Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

846. A má consciência do Sim


Deixemo-nos de eufemismos e, pior do que isso, embustes. Falemos com clareza, chamando às coisas aquilo que as coisas realmente são.

A campanha do Sim ao aborto é cínica, hipócrita, imoral, ignorando, pura e simplesmente, o mais alto valor da Humanidade, precisamente a vida humana.

Tudo isto é sabido e nem vale a pena perder tempo com mais argumentação. Argumentar o quê, para quê, com quem e para quem?

Os campos estão extremados, porque têm mesmo que o estar. Não é possível contemporizar. Ou se está pela Vida e pelos valores humanos fundamentais ou não. Não há que ceder a sofismas.

Quem defende o Não ao aborto fala de tudo, fala de todos os intervenientes, abertamente, sem ter que calar seja o que for, tentando esconder o que convém que escondido seja. Quem defende o Não ao aborto não tem esqueletos no armário.

E quem defende o Sim? Está nas mesmas lineares e limpas condições?

Uma pergunta se impõe. Hic et nunc. Pergunta a que os defensores do Sim ao aborto não podem fugir, sob pena de cobardia pura e simples, a cobardia moral de quem sabe não ter razão e, assim sendo, esconde ou cala o que não lhe convém que seja evidenciado.

A pergunta é esta:

Na questão do aborto há dois personagens principais, aqueles que realmente contam. Os restantes são meros comparsas.
...
Assim sendo, por que razão os defensores do Sim ao aborto livre (que é o que está em questão) falam tanto de um desses personagens, como se só ele existisse e não debite rigorosamente uma única frase acerca do outro, como se esse outro não tenha qualquer importância ou não existisse mesmo.
...
Dito de modo diferente, por que razão falam tanto da mulher e nem uma palavra se lhes ouça, de defesa ou de ataque, qualquer que ela seja, acerca do nascituro que eles, os defensores do Sim ao aborto livre, abjuram e tudo fazem para que não nasça?

Quer saber porquê?

Por má consciência. Única e simplesmente por má consciência.

Sabem que a atitude que estão a tomar é um convite a um crime hediondo, contra a Humanidade. E temem – acima de tudo temem – que a capa de hipocrisia, com que vão vestindo a sua atitude, caia por terra em praça pública, deixando-os completamente despidos, como um dia vieram ao mundo, apenas porque as respectivas mães, felizmente para eles, não agiram como irresponsáveis.

Esta é que é a verdade. O resto são hipocrisias.

Você que me lê, tente recordar-se de quantas vezes ouviu os defensores do Sim ao aborto livre referirem-se ao ser humano que, no ventre da que devia vir a ser a sua mãe, continua, queira-se ou não, a ser o personagem mais importante de todo este processo.
...
Por mais que se esforce, não vai conseguir. Eles, pura e simplesmente, ignoram o ser humano, actor principal desta tragi-comédia.
...

2 comentários:

Ruvasa disse...

HRebelo

Concordo inteiramente.

Ruvasa disse...

Viva, HRebelo!

Não esperava outra coisa. Qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade e de humanidade terá que chegar à mesma conclusão.

E vais ver que ningu+ém defensor do Sim ao aborto, aparece a dizer seja o que for. Não convém... A hipocrisia campeia por aí.

Beijinho

Ruben