Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

2962. Valerá mesmo a pena?


 

  
VALERÁ A PENA?


A saga, a despudorada sem-vergonha, continua.

Enquanto o governo tudo tenta para tirar-nos do lamaçal em que fomos atolados, os mesmos de sempre remam contra a maré e valem-se de todos os truques.

O Governo tenta introduzir na lei uma cláusula que impeça o endividamento dos gastos do Estado para além das possibilidades de cumprimento dos compromissos assumidos, ou seja, que o Estado não assuma compromissos para além daquilo que pode pagar. O princípio, pois, da sã economia, o travão ao desregramento público, para que não caiamos novamente nesta vil tristeza em que estamos.

De imediato se levanta o coro dos patifes que tudo fazem, para que tudo fique na mesma, pois querem que a bandalheira prossiga, sem o que não sobrevivem, pois falta-lhes preparação e vontade de actuarem com justiça e equidade. Apenas sabem viver na tramóia.

Agora, querem a todo o custo que o TC trave a LEI DOS COMPROMISSOS, como se ela fosse um mal para o país, quando afinal o que com ela se pretende é impedir que as autarquias e serviços públicos contraiam dívidas que não possam pagar, como, afinal, faz qualquer dona de casa minimamente competente e lúcida, que zelosamente cuida do bem-estar do agregado familiar.

Depois de tantas facécias semelhantes, alguém tem dúvidas de que o trabalho, o enorme esforço que o actual governo está a desenvolver e os sacrifícios por que os Portugueses estão a passar, por força da loucura de dezenas de anos antes, resultarão inglórios?

E quer saber porquê?

Simplesmente, porque, quando este governo terminar a missão e for substituído por outro, mais de acordo com o que antes se fez, tudo voltará à forma do costume, ou seja, à mais despudorada das bandalheiras e seremos de novo atirados para o lodaçal, que será a quarta vez numa única geração!!!

Nunca, em 900 anos de História, passámos por tamanha miséria! Impressionante!

De 1143 a 1977 (em 827 anos, portanto, estivemos em risco de perder a independência uma vez, durante a crise de 1383-1385, e perdemo-la mesmo por 60 anos, de 1580 a 1640). Pois bem, desde 1977 até 2011 (em 34 anos anos, portanto), perdemo-la efectivamente já por três vezes (1977, 1983 e 2011)… Isto devia deixar todos os Portugueses a pensar muito a sério no assunto.

Cabe aqui perguntar:

Valerá a pena continuar ou simplesmente virar costas a tudo e… que se desenvencilhem, já que assim querem? Um povo que vai nesse engano uma vez mais, que nem para si próprio e para os seus filhos e netos consegue ser bom, não percebendo o que está em jogo, será que não merece ser deixado à sua sorte, nas mãos dos patifes que o empobrecem, indignificam e humilham?

Há sacripantas – não podem ter outra designação e para os quais esta ainda é muito suave – que há muito deviam estar atrás das grades, recebendo o prémio merecido pelas barbaridades antes cometidas e que persistem em cometer.

Num país mais radical do que o nosso, estes criminosos, ainda como tal não oficialmente declarados, mas de há muito bem conhecidos, já teriam parado de vez. À força de chapada nos respectivos focinhos. Quando menos...

rvs – 22 Agosto 2012

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