Não de muitos nem sequer de todos os que julgo merecerem tal referência, mas, pelo menos de alguns, de que recordo, a título de exemplo
A Fórmula de Deus
José Rodrigues dos Santos
D. Sebastião e o vidente
Deana Barroqueiro
O Século Chinês
Federico Rampini
José Rodrigues dos Santos
D. Sebastião e o vidente
Deana Barroqueiro
O Século Chinês
Federico Rampini
A determinada altura, porém, quedei-me, muito embora tivesse continuado a ler uns quantos.
Acabei agora mais dois, estes relativos à saga dos portugueses, que de Angola tiveram que sair à pressa, por força de uma descolonização feita à trouxe-mouxe, por governantes portugueses que pouco cuidaram das vidas e dos haveres de compatriotas seus.
Um desses dois livros não o irei recomendar, nem sequer mencionar, porque, muito embora o autor seja uma figura simpática, sinceramente acho que produziu uma obra de muito fraca qualidade, embora as tiragens estejam a ser excelentes, pelo que julgo saber. Mas isso é outra história.
No entanto, venho falar-lhe do outro, mas apenas para sugerir que leia, no caso de o assunto lhe interessar.
É que o autor - o jornalista Tiago Rebelo - esforçou-se por apresentar trabalho limpo e muito válido, correspondendo à realidade do que se passou e com uma técnica de escrita, principalmente na vertente de narração, que não é muito frequente encontrar em escritores portugueses da actualidade - e não estou a falar da best-seller Margarida Pinto Rebelo, que é, quanto a mim, o êxito mais inacreditável e abstruso que alguma vez encontrei em literatura.
Como é compreensível, não desvendo o romance, de que apenas direi que se trata, como o título indica, aliás, da vida de portugueses no último ano vivido em Luanda, antes do regresso a Portugal.
Um livro surpreendente, na verdade. As letras portuguesas actuais têm revelado muitas insuficiências, demasiadas incapacidades, aliadas a muita propaganda nada condizente com a realidade; no entanto, de quando em vez aparece um ou outro autor, que simplesmente, vale a pena.
É o caso de Tiago Rebelo. O livro tem por título "O Último ano em Luanda". Edição da Editorial Presença. Tem cerca de 470 páginas de bom e escorreito português e custa, se não me falha a memória, menos de 30 euros.
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Acabei agora mais dois, estes relativos à saga dos portugueses, que de Angola tiveram que sair à pressa, por força de uma descolonização feita à trouxe-mouxe, por governantes portugueses que pouco cuidaram das vidas e dos haveres de compatriotas seus.
Um desses dois livros não o irei recomendar, nem sequer mencionar, porque, muito embora o autor seja uma figura simpática, sinceramente acho que produziu uma obra de muito fraca qualidade, embora as tiragens estejam a ser excelentes, pelo que julgo saber. Mas isso é outra história.
No entanto, venho falar-lhe do outro, mas apenas para sugerir que leia, no caso de o assunto lhe interessar.
É que o autor - o jornalista Tiago Rebelo - esforçou-se por apresentar trabalho limpo e muito válido, correspondendo à realidade do que se passou e com uma técnica de escrita, principalmente na vertente de narração, que não é muito frequente encontrar em escritores portugueses da actualidade - e não estou a falar da best-seller Margarida Pinto Rebelo, que é, quanto a mim, o êxito mais inacreditável e abstruso que alguma vez encontrei em literatura.
Como é compreensível, não desvendo o romance, de que apenas direi que se trata, como o título indica, aliás, da vida de portugueses no último ano vivido em Luanda, antes do regresso a Portugal.
Um livro surpreendente, na verdade. As letras portuguesas actuais têm revelado muitas insuficiências, demasiadas incapacidades, aliadas a muita propaganda nada condizente com a realidade; no entanto, de quando em vez aparece um ou outro autor, que simplesmente, vale a pena.
É o caso de Tiago Rebelo. O livro tem por título "O Último ano em Luanda". Edição da Editorial Presença. Tem cerca de 470 páginas de bom e escorreito português e custa, se não me falha a memória, menos de 30 euros.
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8 comentários:
José Rodrigues dos Santos...sem dúvida sim!
O rapaz tem futuro.
Ab
Mariz
ESPALIVRO!
Viva, Mariz!
Diria que em presente. Li todos os que escreveu e gostei. Para falar sinceramente, embora do mesmo género, tenho preferido os livros dele aos do Dan Brown, compatriotismo à parte.
Abraço
Ruben
Deixou-me curioso, Ruben.
Conheci Luanda em 1972, a minha mulher nasceu em Angola e estudou em Luanda, até 1974.
Vou ler, com toda a certeza.
O outro de que fala - também já o vi nos escaparates - terá um tema idêntico. Só por curiosidade, vou também comprar e ler.
Um abraço e por favor, continue a escrever como escreve.
Viva, Tony!
O livro do Tiago Rebelo vale mesmo a pena. Surpreendeu-me muito, pelo inesperado.
O outro de que falei sem referir título nem autor, acerca de quem tenho uma excelente opinião (o único senão que lhe encontro é o de ser "portista" - mas ninguém é perfeito... ;-) ), é, quanto a mim muito fraco, mas tenho a impressão de que isso se ficou a dever à circunstância, contada por ele próprio, de que dispunha de uma série de histórias, mais ou menos jornalísticas, de acontecimentos em Luanda, por parte de diversas pessoas e que as teria apresentado à editora que o aconselhou a introduzir uma teia romanceada em tal conjunto. Terá sido isso, julgo, a causa do que considero um esforço malbaratado, porque acabou por não sair uma coisa nem outra.
Conheci também Luanda, mas apenas em 1962, Janeiro, onde estive 8 dias até seguir para o Luso (actual Luena), Moxico, na DTA, com paragem na Gabela e Nova Lisboa.
Do Luso saí, em Março de 1963, pelo caminho de Ferro até Benguela e Lobito onde estive cerca de semana e meia, até embarcar no "Timor" para Lourenço Marques, com paragens em Moçâmedes e Cape Town. Vivi em Moçambique até Setembro de 1977 e lá casei com a Isabel, que conheci na Ilha de Moçambique (parece-me bem que em Moçambique só não vivi em Porto Amélia).
Mas compre, leia e, depois, dê.me a sua opinião, ok?
Abraço e grato pela referência amável.
Ruben
Não tenho vivências da África Portuguesa a não ser por interposta pessoa, (o meu pai era de Marinha Mercante e fez a carreira de África, 1960-80) e também pelo processo que fui acompanhando não só na imprensa mas também pelas longas horas que passei nos cais marítimos de Lisboa na partida e na chegada, da passagem dos navios de passageiros a navios de transporte de tropas e dos porões cheios de caixas de madeira com cadáveres...
Depois as pontes aéreas para a Portela, o ar aflitivo das pessoas ainda mal refeitas no retorno, o ar de outros a pisarem este solo pela primeira vez...
Uma outra experiência, marcante, uma ida em 1975 à Madeira, integrada numa equipa subsidiada pelo então IPC que foi filmar e entrevistar os que vieram de Angola e Namíbia em comboios de traineiras e estavam alojados no Forte do Machico, em condições infimas...
A título de curiosidade esse filme nunca foi concluído porque o Governo Português da altura nunca cedeu os elementos necessários...
Pudera...!
Bj
I.
Viva, Isabel!
Mesmo assim, julgo que o livro lhe agradará. Como romance. Trata-se de um bom autor, com um belo poder de narrativa.
Bj
Ruben
Caro Rubem:
Entao voce passou pela "minha terra" (Gabela) e nao disse nada?!
Que saudade daquela terra linda!
Um abraco dalgodrense, com cheiro a flor do cafe do Amboim.
Viva, Al!
Bem-aparecido!
É verdade, passei por lá, mas só no aeroporto.
A propósito da Gabela, vou enviar-lhe um email
Abraço
Ruben
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