicialmente. Cada vez mais, pode crer.
Quanto ao artigo, concordo em absoluto. Apenas no título lhe acrescentaria "DE PACOTILHA".
A democracia em cujo arremedo mal amanhado, vivíamos está a esvair-se nas suas próprias fezes. Cheirete horrível, sujeira enorme, merda e, cascata.
Abraço
Ruben
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