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sábado, 21 de fevereiro de 2009

1977. Freeport - Tio acelera

Júlio Monteiro
As inquirições que têm sido realizadas pelo Ministério Público e PJ no caso Freeport foram precipitadas pela entrevista ao SOL de Júlio Monteiro, tio do primeiro-ministro, em Janeiro passado, em que confirmava as suspeitas de que foram pedidas ‘luvas’ para a viabilização da construção do outlet.

Nas últimas semanas, os investigadores têm ouvido alguns dos principais suspeitos, em relação aos quais existem desde o início indícios de terem estado envolvidos em crimes de corrupção, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal.

Além do interrogatório de Júlio Monteiro (na quarta-feira, como testemunha), foram inquiridos nos dois últimos dias Manuel Pedro e Charles Smith. Os antigos sócios da Smith & Pedro (contratada em 1999 para conseguir a aprovação do Ministério do Ambiente e as licenças necessárias ao outlet) foram mesmo constituídos arguidos. Nos interrogatórios, estarão a ser confrontados pelo MP e pela PJ com as declarações de Júlio Monteiro e também com os e-mails comprometedores que trocaram com os administradores do Freeport, em que referiam os pagamentos de ‘luvas’ e em que expunham as diligências que estavam a ser efectuadas junto do Ministério do Ambiente e da Câmara de Alcochete. Um dos e-mails em causa é de Hugo Monteiro, primo de José Sócrates.

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