Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quinta-feira, 19 de abril de 2007

1008. Falemos de dignidade

Investigar com profundidade, honestidade e urgência (muito embora se trate de acção continuada no tempo, pelo que a questão da prescrição não se põe, por enquanto) a autoria do ilícito criminal (já suficientemente provado) que consistiu em inserir – ou fazer inserir - elementos de identificação falsos em documentos oficiais do Estado Português, ao mais alto nível, tem que ser assumido de forma clara e sem tibiezas desculpabilizantes pelas entidades especialmente vocacionadas para o efeito, a começar pelo MºPº, defensor constitucionalmente consagrado da legalidade democrática (artº 219º, CRP), na pessoa do senhor Procurador-Geral da República.

E o cumprimento desse imperativo constitucional tem que ser suficientemente seguido com atenção pelo senhor Presidente da República, que, nos termos da mesma Constituição “garante (…) o regular funcionamento das instituições democráticas” (artº 120º, CRP).

Está posta em crise a dignidade do Estado Português, que não se compadece com incompreensíveis e inaceitáveis omissões, menos ainda com branqueamentos espúrios, também eles criminosos.

Por outro lado, tendo tido a intervenção que teve recentemente no seio da sociedade portuguesa, o movimento PÁSCOA DA CIDADANIA não pode agora alhear-se de questão de tamanha gravidade.

Muito pelo contrário, deve manter-se na primeira linha dos cidadãos que exigem a estrita e inadiável observância da lei em todo este caso, sob pena de a excelente atitude de cidadania que assumiu, rapidamente se ver desfeita pela voragem do regresso da maré de laxismo acomodado e criminoso que, a final, conduziu a situações que menorizam e desonram a República Portuguesa e o conjunto dos seus cidadãos.

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