1 – Em defesa do aborto livre até às 10 semanas, encontramos em campanha todo um governo, a começar pelo primeiro-ministro, que devia, no mínimo, manter uma prudente distanciação relativamente a assunto de tal melindre, a colaborar num proselitismo de morte, conducente àquilo que consideram a solução final para alegados problemas de algumas mulheres.
A que título, governantes actuando nestes termos, podem pretender o respeito dos cidadãos? Em 1998, o primeiro-ministro tomou a última atitude decente que podia tomar, ou seja, ao menos por decoro, absteve-se de intervir.
2 – Razão válida para o aborto livre, nas palavras da namorada do 1º ministro, está na miséria de ter-se um filho apenas por não se ter tido dinheiro para abortá-lo.
3 – Não há razão para que um médico ajude uma mulher na prática de um aborto. Isto, porque a destruição de um feto não é um acto médico; pelo contrário, é um acto que ofende a deontologia médica, já que uma mulher grávida não é uma doente nem o ser humano dentro dela o é igualmente.
4 – Do juramento de Hipócrates:
(…) Manterei (eu, médico) o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. (…)
5 – Qualquer disposição institucional pode ser legal e, no entanto, indigna e imoral. Os direitos humanos, com especial relevância para os direitos dos mais fracos e desprotegidos, sobrepõem-se a qualquer lei. O mesmo se diga em relação à Ética e à Moral. Nenhuma lei é legítima se não observar os impostergáveis príncípios da Ética e da Moral.
6 – Na questão do aborto livre há dois sujeitos intervenientes principais, rodeados por outros meramente secundários. São eles, a mulher e o filho que traz no ventre.
A que título, governantes actuando nestes termos, podem pretender o respeito dos cidadãos? Em 1998, o primeiro-ministro tomou a última atitude decente que podia tomar, ou seja, ao menos por decoro, absteve-se de intervir.
2 – Razão válida para o aborto livre, nas palavras da namorada do 1º ministro, está na miséria de ter-se um filho apenas por não se ter tido dinheiro para abortá-lo.
3 – Não há razão para que um médico ajude uma mulher na prática de um aborto. Isto, porque a destruição de um feto não é um acto médico; pelo contrário, é um acto que ofende a deontologia médica, já que uma mulher grávida não é uma doente nem o ser humano dentro dela o é igualmente.
4 – Do juramento de Hipócrates:
(…) Manterei (eu, médico) o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. (…)
5 – Qualquer disposição institucional pode ser legal e, no entanto, indigna e imoral. Os direitos humanos, com especial relevância para os direitos dos mais fracos e desprotegidos, sobrepõem-se a qualquer lei. O mesmo se diga em relação à Ética e à Moral. Nenhuma lei é legítima se não observar os impostergáveis príncípios da Ética e da Moral.
6 – Na questão do aborto livre há dois sujeitos intervenientes principais, rodeados por outros meramente secundários. São eles, a mulher e o filho que traz no ventre.
Os defensores do Sim ao aborto livre enchem a sua imoral argumentação e a propaganda com preocupações quanto à mulher, dos dois o mais forte, o que por si só pode fazer a sua própria defesa; quanto ao ser humano dentro do ventre daquela, completamente indefeso, nada dizem, preferem calar.
Procedem assim, por actuarem com sofisma e, acima de tudo, de má consciência. Sabendo-o. E, para além de o saberem, intimamente o reconhecerem. Não é apenas má consciência; é nítida má fé.
7 – Os dados que os defensores do aborto livre apresentam para sustentarem os pontos de vista que defendem são falsos. Foi o próprio ministério da justiça que, há um mês e porque a isso obrigado, o demonstrou, com os números oficiais que deu a conhecer, sob a assinatura do próprio ministro, ele mesmo um defensor do Sim ao aborto livre.
8 - Criticar fortemente agressões físicas a crianças, mesmo que tais agressões não resultem na morte, todos, defensores do Não e do Sim ao aborto livre, o fazem sem rodeios.
7 – Os dados que os defensores do aborto livre apresentam para sustentarem os pontos de vista que defendem são falsos. Foi o próprio ministério da justiça que, há um mês e porque a isso obrigado, o demonstrou, com os números oficiais que deu a conhecer, sob a assinatura do próprio ministro, ele mesmo um defensor do Sim ao aborto livre.
8 - Criticar fortemente agressões físicas a crianças, mesmo que tais agressões não resultem na morte, todos, defensores do Não e do Sim ao aborto livre, o fazem sem rodeios.
Insurgir-se contra abusos sexuais praticados contra crianças todos o fazem abertamente.
Denunciar violência moral contra crianças, todos se dizem dispostos a fazer, sem problemas de consciência.
Contra o aborto todos se dizem.
Porém, apenas os defensores do Não ao aborto livre, se mostram coerentes e respeitando as suas palavras, que, em plenitude, fazem coincidir com as convicções com que se afirmam.
9 – Outros dados, estes agora a desmentirem a argumentação de que a liberalização do aborto faz diminuir o seus números:
(…) no Reino Unido (…) segundo dados da Eurostat, desde a legalização o número de abortos foi multiplicado por sete e (…), em 2005, atingiu-se, no que se refere a Inglaterra e Gales, o número record de 186.416 e, no que se refere à Escócia, o número record de 12.603-(…).
Em Espanha, (…) o crescimento do número de abortos foi de 75,3% entre 1993 e 2003, e de 48,2% entre 1998 e 2003 (…).
Na Bélgica, foi atingido, em 2003, o número record de 16.707 (…).
Na Austrália, o número de abortos foi multiplicado por sete desde a legalização e atinge os cerca de 100.000 por ano (…)
Também não é verdade que a liberalização do aborto não se traduza no incremento de abortos múltiplos, na repetição da prática do aborto.
Também não é verdade que a liberalização do aborto não se traduza no incremento de abortos múltiplos, na repetição da prática do aborto.
Nos Estados Unidos, a maior parte dos abortos legais é praticada por mulheres que já tinham praticado outros abortos anteriormente. No Reino Unido, cerca de 1.300 adolescentes por ano pratica um aborto pela segunda vez (…)
10 – A triste realidade é que as razões que os apoiantes do Sim ao aborto livre têm apresentado se consubstanciam nesta máxima, que envergonha qualquer ser humano:
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- A solução dos alegados problemas de uma mulher grávida passa pela morte, por si própria decretada, do ser humano que traz dentro de si.
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- A solução dos alegados problemas de uma mulher grávida passa pela morte, por si própria decretada, do ser humano que traz dentro de si.
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11 comentários:
Caro Ruben, felicito-o pela forma clara como desmonta a hipocrisia e a falta de humanidade, a mentira que está bem patente na inversão de valores documentada na figura. O não que é sim e o sim que é não.
Os tios sabem a cartilha toda.
Viva, caro H. Sousa!
Agradeço-lhe as palavras amáveis.
Deixe-me que diga que não me considero mais clarividente do que qualquer outra pessoa. Sou igualzinho a qualquer cidadão minimamente interessado e preocupado com os seus compatriotas, com o seu País, com a Ética e com a Moral.
Acontece que, neste caso do aborto livre até às 10 semanas - e, afinal, em tantos outros - há uma circunstância que parece que muita gente com princípios filosóficos de vida decentes e noção das responsabilidades ainda não interiorizou e, portanto, ainda não começou a combater. E é urgente que o faça!
O tipo de terminologia e a forma de apresentação da questão foram, desde sempre, introduzidos e comandados pelos adeptos do Sim, capitaneados pela chamada Esquerda folclórica e alarve – porque de um lado e do outro há gente digna - e mais a sua cultura de pacotilha, em atitude claramente sofismática, sacaneante e de pulhice total.
Quase toda a gente, mesmo a bem intencionada, foi atrás dos eufemismos e da terminologia de má fé - talvez até por tanto ter sido sempre massacrada com a tão apregoada quanto falsa superioridade moral e intelectual da "sinistra" - não se precatando nem cuidando de verificar que basta que às coisas se chame os nomes que as coisas REALMENTE têm, para que todo o edifício tão laboriosamente erguido por essa gentalha, desabe por terra, com fragor. É que, com gente dessa, não há que ter contemplações.
Por mim, não receio "ficar mal na fotografia geral", desde que não o fique na que interiormente recolho de mim próprio.
Assim sendo, reivindico - e é a única virtude que reivindico - ser dos poucos, muito poucos infelizmente, que não têm medo de dizer as coisas tal qual são, de chamar os bois pelos nomes.
Sei que não sou ouvido ou que o serei por poucos, porque grande parte das pessoas em Portugal são "marias que vão com as outras", desde que seja moda, e é notório que, à grande massa dos nossos concidadãos, faltam os conhecimentos - e a vontade de os adquirir - necessários a que possam formar opinião, assumir uma mínima capacidade de ajuizar criticamente. Tudo isto resultante de uma deficientíssima educação curricular e cívica, mesmo nos casos em que os diplomas académicos e outros apresentados pareçam indicar o contrário.
Considero que há situações em que contemporizar com eufemismos, sofismas e outras “ismos” e “ismas” lesivos dos interesses da comunidade é crime. De omissão, sim, mas crime.
Lamento - lamento imenso, creia - que pessoas que pensam como eu, que acredito serem a maioria, se deixem ficar de braços cruzados, amorfos, sem nada fazer, deixando-se levar e deixando que outros sejam levados por meia dúzia de cretinos e idiotas, autênticos labregos, que, porque têm acesso aos mais diversos e mais poderosos - veja-se o caso do "Eixo do Mal" e de outros de igual jaez e gabarito - meios de veiculação de ideias, martelam constantemente o cidadão comum com palermices, no melhor dos casos, e verdadeiros atentados à Ética e à Moral, no pior, como no vertente, até que levam a sua de vencida.
É triste, mas é assim mesmo, caro Sousa.
Abraço
Ruben
Eu voto NÃO ao aborto!
Tudo isto me parece extremamente claro, mas, e quando em dúvida, - como já deixei no post anterior - o melhor é dizer Não!
A pergunta do referendo usa de falta de transparência, e é - como muito bem diz - orientada para os que querem votar SIM.
Também me parece que o o senhor PM deveria ter tido o cuidado de não se pronunciar mantendo o tal prudente distanciamento. Enfim!
Tb acho que o (des)governo que temos se esqueceu de informar as mulheres, que 'eventualmente' venham a recorrer ao aborto em estabelecimento hospitalar, a quantos abortos têm direito. Um de dois em dois meses, dois por ano, um por ano...? e se e quando ultrapassado esse número qual é a alternativa. É que com a precaridade do nosso SNS e a falta de meios e verbas, tem que haver qq coisa na manga do PM.
Abraço.
I.
Criei um link no
www.oeiraslocal.blogspot.com
abraço.
I.
Viva, Isabel!
Tocou num ponto fundamental da socrática elementaridade, a que acresce a triste precariedade de alguém que não sabe o que faz.
As coisas são todas engendradas sobre o joelho e o que agora é, COM TODA A CERTEZA - logo à noite já não é, tendo sido substituído pelo diametralmente oposto.
Quanto à questão de fundo, constato que também a Isabel se apercebeu de todo o sofisma e de toda a má fé contidos nas posições do Sim.
Sou do entendimento de que basta que chamemos as coisas pelo seu devido nome e tudo se clarifica.
Abraço igual
Ruben
...
Lamento - lamento imenso, creia - que pessoas que pensam como eu, que acredito serem a maioria, se deixem ficar de braços cruzados, amorfos, sem nada fazer, deixando-se levar e deixando que outros sejam levados por meia dúzia de cretinos e idiotas, autênticos labregos, que, porque têm acesso aos mais diversos e mais poderosos - veja-se o caso do "Eixo do Mal" e de outros de igual jaez e gabarito - meios de veiculação de ideias, martelam constantemente o cidadão comum com palermices, no melhor dos casos, e verdadeiros atentados à Ética e à Moral, no pior, como no vertente, até que levam a sua de vencida.
Creio que apenas me resta manifestar o meu igual empenho para que os bois sejam tratados pelos seus nomes. Apenas e só isso bastaria para que ninguém fosse enganado votar o Sim que é Não à Vida.
Abraços
Viva, Henrique!
Que venham mais, que venham todos, que esta é um luta sem tréguas. A luta pela Vida, pela dignidade do ser humano, de todos os seres humanos, não pode ter cedências.
Abraço
Ruben
Com a devida vénia, criei um link para este seu "post". Espero que me autorize este "arrojo"!
Porque... EU SOU PELA VIDA!
Não de "olhos vendados", mas com a certeza da força da razão e não da razão da força!
http://pacodearcos.blogs.sapo.pt/
Viva, Rui Freitas!
A intenção com que criou o link só me lisonjeia.
Por outro lado, quanto mais pessoas se aperceberem das realidades, postas a nú em praça pública, menos gente haverá a ser ludibriada, com argumentos que se sabe que são completa e redondamente falsos, numa atitude de total desprezo pelo bem mais precioso que ao ser humano pôde ser oferecido: a vida.
Cumprimentos e disponha sempre.
Ruben Valle Santos
Podíamos perder muito tempo aqui para debater a sua argumentação. O exemplo que escolheu, o da Bélgica, seria um bom começo. É o segundo país do Mundo com menos abortos por mil mulheres férteis. Uma tragédia, como vê. O primeiro é a Holanda. Poderia discutir consigo porque é assim nestes dois países e noutros dois (Cuba e Roménia), com legislações quase iguais, é exactamente ao contrário. Podia também dizer-lhe que os exemplos que escolheu para mostrar que aborto sobre quando despenaliza são os que tem. Na Áustria, Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Itália, Noruega e Suécia desceu (números do OMS). E que podemos debater números e acreditar nuns e noutros, mas a seriedade deste debate exige que não sejamos selectivos nos exemplos que escolhemos.
Podia depois falar-lhe do número de mulheres que morrem ou ficam estéreis ou têm problemas de saúde graves por aborto clandestino, coisa que por essa Europa fora é impensável. Mas desta parte suponho que não vale a pena falar. Alguém que se refere a uma conhecida jornalista como «namorada do 1º ministro» mostra o respeito que tem pelas mulheres.
Já agora, o sim e o não é à despenalização do aborto, não é ao aborto. É só para ajudar. Não vá o senhor chegar ao boletim de voto e julgar que se enganou.
Olá, Daniel Oliveira!
Resolvi responder-lhe mais em aberto, em post, portanto.
Tem o nº 855 e o título "Resposta a Daniel Oliveira".
O url? http://ruvasa2a.blogspot.com/2007/02/855-resposta-daniel-oliveira.html
Os meus repeitos.
Ruben Valle Santos
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