Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

domingo, 27 de novembro de 2011

2807. Portugal visto do céu

2806. $ versus €

(rvs 14 Novembro 2011 - 1,35h)

Com uma frase de Marcelo Rebelo de Sousa, horas atrás na TVI, concordo sem reticências. Poucas vezes isso acontece, mas... vai acontecendo, de quando em vez.

Quando afirma que aquilo a que assistimos a nível económico em todo o mundo, mas com especial relevância na Europa do euro, mais não é do que uma guerra surda da moeda americana face à sua rival europeia.

E, concomitantemente -- acrescentaria eu -- a uma por demais evidente incapacidade dos líderes europeus em fazer face ao ataque do dólar ao euro, ataque esse que é de vida ou de morte, porque, de ambos, o que fraquejar estará arrumado. De vez.

Efectivamente, o dólar estava a cair, a perder a enorme hegemonia que detinha há muitas dezenas de anos, sem contestação, até que apareceu o euro que, desde logo, se mostrou forte e muito difícil adversário. Perante esta situação que lhe era cada vez mais desfavorável, o dólar tinha que fazer pela vida. E começou a fazer, com algumas medidas preventivas e que logo se tornaram mais do que isso, por força das circunstâncias.

Os fracos, incompetentes e permissivos líderes europeus, porém, não estavam preparados para tal embate e, arrogante e estupidamente, deixaram-se ficar no dolce far niente, até que o ataque se tornou irreversível e imparável.

Foi, então, o acordar estremunhado europeu, mas já atrasado. O ataque americano, iniciado a coberto de uma falência que deu brado e servindo-se de armas como, por exemplo, as agências de rating, foi forte e sem piedade a países mais fracos da zona euro que, com a verdadeira incompetência e estúpida arrogância dos seus idiotas líderes, em breve se viram de cara no chão, completamente prostrados.

Claro que, com o ataque aos elos mais fracos da cadeia europeia, os americanos dispunham-se a dar uma espadeirada na coesão -- apenas nominal -- da UE. E, derrubados os pequenos, vai inexoravelmente aproximar-se a hora dos maiores que, queira-se ou não, sem esses pequenotes, presa fácil constituirão também.

Por outro lado, a espadeirada será tanto mais decepadora quanto mais tempo o francês Sarkosy leve a perceber que está mal aliado, pois que os amigos e conterrâneos de Merkel, sendo uns tipos porreiros, são igualmente aqueles que, por duas vezes no século passado, não hesitaram em pôr a Europa a ferro e fogo.

E, curiosamente ou talvez não, o seu país -- o de Sarkosy, claro -- lá teve que ser salvo in extremis...

Não pretendo ser émulo de Nostradamus e menos ainda dos antigos maias, mas...

2805. BPN - Os gatunos particulartes e os outros...

Que tenho eu que ver com os crimes de particulares contra particulares, que é o caso de quem gatunou o BPN? Nada! Rigorosamente nada.
Primeiro, porque quem agiu contra o banco não era governante; em segundo lugar porque os particulares que desfalcaram o banco não me causaram qualquer prejuízo, directo ou indirecto.

No caso BPN, quem me causou prejuízo foram Sócrates e Teixeira dos Santos que, com dolo -- sim, com dolo, porque tinham consciência das consequências do que faziam, que seriam terríveis para o conjunto dos cidadãos -- o nacionalizaram servindo-se de justificações sem pés nem cabeça, já que a única atitude a tomar teria sido deixá-lo ir à falência.

Provocaram, deste modo, um prejuízo bem maior do que os que roubaram a depositantes no banco.

Portanto, quanto à primeira parte, nem sequer posso meter os primeiros em tribunal, porque serei julgado parte ilegítima por não estar no rol dos lesados.

Quanto à segunda parte, porém, a da injecção de milhões de euros no BPN, para que não entrasse em falência, quando se sabia que a única solução era essa mesmo, isso sim, posso ser e sou parte interessada e, como tal, serei aceite em juízo.

Resumindo:

Há dois crimes cometidos no caso BPN.

Com o primeiro, de burla, abuso de confiança e sei lá que mais, relativamente a dinheiro de particulares, cometido por particulares contra um banco privado, nada tenho que ver. As vítimas desse roubo que actuem, para reaver o seus prejuízos. Podem mesmo recorrer ao fundo de garantia bancária, que para isso existe.

Quanto ao segundo, de gestão danosa dos recursos do Estado, do País -- nossos, portanto -- cometidos por governantes que abusivamente os delapidaram, enterrarndo-os num banco particular que, à partida, se sabia estar condenado, aí sim, sou parte interessada, e devo exigir que os responsáveis respondam em juízo. E quanto mais depressa melhor.

É sob esta perspectiva que os dois casos têm de ser analisados e não misturando-os, porque nada têm que ver um com o outro.

O que foi dito quando à necessidade de evitar que o banco fosse à falência não passou de foguetório para endrominar incautos. Com dolo. Todos os dias há por esse mundo fora bancos a falir e o respectivo Estado não corre a "salvá-los" à custa do dinheiro dos contribuintes. Era o que faltava. Ademais, o que é que o Estado salvou? Nada. Apenas afundou mais. Portanto, é conivente na patifaria feita. Conivente e incrementador.

É bom que as pessoas tenham isto em mente, porque os casos não devem ser misturados, como o têm sido, por interesse exclusivo dos mandantes abusadores que actuavam com as costas quentes pelo Estado.

É triste ter que reconhecê-lo mas é a realidade: há entre os Portugueses uma grande falta de capacidade discernimento de análise serena dos acontecimentos.

Deixamo-nos ir nas primeiras balelas que nos impingem, sem o cuidado de pararmos um instante para pensarmos no assunto, separando o trigo do joio. E, por isso, nunca chegamos a lado nenhum, jamais conseguiremos obrigar os responsáveis a sentarem-se no lugar que lhes cabe por direito próprio, ou seja, em certo banquinho existente nas salas de audiência de um qualquer tribunal criminal.

Por essa razão em Portugal tudo fica por águas de bacalhau. Ficamos sempre por isso, muito embora tivesse havido tempos na nossa História em que não éramos assim. Há, pois, uma evidente degeneração da alma, do sentir, a postura social portugueses. Que está difícil de recuperar, a partir do momento em que labregos, vindos das berças, sem quaisquer princípios de mínima educação social e mesmo de educação tout court, se apoderaram do Poder e dele fizeram coutada própria. Como Hitler. Democraticamente, Também como Hitler. Ainda que salvaguardando as necessárias distâncias, porque ainda não chegámos às armas e aos genocídios. Ainda! Se bem que, por vezes, cheguemos a pensar que se dispusessem dos mesmo meios...

Temos sofrido muitos dissabores e tratos de polé com tal atitude. E parece que as sucessivas lições que temos recebido para nada têm servido, por caírem em saco roto e descosido.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

2803. Asduas metades criminosas do caso BPN

O caso por que Duarte Lima está actualmente detido nos calabouços da Polícia Judiciária, em Lisboa, é simplesmente um caso de polícia e, como tal, deve ser encarado por todos, averiguado até à exaustão e julgado, sob os auspícios da lei.

Tentar fazer dele um caso político é manobra torpe de querer que tape outras patifarias nascidas à sua sombra.

O caso BPN divide-se em duas partes:

1. A primeira, consiste nas manigâncias e roubalheira praticadas pelos seus dirigentes à altura, relativamente ao qual corre termos um processo em que Oliveira e Costa é arguido e de onde foi extraído este que agora é movido contra Duarte Lima.

2. A outra, insere-se na esfera política -- muito embora possam existir igualmente aspectos criminais a ter em conta -- e nela cabe a actuação do governo vilarista, que transformou um simples caso de polícia, a ser resolvido nos tribunais, em algo de mais grave para o País, ao impedir que o Banco fosse à falência, como devia ter ido, a exemplo do que acontece todos os meses por esse mundo fora, sem que dessas falências resulte mais do que os prejuízos inevitáveis para todos aqueles com quem o falido mantém relações.

Relativamente à primeira parte, nada com ela tenho que ver, nada tem o cidadão comum que ver. Para o assunto nem sequer devemos ser chamados. É do foro particular, entre o Banco e seus responsáveis e os respectivos clientes. Como não sou nem jamais fui cliente do BPN, Oliveira e Costa e todos os outros não me lesaram minimamente. Que sejam julgados e condenados se for caso disso, mas não por me -- ou ao cidadão comum -- terem causado qualquer prejuízo

No que concerne à segunda, porém, já tenho que opinar e insurgir-me. Porque a actuação malsã do governo então em funções me entra pelos bolsos e me prejudica gravemente.

Os autores da primeira manigância estão já sob a alçada da lei. Isso é lá com a lei e com eles.

Os da segunda, quando passarão a estar também? Isto já é com a lei, com eles e comigo, connosco.

Vai ser mais uma das maravilhas em que Portugal de há décadas é fértil, ou seja, a responsabilidade de gestão danosa nunca é obrigada a responder pelos seus actos?

OS DUAS METADES CRIMINOSAS DO CASO BPN

O caso por que Duarte Lima está actualmente detido nos calabouços da Polícia Judiciária, em Lisboa, é simplesmente um caso de polícia e, como tal, deve ser encarado por todos, averiguado até à exaustão e julgado, sob os auspícios da lei.

Tentar fazer dele um caso político é manobra torpe de querer que tape outras patifarias nascidas à sua sombra.

O caso BPN divide-se em duas partes:

1. A primeira, consiste nas manigâncias e roubalheira praticadas pelos seus dirigentes à altura, relativamente ao qual corre termos um processo em que Oliveira e Costa é arguido e de onde foi extraído este que agora é movido contra Duarte Lima.

2. A outra, insere-se na esfera política -- muito embora possam existir igualmente aspectos criminais a ter em conta -- e nela cabe a actuação do governo vilarista, que transformou um simples caso de polícia, a ser resolvido nos tribunais, em algo de mais grave para o País, ao impedir que o Banco fosse à falência, como devia ter ido, a exemplo do que acontece todos os meses por esse mundo fora, sem que dessas falências resulte mais do que os prejuízos inevitáveis para todos aqueles com quem o falido mantém relações.

Relativamente à primeira parte, nada com ela tenho que ver, nada tem o cidadão comum que ver. Para o assunto nem sequer devemos ser chamados. É do foro particular, entre o Banco e seus responsáveis e os respectivos clientes. Como não sou nem jamais fui cliente do BPN, Oliveira e Costa e todos os outros não me lesaram minimamente. Que sejam julgados e condenados se for caso disso, mas não por me -- ou ao cidadão comum -- terem causado qualquer prejuízo

No que concerne à segunda, porém, já tenho que opinar e insurgir-me. Porque a actuação malsã do governo então em funções me entra pelos bolsos e me prejudica gravemente.

Os autores da primeira manigância estão já sob a alçada da lei. Isso é lá com a lei e com eles.

Os da segunda, quando passarão a estar também? Isto já é com a lei, com eles e comigo, connosco.

Vai ser mais uma das maravilhas em que Portugal de há décadas é fértil, ou seja, a responsabilidade de gestão danosa nunca é obrigada a responder pelos seus actos?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

2802. Na REN, a bandallheira total

Mais completa bandalheira não existe.
A REN paga-lhe a defesa em Tribunal !

REN usa seguro para pagar defesas no caso Face Oculta - Sociedade - PUBLICO.PT

Simplesmente inacreditável! A prova de que o País, além de entregue à bicharada, tem estado em estado de coma profundo, incapaz de reagir.

Um nojo!

É bom que se anote que os factos por que os tipos estão a ser julgados, não são irregularidades para salvar a empresa, mas actos de corrupção que muito prejudicam a empresa.

Quem assim procede e quem permite só pode ter um destino: cadeia!