Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

3138. Marcelo visto por Saraiva



No geral, estou em consonância com este artigo de José António Saraiva, no SOL, de 24 de Janeiro.

Divirjo apenas no seguinte:

1. Marcelo só podia ter reagido como reagiu.

É que a moção de Pedro Passos Coelho foi o pretexto que lhe foi oferecido - e ele agarrou a mãos ambas - para fugir à seringa.

Dito de outra forma:

Ele tinha que se esquivar a mais um confronto eleitoral que iria redundar em nova humilhação, porque a verdade é que ninguém confia nele. Todos os acham engraçado, por ser hiperactivo, malabarista e cataventoso. Mas quem é que está disposto a casar ou a ser conduzido por alguém com tais características? A vida não é um show de televisão nem um circo. É, isso sim, algo de mais sério.

A um show - circense ou outro - as pessoas assistem e aplaudem, divertidas, mas, no fim, retiram-se para suas casas, para a vida menos lúdica.

Portanto e tendo presente que Marcelo não é mentalmente desprovido, melhor do que ninguém ele sabe que assim é. E, no íntimo, sabe também que não tem a mínima hipótese de sucesso na aventura em que vinham querendo metê-lo com sondagens estapafúrdias e... assassinas.

Assim, como não aproveitar tamanho ensejo para se armar em vítima e tirar o cavalinho da chuva, que molha que se farta, como ele já comprovou por variadíssimas vezes? Como não aproveitar para sair por cima?

A sua fuga - porque de fuga esbaforida se tratou, na verdade - foi a decorrência natural da inteligência que ninguém lhe nega. E a moção de Passos, a lamparina que lhe iluminou o caminho, livrando-o da negrura em que se via estar a ser mergulhado. Favores destes nunca se pagam, por mais que se paguem...

2. Contrariamente a José António Saraiva, considero Marcelo um político. Só que um político que é bom que se evite se se quer ter sossego no corpo e não viver em permanente inquietude de catavento na alma.

O grande problema da criatura - talvez o único grande problema, para si próprio - é o descomunal ego que o atabafa.

Como dizia o outro, na França de outros tempos e de outras riquezas, não só materiais...:

- Après moi, le déluge!

Só que, com Marcelo nunca virá o dilúvio, porque depois dele muitos outros virão que o farão esquecer, na primeira esquina da vida. Porque ele nada de útil vai legar aos vindouros. Passou ao lado do que poderia ter sido um marco indelével na vida portuguesa. Na política, entenda-se.

2013Jan28
rvs

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

1936. Chega, Marcelo, chega de descaramento!

Então, não foste tu e os teus compagnons de route que alcandoraram Manuela Ferreira Leite à presidência do partido, quando toda a gente sabia que ela não estava à altura e que tudo iria resultar num tremendo fracasso, em colapso inevitável?

E puseram-na lá, enganando os militantes, porquê?

Porque tencionavam passar-lhe a perna e ficarem vocês com o poder, não era assim? Fica claríssimo que era esse o objectivo!

Simplesmente, ela, embora não dispondo de argumentos para se bater com o "Sousa das maravilhas" nem com qualquer outro cabeça de partido português... convosco pode bem.

E passou-vos ela a perna. Agora, estão vocês encravadíssimos:

- Nem o raio da mulher morre nem a gente - ou seja, vocês - almoça, porra!

Pois!


Então, frustrados os maquivélicos planos que engendraste, mais os teus amigalhaços do costume - que todos bem sabemos quem são -, vens agora, com um descaro inaudito, fazer a tristíssima figura que andas a fazer.

Por que no te callas, carago? Por que não arranjas maneira de te tornares em alguém em que as pessoas possam minimamente confiar, homem de Deus?

Quosque tandem abutere, Marcelus, patientia nostra?, que é como quem diz "até quando abusarás, Marcelo, da nossa paciência?" e, em português mais directo e sincero: "E se fosses para o diabo que te carregue?" Isso, antes de que algo nos tolde a vista e o entendimento e nos leve a fazer-te, à força, compreender o que pareces não perceber, tu, ó supra-sumo da inteligência de artifício?

A senhora não serve, porque não tem chama nem foi fadada para estas andanças. Não a apoiei nem nela votei. Mas, por mim, prefiro-a, mesmo perdendo votos, a ter que te sofrer os efeitos. Sabes porquê? Porque tresandas a enxofre! És a morte em voo cego, dirigido a nada. Ao Nada mais vazio que se possa conceber.

Cala-te, pois! Vai dar uma curva ao bilhar grande e... volta, sim, mas apenas quando as galinhas tiverem dentes, ok? Gente melhor do que tu já por cá existe em demasia. E mesmo essa não a queremos porque não presta, imagina tu!
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domingo, 1 de fevereiro de 2009

1916. Marcelo "égale, idêntico, the same"

Marcelo Rebelo de Sousa disse há cerca de uma hora na RTP, em "as escolhas do dito", que o primeiro ministro tem todas as condições para continuar a governar.

Igual a si próprio, MRS já assim entendia, e como tal agia, há cerca de quatro anos e meio, com outro primeiro-ministro que, por acaso, além de não ser suspeito, em Portugal ou no estrangeiro, de qualquer delito de direito comum, nem, a bem dizer, de qualquer outra coisa, era seu companheiro de partido.

A coerência de Marcelo é um espanto! De tal forma, que não hesito mesmo em sugerir que os portugueses sigam as pisadas de tão excelso guru.

Que pensará ele com os próprios botões, quando, matinalmente em frente do espelho para as dificílimas mas indispensáveis abluções, depara com o facies escarrapachado ali mesmo à mão de semear?

Por mim, pagava bem para ouvir.

Fica-me uma dúvida, quase existencial:

- Quantos espelhos terá o comentarista - well said, hein? - mandado substituir já?

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