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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

849. Argumentário pelo Não - outra achega

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Há que recordar, antes de mais, outros exemplos, que desmentem a diminuição progressiva do número de abortos legais ao longo do tempo.

Não é isso que se verifica no Reino Unido, país muitas vezes apresentado como modelo de políticas públicas de saúde, onde, segundo dados da Eurostat, desde a legalização o número de abortos foi multiplicado por sete e onde, em 2005, se atingiu, no que se refere a Inglaterra e Gales, o número “record” de 186.416 e, no que se refere à Escócia, o número record de 12.603 (Zenit, 29/4/2004).

Em Espanha, onde (apesar de vigorar uma lei restritiva como a que vigora entre nós) o aborto está liberalizado na prática, o crescimento do número de abortos foi de 75,3% entre 1993 e 2003 e de 48,2% entre 1998 e 2003 (ver o relatório do Instituto de Política Familiar em www.ipfe.org).

Na Bélgica, foi atingido, em 2003, o número “record” de 16.707 (La Libre Belgique, 3/9/2004).

Na Austrália, o número de abortos foi multiplicado por sete desde a legalização e atinge os cerca de 100.000 por ano (Avvenire, 4/3/2006).

Também não é verdade que a liberalização do aborto não se traduza no incremento de abortos múltiplos, na repetição da prática do aborto.


Nos Estados Unidos, a maior parte dos abortos legais é praticada por mulheres que já tinham praticado outros abortos anteriormente (v. estudo do Alan Guttmacher Institute, organização partidária dessa liberalização).

No Reino Unido, cerca de 1.300 adolescentes por ano pratica um aborto pela segunda vez (The Independent, 21/12/2006).
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in "Argumentário pelo Não", de Pedro Vaz Patto
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