Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

quarta-feira, 11 de abril de 2007

978. A verdade ficará para outra oportunidade?...

Na entrevista ao primeiro-ministro, os jornalistas pareceram-me com vontade genuína de contribuírem para o esclarecimento dos assuntos.

Manifestaram, porém, uma grande impreparação para a abordagem do tema. A entrevista terá sido particularmente mal preparada.

Estou convicto de que lhes faltou sobremaneira o acesso a um rol de perguntas elaborado com pés e cabeça e não aquela coisa desgarrada de que dispunham. Se assim não fosse, certamente que as coisas teriam corrido de forma bem diferente.

É certo que quem está por dentro das razoáveis dúvidas que à Blogosfera foram trazidas, facilmente constata as incongruências.

O grande público, porém, por falta de informação não dispõe de juízo crítico e vai engolir tudo, sem pestanejar.

Ora, a entrevista não foi dada com a intenção de se dirigir a quem esteja por dentro do assunto, mas ao grande público. Nestes termos, foi mais uma peça laudatória do que de busca da verdade.

O resultado - apreciando as coisas o mais friamente possível - é que o primeiro-ministro vai sair por cima, independentemente de ter razão ou não.

Ora, tal não deveria acontecer, a menos que tivesse deixado explicado, sem margem para qualquer dúvida, todas as incongruências detectadas e que suscitaram dúvidas de razoabilidade mais do que constatada.

As perguntas que aqui deixei, não obtiveram resposta adequada. Apenas uma foi feita e a resposta não me convenceu.

Assim sendo, não me considero esclarecido e livre das dúvidas que antes tinha.
...

4 comentários:

Anónimo disse...

Este é o Ruben que eu conheço!

Ainda bem que a saúde do teu pc já está resolvida ;-)

Quanto ao que se acabou de passar na RTP1, palavras para quê??...o berdadeiro artista, é aquele que sofre!

Beijinho Grande

Ruvasa disse...

Viva, MJoão!

Acho que o António Balbino Caldeira cometeu um erro e já lho disse lá no blog.

Depois de todo o trabalho que teve até aqui, foi pena ter deixado que o homem saísse por cima.

Deveria ter elencado e posto aqui no blog, pelo menos hoje, o conjunto de perguntas que deveriam ser apresentadas no decurso da entrevista.

Quase que aposto que o jornalistas bem precisavam delas para se prepararem e até copiá-las.

Foi pena! Não se trata de uma questão de "exigir" do António mais do que aquilo que já deu... e foi tudo. Trata-se apenas de lamentar que as perguntas certas não tivessem sido por ele elencadas.

Haverá, porém, estou certo, outras oportunidades.

Beijinho

Ruben

Agnelo Figueiredo disse...

Olá Ruben

Entrevista em órgão estatal...
Administração nomeada pelo Governo...

Estava-se a ver...

Nem sequer a pergunta mais simples de todas:

"Se queria ser engenheiro, porque razão saíu do ISEL para a Independente?"

Ruvasa disse...

Viva, Azurara!

Claro!

Mas a essa pergunta ele respondeu. Simplesmente os "entrevistadores" ficaram-se nas covas.

Disse ele:
- Porque o a UnI ficava ao lado do ISEL.

Ora, isto não é resposta minimamente satisfatória. Não é mesmo resposta sequer. O que seria lógico, a partir duma resposta tão sem jeito nem fundamento, seria que os "entrevistadores" perguntassem logo de seguida:

- Mas... se o ISEL ficava ao lado da UnI, o senhor ficaria sempre à mesma distância de ambos, tanto a partir de casa como da Assembleia...

Não fizeram...

Além disso, as perguntas que, quanto a mim lhe poderiam trazer grandes incómodos - e que são as que elenquei no post "977. As perguntas para as quais me interessa resposta cabal" - não lhe foram feitas. Essas é que, quanto a mim, são realmente difíceis de desatar.

Primeiro, porque estão provados os factos relativos a essas questões; depois, porque são, estes factos, sim, de extrema gravidade. Acho que os "tiros" disparados foram todos de pólvora seca e por atirador canhestro.

Abraço

Ruben