Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

segunda-feira, 30 de junho de 2008

1580. Inflação e cabaz de compras

O Governo e o "seu" instituto de estatísticas dizem que a inflação é de 2,6%.

O "24 horas" e Bagão Félix entendem que é muito superior, quase o dobro.

Não sei ao certo quem tem razão, mas ando desconfiado...

De qualquer modo, vendo a aflição governamental em apresentar índices muito favoráveis à sua espectacular acção, atrevo-me a fazer a Sousa e camaradas uma proposta muito tentadora e que os irá satisfazer muito mais do que os número apresentados pelo INE. Aí vai ela:

Por um cachet de cinco caramelos comprados em Badajoz (baratucho, hã?) e desde que me confiram a possibilidade de mexer no "cabaz de compras", garanto que nele incluirei produtos tais que irão fazer com que, ufanos e prazenteiros, Vocências possam propalar aos quatro ventos - e aos portugueses também, já agora - que, graças à vossa excelente governação, a inflação está actualmente na ordem dos 0,7%... ou menos, é só pedir.

Para o efeito, apenas requeiro uma condição, aliás facílima de pôr em prática... não sei se me faço entender:

Não autorizarem que seja publicada a lista dos produtos que constituirão o novo e galhardo "cabaz".

Valeu, meus senhores? Vamos a isso?
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domingo, 29 de junho de 2008

1579. Afinal, Lineker não teve razão

Terminou o Euro 2008.

Em beleza.

Dias atrás, a propósito da vitória da Alemanha sobre Portugal, depois de ter levado um autêntico "banho de bola", escrevi aqui que "Afinal Lineker tinha razão".

Hoje, porém, é com todo o prazer que venho corrigir a afirmação, porque, desta vez, "Afinal, Lineker não teve razão".

Nem podia ter porque a coisa estava a assumir foros de verdadeiro escândalo.

A selecção da Alemanha - que não jogava futebol que se visse, que fora completamente dominada em três ou quatro de um total cinco jogos que efectuara antes de hoje, chegara a esta final com uma dose reforçada de sorte, muito abuso do cabedal físico e agressivo e, acima de tudo, belíssimas ajudas das equipas de arbitragem, tudo isto condimentado com um combóio carregado de arrogância - foi, no fim, derrotada, prova de que existe justiça neste mundo. De vez em quando, apenas, é certo, mas existe.

Não tenho muito por hábito desfrutar os desgostos alheios, principalmente quando não sou parte directamente interessada no caso, mas é inevitável que afirme aqui, sem rebuços, que a Alemanha talvez hoje tenha sentido que confiar apenas

- na sorte;
- no cabedal usado com exagero e ilegitimamente;
- nas ajudas por fora

sendo, ainda assim, arrogante até à medula, não colhe os dividendos que desejava. Há que mostrar mais, melhor e sem batotas.

Igualmente, não costumo esperar que outros façam trabalho que a mim - ou a nós cabe -, mas, com toda a lealdade, tenho que vir aqui confessar um sentimento de révanche que me enche de satisfação.

Sinto-me vingado, porra!

Ao menos uma vez, los hermanitos não nos chatearam, tendo optado por moer o juízo a outros, que bem o mereciam.

Y olé!
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1578. Aldeia Global Portuguesa (9) – Limasawa - Filipinas

Foi a 16 de Março de 1521, que Fernão de Magalhães, na sua circum-navegação – afinal a célebre viagem pioneira que transformou o mundo, dissipando todas as dúvidas quanto à esfericidade da Terra, e, mais, que criou o conceito de “aldeia global”, que actuais experts, parece quererem agora reivindicar… - chegou a Limasawa, pequena ilha situada na ponta sul da grande Ilha de Leyte.


A empresa de Magalhães, ao serviço de Carlos V, de Espanha, destinava-se a tentar chegar às Ilhas Molucas e às suas especiarias, por vias que evitassem encontros fortemente indesejados com o poderio das esquadras portuguesas no Índico.


Magalhães foi, assim, o primeiro europeu a chegar ao território que hoje constitui o país chamado Filipinas, com a capital em Manila. Seguidamente, chegou à fala com o rei de Cebu, outra das grandes ilhas da região, situada a Norte de Mindanao e a Sudeste de Luzón.


O rei de Cebu, por influência dos missionários que acompanhavam Magalhães, converteu-se ao Catolicismo.


Prevendo excelentes possibilidades de ali encontrar o aliado ideal para Carlos V, de Espanha (talvez por ainda não se ter apercebido de que a região já se encontrava adentro dos limites da “jurisdição” portuguesa, decorrente da partilha do mundo acordada em Tordesilhas, em 7 de Junho de 1494), Magalhães resolveu apoiar o rei local na sua disputa, pelo domínio da região, com Lapu-Lapu, chefe tribal da pequena ilha de Mactán, situada frente à costa sudoeste da grande Ilha de Cebu.


No decurso de tal disputa armada, em 27 de Abril de 1521, deu-se a batalha de Mactán.


Possivelmente atraído a uma armadilha, Magalhães desembarcou com 50 homens da sua tripulação para combater Lapu-Lapu, que o surpreendeu com uma força calculada entre 2.000 e 3.000 homens. (1)


Foi, como facilmente se imagina, um desastre total. E ao navegador português somente restou, como ponto de honra da sua integridade como líder, fazer regressar às naus, a salvo, o maior número dos seus homens que lhe foi possível, enquanto ele próprio se quedava na praia a combater os inimigos, até cair trespassado pelas lanças dos aborígenes.


Ficou, deste modo, a expedição sem comandante, que acabou por ser substituído pelo basco Sebastián Elcano, que, curiosamente, quando da passagem pelo Estreito de Magalhães, a sul da Patagónia argentina, tudo fez para que a expedição desistisse e regressasse a Sevilha, tendo sido necessária muita firmeza por parte de Magalhães para que a empresa prosseguisse.



Deste modo, a nau Victória, única que resistiu a toda a longuíssima viagem, arribou a Sanlúcar de Barrameda, província de Cádiz, porto de partida para a aventura, por volta de 8 de Setembro de 1522, com a missão cumprida.


Haviam partido, em 20 de Setembro de 1519, duzentos sessenta e cinco homens, em cinco naus; regressaram, três anos mais tarde, apenas dezoito, dos quais dois marinheiros portugueses, na única nau que restou, a Victória. Em 1525, chegaram mais quatro membros da tripulação inicial da nau Trinidad, pelo que, ao todo, se perderam 243 vidas na epopeia.


Precisamente cinquenta anos após a chegada de Magalhães, em 1571, o território que hoje se chama Filipinas, designação que lhe foi atribuída pelo então monarca de Espanha, Filipe II, foi colonizado pelos espanhóis, que fixaram a capital em Manila, que fundaram.


O domínio espanhol manteve-se por cerca de três séculos.


Curiosamente, porém, a tão longínqua presença portuguesa ainda se nota em certos costumes tradicionais e em traços fisionómicos, como igualmente na terminologia da língua da região.



Click na foto e nas imagens, para ampliar.
A foto mostra o monumento erguido em memória de Lapu-Lapu,
na Ilha de Mactán, em cuja praia faleceu Magalhães.

(1) Adenda de 8 Agosto 2008

O historiador Rolando Laguarda Trías, citado por Gonçalo Cadilhe no livro "Nos Passos de Magalhães", 2ª edição, Junho 2009, editado pela Oficina do Livro, sugere a teoria de que, mais do que um desastre, Mactán foi um suicídio premeditado de Magalhães.

E em que baseia esta absurda teoria, da qual discordo profundamente? Pois bem, que Magalhães se sentia humilhado e, consequentemente, desonrado, por, contrariamente ao que pensara, as Molucas - que hoje integram as mais de três mil ilhas do arquipélago indonésio, sensivelmente a nodeste de Timor-Leste - encontravam-se dentro dos limites da metade portuguesa da divisão do mundo acordada em Tordesilhas e não na espanhola. E, com tal desonra, ser-lhe-ia "impossível" apresentar-se perante Carlos V, seu patrocinador.

Se bem que, a um primeiro relance, a teoria possa apresentar-se com alguma verosimilhança, uma análise mais cuidada das circunstâncias logo a afastada, fortalecendo a ideia de que a História é passível de interpretações as mais diversas. Umas mais credíveis do que outras, evidentemente. Por mim, não adiro a esta. Porquê?

Muito embora ao tempo estas questões de honra se saldassem frequentemente por decisões semelhantes, o que "desculpará" Laguarda Trías, do que se sabe do carácter de Magalhães - e há inúmeros exemplos na sua vida - não era homem de se deixar abater por um qualquer infortúnio. E menos ainda - o que me parece uma afronta ao navegador - que tal "infortúnio" o levasse, consciente e criminosamente, a conduzir-se e, principalmente, a conduzir dezenas de homens confiados ao seu zelo e que o acompanhavam há já dois anos, por tormentos indescritíveis, que, é sabido, criam solidariedades muito fortes, para uma tal mortandade.

Ora, que "infortúnio" seria esse que, na estranha teoria de Trías, poderia ter levado Magalhães a tão tresloucado acto? Vejamos se haveria razão para tal.

Pois bem, o "infortúnio" teria consistido num erro de cálculo de 5º de longitude. Dito de outra forma: antes de sair de Sevilha e de Sanlúcar de Barrameda, em meados do séc. XVI (não hoje), Magalhães imaginava que as Molucas estariam a leste do anti-meridiano de Tordesilhas, situado a 133º a leste de Greenwich, potanto na metade espanhola do mundo, quando a verdade é que estavam no meridiano 126º - que então, no local, calcularam ser o 128º. Logo e como disse atrás, um erro de cálculo de 5º, ou seja, de um terço de um meridiano terrestre, e feito à distância, no primeiro cartel do séc XVI, insisto!

Há mais, contudo:

Mesmo que esse erro fosse razão suficiente para que o comandante de uma esquadra daquela dimensão, que iria terminar a primeira circum-navegação (não esqueçamos que Magalhães não terminou pessoalmente essa epopeia, mas, ao chegar às Filipinas pelo Leste completou tal circum-navegação, pois que já lá tinha estado, anos antes, vindo de Oeste, ou seja, da Índia), cometesse, e obrigasse a cometer, tão tresloucado e irresponsável suicídio colectivo, convém não esquecer que a honra do fidalgo estava mais do que garantida com a empresa que levava a cabo e que o imortalizou como navegador e explorador de territórios de gabarito ímpar.

Ora, Magalhães tinha instrução suficiente e capacidade de raciocínio e de análise mais do que bastante para se aperceber disso mesmo. Como tal, até por uma questão de pequena contribuição para a limpeza da honra do mais importante navegador de todos os tempos, sugiro que se esqueça tal abstrusidade.

Se fosse historiador, coibia-me um pouco, porque, enfim, "noblèsse oblige", e, assim, não poderia escusar-me a observar um certo grau de solidariedade entre oficiais do mesmo ofício. Felizmente, porém, não o sou. Limito-me a analisar os factos que a História e as suas interpretações diversas trouxeram até mim. Não me sinto, pois, travado de modo
a não afirmar que tudo isto me leva a concluir que tão abstrusa teoria - baseada em pressupostos quase infantis, quiçá de mera propaganda política - que tantas vezes nos surpreende com atitudes de quem ainda não passou da meninice - seria bem caso para se desejar que Rolando Laguarda Trías "fosse a Barrameda" e de lá nunca mais saísse... pelo menos até ganhar alguma consistência na interpretação de factos históricos, porque, ele sim, terá sido acometido de verdadeiro "descalabro moral", não o que afirma ter sido o de Magalhães.

(Os factos e considerações a que faço referência estão consignados no livro de Gonçalo Cadilhe que atrás mencionei, o qual, no entanto, se limitou a transcrevê-los, sem os comentar, o que me pareceu não repor aquilo que parece verdade indesmentível, pelo que me julguiei na obrigação de sair em defesa de Magalhães, a despeito de o navegador dispor, como defesa maior, a sua vida e o exemplo que dela se pode colher).

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1577. A Marinha Grande revisitada em Portimão?

Por que raio de associação de ideias será que os sete tiros de pistola,

1. de calibre 7,62mm, (!!!)
2. disparados a cerca de 130 metros de distância do pavilhão de Portimão (!!!)
3. de onde, 30 minutos antes, tinha saído
el señor Sousa, (!!!)
[que Deus o conserve de boa saúde e rijo, para nossa enorme consolação, por muitas e celebradas décadas... conduzindo-nos a porto seguro...]
4. e em resultado dos quais apenas duas balas chegaram ao pavilhão, (!!!)

5. na sua cobertura superior, (!!!)

6. de tal forma altas, que era impossível que atingissem fosse quem fosse, (!!!)

de imediato me fez recordar uma "facéciazita" ocorrida na Marinha Grande, durante a campanha para a primeira eleição presidencial de Mário Soares, em princípios de 1986, com uns simulacros de "chapaditas" à mistura e que teve o condão de fazer subir a percentagem de intenções de voto em Mário, de uns míseros 7% para um score tal que venceu as presidenciais, com mais de 51%?


Legendas das fotos:

Na de cima e à esquerda, como convém, poderá o respeitável público apreciar uma bela imagem de el celebrado (sim, não é engano, eu queria mesmo escrever celebrado) señor Sousa, cerca de meia hora antes do grande acontecimento, quando se entretinha e deliciava a usar e abusar da verborreia, comme d'habitude.

Na de baixo, poderá o mesmo respeitável público ficar ciente, por imagem (apreciada por esses olhos que a terra há-de comer... mas só daqui por muitíssimos anos), da altura a que fica, a partir do chão, por onde circulam as pessoas, a cobertura superior do Portimão Arena onde duas balas de pistoleca, das sete disparadas, foram bater. São claramente visíveis duas pessoas, pelo que se pode constatar que a tal cobertura tem início inferior a uns bons 3 a 4 metros do solo, sendo de referir que - por outras fotos que foram publicadas - foi possível constatar que as balas não atingiram esse início inferior, mas sim pontos bastante mais acima.

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sexta-feira, 27 de junho de 2008

1576. Qual é ele, qual é?

Sabe que país é este representado no mapa?

Dou uma dica:
É um dos 27 da actual União Europeia.

Outra:
Desses 27, é actualmente o único em que os poderes públicos respeitam o cidadão comum.

Outra ainda:
O único em que a Democracia é coisa séria e não mera excrescência política, desprezível.

Já chega de dicas. Qual é, então, o país?

Vá lá, vá lá... mais uma:
Evidentemente que não se trata de Portugal. Mas isso já tinha percebido, não?

segunda-feira, 23 de junho de 2008

domingo, 22 de junho de 2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

1573. O cúmulo da ignomínia !

Consta por aí que este homem vai ser eleito vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD

Espera-se que o Partido não se deixe enredar na ignomínia máxima a que o podem sujeitar.

Seria a "desbunda total", a "sem vergonhice absoluta", a prova de que o Partido não tem solução e precisa de ser reformulado de alto a baixo, uma vez que premeia o crime e se oferece, qual prostituta barata, ao primeiro que lhe surge pela frente, mesmo que a tenha publicamente vilipendiado anos a fio.

Menos grave seria entregar-se ao Anacleto.


Para bem do PSD, do País, de todos nós, por amor de Deus que se deixe o homem continuar entretido no onanismo que tanto prazer lhe tem dado de há tantos anos para cá, mas não o metam no seio do Partido. Até porque - ou por ejacular precocemente ou por falhar o objectivo ou por lhe escassear o sémen - nada fecunda. Atrás de si não se constatam barrigas cheias, nem campos fertilizados. No seu rasto, só o deserto, a maior das desolações. Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma...

Menos grave seria entregar-se ao Jerónimo.


Pelo caminho que o Partido leva, porém, não sei não...

Chegará Manuela a 2009? Hum...
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1572. Gentes

México, Mérida
2003

click, para ampliar
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

1571. Afinal, Lineker tinha razão!...

Gary Lineker, famoso forward da selecção inglesa de há anos atrás ficou famoso por ser o excelente futebolista que foi, mas também por definir o futebol europeu do seguinte modo:

- O futebol europeu é um jogo de bola no pé, de onze contra onze e, no fim, ganha a Alemanha.


Então não é que o homem tinha razão?


Vem isto a propósito do jogo Portugal-Alemanha que esta noite se jogou.


Vejamos:

A estatística do jogo é impressionante!


Em cantos,
em remates, à baliza ou fora dela,
em situações de perigo,
em posse de bola,
em número de faltas cometidas,
em jogo jogado, enfim,
os alemães levaram aquilo que em futebol se chama de um "banho de bola".
Banho de bola tal que toda a segunda parte foi por eles vivida num "sufoco" permanente, tendo acabado o jogo acantonados na sua área defensiva, vulgarizados.

No entanto, ganharam. Porquê?

Deixe-me que esclareça algumas coisas e faça uma pergunta:

Esclarecimentos:

*
nos golos alemães houve erros nossos, sem dúvida
*
mas esses erros não teriam dado causa a golos deles se:
- no 2º, não houvesse dois alemães em nítido fora de jogo
(mas, se em abono do árbitro, se achar que o marcador do golo não estava, o colega dele estava mesmo e teve interferência na jogada, pois apareceram dois em frente do Ricardo, que teve que atentar nos dois)
- no 3º, não tivesse havido falta do Ballack a preceder o remate de cabeça do mesmo Ballack.


Pergunta:


* Por que razão houve uma tremenda preocupação por parte da TV em não passar novamente, em condições aceitáveis, a jogada do 2º golo, a tal em que há dois alemães em off-side?

Mais dois esclarecimentos:

*
Não sei se sabe, mas a UEFA dispunha de alguém, ligado à arbitragem (uma senhorita tanto quanto sei) a monitorizar as imagens de TV, com a missão de determinar in momentum, quais as que poderiam ser repassadas e quais as que não. Curiosamente, a imagem deste golo não foi repassada, a não ser de fugida e em enquadramento favorável à decisão tomada.
*
Já no golo do van Nystelroy, pela Holanda, em fora de jogo escandaloso, que a UEFA veio avalizar de forma absolutamente indecente e sem vergonha, acontecera o mesmo.

Pois é! Supunha que "apitos dourados" só havia por cá?
!?

Isto não é mau perder; é desgosto e revolta por perder por jogar contra cheaters.

Sei que já devia estar habituado a "isto" há uns bons anos, uma vez que tenho sido servido deste prato e de outros muitos semelhantes, ano após ano. Mas, que quer? Não consigo habituar-me a tal azia...

Enfim! ... jogo de bola no pé, de onze contra onze e, no fim, ganha a Alemanha. E, quando não são os alemães da Alemanha propriamente dita, são outros "alemões". Que os há por aí a pontapé. Corruptos há-os em qualquer canto. Sim, canto, porque eles só sabem viver pelos cantos e esquinas sombrios, cosidos com as paredes, na sua faina subterrânea.
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1570. De "repentemente"


De há muitos anos a esta parte (estou mesmo em crer que desde sempre...) as notas dos nossos alunos na disciplina de Português têm sido muito más.

Tal circunstância apenas tem corroborado o que qualquer cidadão, mesmo descuidado, certamente terá notado, sempre que, à frente dos olhos, lhe cai um simples bilhetinho escrito por um desses tais alunos.


De "repentemente", porém, a senhora ao lado retratada, conseguiu um milagre. Dos tais que nem a Senhora de Fátima seria capaz.
Qual?!?! Então não é verdade que se anota por aí que, por exemplo, nas provas de aferição do 6º ano, realizadas em Maio último por mais de 230 mil alunos de 6883 escolas, relativamente à disciplina de Português, as notas positivas ascenderam a 89,9% do total? De "repentemente", portanto!...

Diz-me o
feeling que não há, em todo o mundo, experiência igual. Nem houve. Nem haverá. Estes são resultados únicos de uma política também ela única.

E a senhora ao lado retratada continua a aparecer em público, sem que tenha o cuidado de esconder a cara atrás de um biombo, de um leque, de um simples lenço de assoar.


E por que razão haveria de aparecer com tais adereços? Pela simples razão de que bastará que qualquer cidadão vulgar de Lineu peça ao respectivo filho, frequentador daquele 6º ano, que lhe escreva um bilhetinho de três linhas a pedir-lhe que lhe aumente a semanada, porque a que lhe dá não chega nem para caramelos, para logo verificar que a tal percentagem de notas positivas a Português não passa de mais uma falácia dos serviços da senhora ao lado retratada e que ela avaliza e propagandeia com todo o pundonor.


E falácia continuaria a ser se o pai o fosse de um menino de frequentador do 9º ano. E falácia permaneceria, se o pai o fosse de um magano do 12º ano. E falácia ainda seria se o pai o fosse de um senhor doutor do 5º ano universitário.

Não acredita? Ok, faça a experiência, porque nada há como sermos confrontados com as realidades da vida, destruidoras de sonhos completamente idiotas...
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quarta-feira, 18 de junho de 2008

1569. Vamos virtualmente "tertuliar"?

O

e o



o primeiro do Eduardo Lunardelli, de Piacaba, Santa Catarina, Brasil, e o segundo do lisboeta Jorge Pinheiro, conheceram-se há pouco em Lisboa e, palavra puxa palavra, ideia gera ideia, lá acabaram por se conluiar e combinar uma tertúlia virtual, a verificar-se a cada dia 15 de cada mês futuro.

A ideia parece ser que, nesse dia - que se pretende perpetuar ad aeternum - eles e mais os bloguistas que a isso se disponham, publiquem em simultâneo um texto/imagem (ou apenas um dos dois), subordinados a tema previamente anunciado.

O tema para o próxima tertúlia - 15 de Julho - é "O melhor lugar do mundo" e a liberdade criativa é total. Na sua perspectiva, "o melhor lugar do mundo" tanto pode ser físico como imaterial, sensorial como imaginário, enfim, o que lhe der na realíssima gana.

Com tal liberdade de acção, de imaginação, de "desbunda" (???), imagine lá até onde poderá ir!...

Quer vir daí?

Inscreva-se junto de um ou de outro, tanto faz...

Aí ficam os links:

terça-feira, 17 de junho de 2008

1568. Tenho andado por aí...

Angkor Vat
Setº 2007


... mas cometi um lapso, de que só agora me apercebi.


Fui de férias e do facto deixei aviso para quem me enviasse emails.

No entanto, esqueci-me completamente de, à semelhança do que faço sempre, deixar aqui um post a assinalar igualmente essa minha ausência.


Coisas de velho!

Bem, mas cá estou uma vez mais, se bem que desta vez provavelmente mais "sossegado", uma fez que preciso de um bocado de descanso, já que andei pelos reinos de Espanha, que me seduzem, cada vez mais - imagine-se que, até finais da década de 80, torcia mesmo o nariz a tudo o que se relacionava com Espanha!... - a revisitar Cáceres, a belíssima e tradicionalíssima Salamanca (que me atrai de uma forma impressionante), a espantosa Ávila (e a sua assombrosa muralha), Madrid, em corrida, a caminho da bela Valência (dos edifícios do Calatrava), a encantadora Múrcia, o torrão que é Alicante, Granada e o seu incomparável Allambra, a fímbria de Cádiz, a tórrida e bem moura Sevilha, a quieta e milenar Mérida e, finalmente, os caramelos de Badajoz.

Estou, pois, a necessitar de algum repouso. Até porque, daqui a dois mesitos, lá vai ter que ser outra canseira semelhante.

Mas entro aqui devagar, não somente porque estou, agora, sim, em repouso; é que tenho que dedicar-me a outras tarefas que também me irão ocupar muito tempo, presumo.

A todos as minhas saudações de regresso. E as desculpas por não ter deixado o aviso aqui. Finalmente, àqueles que mesmo assim me visitaram e deixaram mensagens, algumas de preocupação, um grande abraço geral.
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