Uma pequena e elucidativa história
Afonso VI, que chegou a ser rei de Portugal, não foi preparado para essa difícil incumbência, uma vez que era apenas o terceiro na sucessão. Mas aconteceu que houve mesmo de entronizá-lo.
Ainda criança sofreu de febre maligna que lhe afectou o corpo, deixando-o fisicamente incapaz. Uma outra doença do sistema nervoso incapacitou-o ainda de forma mais notória.
Após a morte do pai, João IV, o reino passou a ser regido pela mãe, Luísa de Gusmão.
Em 1663, com vinte anos de idade, assumiu o reino.
A decadência do País era inevitável, já que o rei era fraco, incapaz e tudo sacrificava aos seus desígnios pessoais e de amigos de lamentável estroina.
Constatada a sua incapacidade e por imposição do Senado, acabou por ser obrigado a abdicar do trono em 1667, cedendo-o ao irmão, Pedro, tendo sido banido da Corte.
Faleceu aos quarenta anos de idade, num quarto do palácio da Vila, em Sintra, em 1683, onde permaneceu preso, por 9 anos.
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Como se vê, uma vez mais aqui os Portugueses souberam resolver os seus graves problemas. Tratou-se de uma solução radical, na verdade. Mas se não tivesse sido tomada, o Reino teria caído na mais vil das condições.
O passado tem destas coisas. Serve-nos de ensinamento, para que não nos deixemos cair em situações que a todo o custo devemos evitar. A bem da comunidade que como povo constituímos.
Mostra-nos que para todos os males há sempre uma solução que aguarda por que a adoptemos em defesa do bem comum.
Só temos que estar atentos e colhermos esses ensinamentos. Até para que, de forma adulta e responsável, consigamos resolver os nossos problemas sem que seja necessário que alguém nos venha dizer o que e como fazer, por não necessitarmos de tutela estrangeira.
RVS
2 Maio 2011
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