Na entrevista ao primeiro-ministro, os jornalistas pareceram-me com vontade genuína de contribuírem para o esclarecimento dos assuntos.
Manifestaram, porém, uma grande impreparação para a abordagem do tema. A entrevista terá sido particularmente mal preparada.
Estou convicto de que lhes faltou sobremaneira o acesso a um rol de perguntas elaborado com pés e cabeça e não aquela coisa desgarrada de que dispunham. Se assim não fosse, certamente que as coisas teriam corrido de forma bem diferente.
É certo que quem está por dentro das razoáveis dúvidas que à Blogosfera foram trazidas, facilmente constata as incongruências.
O grande público, porém, por falta de informação não dispõe de juízo crítico e vai engolir tudo, sem pestanejar.
Ora, a entrevista não foi dada com a intenção de se dirigir a quem esteja por dentro do assunto, mas ao grande público. Nestes termos, foi mais uma peça laudatória do que de busca da verdade.
O resultado - apreciando as coisas o mais friamente possível - é que o primeiro-ministro vai sair por cima, independentemente de ter razão ou não.
Ora, tal não deveria acontecer, a menos que tivesse deixado explicado, sem margem para qualquer dúvida, todas as incongruências detectadas e que suscitaram dúvidas de razoabilidade mais do que constatada.
As perguntas que aqui deixei, não obtiveram resposta adequada. Apenas uma foi feita e a resposta não me convenceu.
Assim sendo, não me considero esclarecido e livre das dúvidas que antes tinha.
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