Os portugueses têm de salvar-se de si próprios, para salvarem Portugal

terça-feira, 30 de junho de 2009

2395. We are the world


We are the world
We are the children
We are the ones
who make a brighter day...
So let's start giving

Michael Jackson & Friends
1985
( o vídeo)

Cortesia de Ashera
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2394. Joachim Wtewael - Marte e Vénus apanhados

Marte e Vénus apanhados por Vulcano
1603-04
barroco
óleo sobre cobre
colecção particular
Joachim Wtewael
1566-1638

Mitologia romana

Marte, deus romano da guerra, o mesmo que o grego Áries. Filho de Juno e de Júpiter era o deus da guerra sangrenta e brutal.

Apesar de bárbaro e cruel, amava e era amado por Vénus, a deusa do amor, mulher de Vulcano, e com ela teve um filho, Cupido.

Vénus, divindade romana, a Afrodite grega, é a deusa do Amor e da Beleza. Conta o mito que surgiu de uma concha de madrepérola, sendo filha de Júpiter e Dione. Mulher de Vulcano, mantinha uma relação adúltera com Marte.

Foi uma das divindades mais veneradas entre os antigos. Fazia-se transportar num carro puxado por cisnes. Em "Os Lusíadas", o nosso épico apresenta a deusa como a principal apoiante dos heróis portugueses.

Marte, Vénus e Vulcano

Sabendo-se traído, Vulcano engendrou um estratagema e surpreendeu os adúlteros enquanto faziam amor, prendendo-os numa rede.
(a partir da Wikipedia)

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2393. NYT - Citação do dia

"Right now we are balanced on a knife’s edge. We do not like the Americans, but we also thank God when we see them with the Iraqi Army, because we know we can trust them more than the government forces."
Hamid Majeed, a Sunni Muslim in Baghdad.

"Agora estamos no fio da navalha. Não gostamos dos americanos, mas damos graças a Deus quando os vemos com o Exército iraquiano, porque sabemos que podemos confiar neles mais do que nas forças governamentais."
HAMID Majeed, um sunita de Baghdad.


* * *

É isso, não é? Há sempre alguém que faz de nós verdadeiros anjos.
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2392. Tenho andado a ver coisas?

Heresias

Fim de um ministro

Teixeira dos Santos (TdS) está muito acima da triste média que este Governo exibe. Seria descabido compará-lo com a dupla circense ‘Pinho-Lino’ ou com as inexistências na Justiça, na Agricultura, na Saúde, etc..

Mas não devemos subestimar o peso do convívio de TdS com os seus colegas. Não sei se por empatia, simpatia ou osmose, está cada vez mais igual a eles: ontem, até decretou o fim da crise. Pinho já o tinha feito noutra crise que ainda aí está (13.10.2006), lembro-me de Barroso anunciar a ‘retoma’ duas ou três vezes e Guterres só fugiu quando percebeu que as nossas crises não são passageiras.

Resta uma pergunta a TdS – se a crise está a acabar, então não vale a pena manter os brutais apoios à banca nem as obras públicas sem concurso até 5 milhões, não é assim?

Carlos Abreu Amorim, Jurista

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Mas as incongruências de Teixeira dos Santos alguma vez foram surpresa para alguém, a partir de mês e meio após ter substituído Campos e Cunha?

Foram? Não me digam!... Tenho andado distraído. Ou a ver coisas...

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2391. Ansiedade e precipitação

1. O presidente da República marcou as eleições legislativas para uma data diferente das eleições autárquicas. Fê-lo a contragosto: pelo que se percebeu das suas declarações, o chefe de Estado preferia que os dois actos eleitorais ocorressem ao mesm o tempo. Tal como o PSD. A atitude de Cavaco Silva foi sensata. Não só porque vai de encontro ao que a maioria dos partidos desejava, mas também porque as circunstâncias políticas do momento aconselham a que se separem as eleições.

Verdade que a realização em simultâneo das legislativas e das autárquicas poupava dinheiro ao país e tempo aos eleitores, como notou Manuela Ferreira Leite. Verdade que os eleitores portugueses têm maturidade suficiente para saber separar as águas no acto de votar. Verdade que a experiência já se consumou, sem notícia de grandes dramas, em muitas outras democracias. Por que razão não a aplicar, então, em Portugal? Resposta: porque as eleições legislativas de 27 de Setembro têm um carácter singular que nos deve obrigar a todos, partidos e cidadãos, a um sério exercício de reflexão.

A tempestade que se abateu sobre o país na sequência da crise económica e financeira deixou-nos sem fôlego e numa encruzilhada. Isto é: sem saber muito bem que caminho seguir para, pelo menos, vislumbrar a luz ao fundo do túnel. Acresce que o resultado das eleições europeias veio baralhar ainda mais os dados do problema. O "povo" castigou severamente o Governo e deu uma nova alma ao PSD, cuja líder esbracejava, até então, com vigor para se manter à tona. Isto quer dizer que o "povo" está disposto a dar uma oportunidade a Manuela Ferreira Leite.

Ora, se o momento é (muito) sério, porventura decisivo, e os eleitores querem ouvir o que o PSD tem para oferecer, o melhor é não deixar que nada se meta no meio de uma séria discussão sobre os destinos do País. Concentremo-nos nas legislativas. Oiçamos o que têm para nos dizer os partidos que almejam formar Governo, cotejemos as propostas de Sócrates e de Ferreira Leite, comparemos a personalidade de um e de outro. Sem pressas. Usando mais a razão do que o coração. Escolha feita, partamos para as autárquicas. Sem dramas.

Paulo Ferreira

Opinião JN 2009.06.30

* * *

Continuo a entender que com as eleições realizadas no mesmo dia, quem ganharia seria o país. E a poupança de uns milhões de euros (e não apenas de um milhão como por aí alguns tarefeiros afirmam) seria o ganho menor.

A maior afluência de eleitores às urnas do que vai acontecer é, esse sim, o bem mais precioso que tal solução consigo traria. Não interessa nada, se ela beneficiaria o PSD ou qualquer outro partido ou vice-versa. O que interessava era que o país ganhasse ou perdesse com isso. E, decididamente, ganharia. Tudo o mais que se diga, é engrolar o pagode.

No entanto, desta vez Manuela Ferreira Leite, para além de tramar o amigo Cavaco, tramou-se também.

Porquê?

Simplesmente, porque falou quando deveria ter estado calada e, falando, disse o que não devia, o que, muito pelo contrário, deveria tê-la obrigado a calar.

Ao falar por antecipação, tirou espaço de acção ao amigo.

O que se impunha era que nada tivesse dito naquela altura e, quando inquirida pelo Chefe de Estado, dissesse que, embora preferisse uma das soluções por lhe parecer a que melhor defendia os interesses do país, para o PSD tanto fazia uma como outra, já que confiava no discernimento dos portugueses e na sua capacidade de entender o que é melhor para Portugal.

Na ansiedade de sair da passividade e mostrar serviço, após uma inesperada vitória eleitoral que lhe caíu no regaço, precipitou-se, porém. E, com isso, entalou o amigo, que tinha já, ele também, manifestado essa mesma opinião.

Do entalanço do PR não vem grande mal ao mundo. Esperemos, contudo, que, com a ansiedade e precipitação subsequente, não tenha igualmente entalado o país. Donde, aí sim, já vem mal bem mais grave.

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2390. INEsices

Para grande satisfação governamental, o INE chegou à conclusão de que os portugueses, tanto os cidadãos indiferenciados, como os comerciantes, recuperaram em Junho os índices de confiança na economia portuguesa.

* * *

Só contaram p'ra você, n'é, INE?

Mesmo que isso não fosse pateta patranha, não era de um mês para o outro que se saía de uma profunda depressão para uma esperança, só para agradar ao INE que precisa de agradar ao Governo que desespera por agradar aos portugueses, a três meses das legislativas, para ver se os portugueses deixam de estar tão desagradados com o Govermo como estão.


E se metessem a malta do INE a sair para a rua, mesmo só lá no bairro em que têm a sede, e fizessem um pequeno inquérito a comerciantes, moradores e passantes e se deixassem de tretas, a tentarem engrolar as pessoas?

Olhem, olhem... perguntem ao António José de Almeida, aí na Avenida, mesmo à saída da porta, e logo verão a resposta que recebem.

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

2389. Freeport - Carlos Guerra entrevistado na RTP-N

Carlos Guerra, o ex-presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) que em 2005 esteve envolvido no caso Freeport e que recentemente foi constituído no referido processo judicial, acaba de ser entrevistado na RTP-N.

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Confesso que me faltam dados para poder fazer uma análise mais fundamentada do que disse.

No entanto, até pela insistência revelada em algumas afirmações, designadamente a perguntas curiosas da jornalista entrevistadora, quer-me parecer que deixou uma série de recados com destinatário muito marcado.
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2388. CNN Breaking News

Bernard Madoff acaba de ser condenado a 150 anos de prisão.

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Num processo daquela dimensão, em 7 ou 8 meses, fizeram-se as averiguações necessárias e o arguido foi julgado e está condenado.

Por cá, é o que se sabe.

Até com as mordomias continuam, como se se tratasse de benfeitores.

Frequentemente sinto uma enorme vergonha.
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2387. Fica avisado!

Heresias

Nome dos homens

Conta Jorge Luís Borges que um estudante de medicina foi passar uns dias a uma fazenda nas pampas que ficou isolada após uma inundação. Entediado, o rapaz descobriu uma bíblia que passou a ler, todas as noites, aos camponeses iletrados.

Narrou-lhes a Paixão de Cristo que foi martirizado para salvar os homens. "E, com a sua morte, salvou-nos a todos?", perguntaram-lhe. Que sim, garantiu o quase-médico. Então, uma manhã, pediram-lhe a bênção. Depois injuriaram-no, chicotearam-no e crucificaram-no.

Na Guiana, uma mãe que tinha o filho doente levou-o a uma igreja. Porque o queria salvar, deixou que o prendessem a uma cruz e o espancassem até à morte num rito a que chamam exorcismo. A notícia não diz como se chamava o infeliz – mas o nome é sempre o mesmo nestas histórias.

Carlos Abreu Amorim, Jurista

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Excelente crónica esta, sem dúvida.

Sugiro-lhe, porém, que não a vá contar - menos ainda ler - ali para as bandas da 2ª circular, frente ao Colombo...

Está avisado, ok?
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2386. Pelos menos, clarificam-se as coisas...

Tensão entre rivais: Declarações de Rui Costa chocaram José Eduardo Bettencourt

Sporting pondera corte de relações


As relações entre Sporting e Benfica ficaram seriamente abaladas após os incidentes no jogo de juniores entre os rivais, pelo que os leões ponderam mesmo cortar relações com o clube da Luz, apurou o CM. Ontem, o Sporting emitiu um comunicado a condenar o Benfica pelo sucedido. (...)

CM 2009.06.29

* * *

Sinceramente, também entendo que o corte de relações é o melhor que pode acontecer.

Pelo menos, clarificam-se a coisas. Afinal, o Sporting sempre esteve mancomunado com o FCPorto. Mesmo quando chorava baba e ranho por tudo quanto é sítio, dizendo-se prejudicado pelas manobras pintistas...

É preferível um "inimigo" que, como tal, fica catalogado, e em relação ao qual, portanto, estamos precavidos, do que um "amigo" falsete, com o qual corremos sempre o risco de sermos apunhalados pelas costas.

Se os vários dirigentes sportinguistas tivessem sido coerentes com as queixas que sempre fizeram e, assim, actuado em conformidade, há muito que as porcarias do nosso futebol teriam acabado ou, quando menos, sido substancialmente reduzidas. Mas o Sporting, através dos seus dirigentes, excepção feita ao curto período em que Santana Lopes foi presidente, nunca quis.

Lá saberão porquê...

Esta postura sportinguista foi sempre um dos grandes sustentáculos do impune poderio de Pinto da Costa.

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2385. O candidato de plástico

Sócrates traz magos da campanha 'online' de Obama

O PS quer que os meios 'online' que criou para a próxima campanha eleitoral tenham no eleitorado um efeito próximo daquilo que tiveram as plataformas usadas por Barack Obama, nos EUA, e que o levaram a ser o ocupante da Casa Branca. Amanhã, traz a Lisboa dois responsáveis dessa equipa. (...)

DN 2009.06.29

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Aí vem mais um candidato de plástico e gambiarras... agora na margem oriental do Atlântico.

Com magos e bolos se enganam os tolos...

Onde terá ele ganho a fortuna necessária para um estendal destes? Em tempo de crise!

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2384. Alguém o iguala?!

Embalado pelo rescaldo da recente vitória eleitoral, o PSD mostra-se já arrogante e revela mesmo semelhanças genéticas com a postura típica do engenheiro Sócrates.
Honório Novo, deputado do PCP, "Jornal de Notícias", 29-06-2009, citado pelo Público

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Esta é desculpável, porque o deputado do PCP está a fazer política e bem sabemos como em política tudo é exagero e sem medida razoável.

Então ó senhor deputado, que, afinal, já não é assim tão novo de mentalidade, acha que em arrogância e "postura típica" alguém consegue alguma vez assemelhar-se a Sócrates, ainda que de muito longe? Que raio de exageros, homem!

E, já agora? Por que raio de condicionamento, persiste, a exemplo de outros, em chamar "engenheiro" ao homem, se toda a gente sabe que engenheiro é que ele é coisa nenhuma? Que raio de mania que existe em Portugal de se atribuir a certas pessoas títulos a que nunca tiveram direito, caramba!

Engenheiro é só para quem é engenheiro; arquitecto, só para quem é arquitecto; dr. só para quem é médico. Os outros, são licenciados. E, grande parte dos "licenciados em" são verdadeiramente "licenciados de". Entendeu? Periode, c'um escafandro!

A subserviência completamente tola, é certamente um dos grandes motivos do nosso atraso cultural, da nossa fraquíssima mentalidade cívica.

O senhor, Honório Novo, porém, como comunista devia ser avesso a tal aberração. Por que motivo não é?
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Quando muito chame-lhe licenciado em engenharia, caraças! Ainda que lhe sobrem umas quantas dúvidas!

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2383. Claro que sim!


Sugerir que a ausência dos politólogos seria algo benéfico para o debate político parece-me insensato.
Pedro Magalhães, citado pelo Público
2009.06.29


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Claro que sim, seria insensato. Se essa ausência não incluísse também os políticos, seria coisa mesmo muito insensata.
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domingo, 28 de junho de 2009

2382. Browsers de quem visita este blog

Ao que parece, as pessoas estão a começar a reconhecer que o que aqui tenho dito acerca dos vários browsers do mercado corresponde à realidade, ou seja, que o Firefox é, de longe, o melhor, apresentando as páginas, principalmente dos blogs, com respeito pelas funcionalidades que lhes são atribuídas, e o Internet Explorer o pior, por deturpar tudo, desconfigurando as páginas, principalmente de blogs, assinalo uma vez mais.

E por que digo isto?


Simplesmente porque, tendo este blog crescido bastante
(de há 4 meses atrás para cá, passou de uma média de 70 visitantes diários, que faziam um pouco mais de 100 visitas, para os actuais 165 visitantes, também diários, que fazem em média, 235 visitas),
a constatação que se pode fazer igualmente é a de que, enquanto há cerca mês e meio, em cada 20 visitantes, 16 usavam o Internet Explorer e 4 o Firefox, actualmente desses mesmos 20 usam o Internet Explorer 9, o Firefox 9 e o Google Chrome 2.


Pode tardar mais ou menos, mas a verdade impõe-se sempre. ...
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2381. Tiques e figuras tristes

Portugal continua com os defeitos de sempre. Os privados servem o Estado e o Estado serve-se dos privados. Os tiques salazaristas mantêm-se: o Estado joga Monopólio e brinca às televisões. A PT fez uma figura triste.
Ricardo Costa, Expresso, 27-06-09, citado pelo Público em 2099.06.28

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Ora, ora, Ricardo Costa! Tiques e figuras tristes há-os por aí às pallettes. Principalmente em comissários políticos que vegetam ex abundante na Comunicação Social. Não me diga que não tem dado por eles, tão íntimos parecem ser-lhe...

Que distracção a sua!
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2380. Desculpe que o contradiga

A Voz da Razão

O país das maravilhas

Na passada quarta, o primeiro-ministro garantiu aos portugueses que nada sabia sobre o negócio PT/TVI. A declaração no Parlamento já roçava o inacreditável: detentor de uma ‘golden share’ na PT, e tendo a Caixa Geral de Depósitos como uma das accionistas, era preciso viver dentro de uma caverna, isolado do mundo e dos homens, para que o eng. Sócrates pudesse alegar desconhecimento.

Ontem, pelo ‘Expresso’, o pormenor que faltava: o governo conhecia o negócio há, pelo menos, seis meses. No momento em que escrevo, não houve ainda desmentido da notícia, o que permite concluir duas coisas. Primeiro, que o primeiro-ministro terá mentido. E, segundo, que a mentira pública de um primeiro-ministro não perturba um único cristão. Portugal não existe. O que existe é um país das maravilhas.
João Pereira Coutinho
DN 2009.06.28

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Desculpe que o contradiga, caro João Pereira Coutinho, mas as coisas não são bem assim.

First of all - O primeiro-ministro não terá mentido. Os primeiros-ministros não mentem - menos ainda se têm por apelido Sócrates -; quando muito distraem-se lá pelas veredas da verdade inconveniente.

Second of all - Se tivesse mentido, claro que isso teria perturbado muitos cristãos... não fora o caso de estarem muito assoberbados com as críticas ao presidente do Real Madrid por ter pago 94M€ pelo passe de C. Ronaldo e igualmente assoberbados com a preocupação de não criticarem tão acerbamente os 150M€ que o mesmo primeiro-ministro queria pagar para ver Moura Guedes fora do Jornal de sexta-feira (aqui para nós, não sei por que não fizeram a vontade ao homem. Tiravam a jornalista do Jornal de sexta-feira, recebiam os 150 milhões e... punham-na no Jornal de sábado - a menos que ela tivesse exigido mais do que os 150M€ para trabalhar ao fim de semana...).

Third of all - Portugal existe, sim. Por vezes parece que não, mas existe mesmo.

Last of all - É o país das maravilhas. Ah, pois é! Já Vasco Pulido Valente o dizia há muitos anos, na célebre coluna do Expresso, com esse mesmo título.

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2379. Quarenta, pá?!


Jardim Gonçalves continua a ter avião pago
e 40 seguranças
SIC Online - 2009.06.28

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Essa coisa do avião pago não me faz grande impressão, até porque o homem, se tiver de fugir, deve fazê-lo rapidamente para não ser apanhado, o que de carroça não é lá muito viável.

Portanto, embora seja depositante do Millennium e comece a temer pelo destino dos 500M€ que por lá andam em depósito que, ainda por cima, nem é de retorno seguro - or whatever - não é isso que me aflige.


O que me causa grande surpresa e dificuldades de aceitação é a questão dos 40 seguranças! O homem até nem parece ser assim tão grande como isso, caraças, pá!

Se 10 pegarem nele, os restantes 30 ficam sem espaço para lhe pegarem também. Ora, assim sendo, estarão à boa vida. E eu a pagar-lhes... Ná, discordo!
Não está certo!
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2378. Estupidez natural?

Por que razão tantos se indignaram com os 94 M€ que Cristiano Ronaldo custou ao Real Madrid - portanto, dinheiro espanhol, com o qual nada temos que ver - e tão poucos com os 150 M€ para correr com Moura Guedes - este, sim, dinheiro português, sangue, suor e lágrimas saídos do nosso esforço sobrehumano para pagar os indignos impostos que nos são sacados à má fé para serem gastos à tripa forra - ?

Mistérios incongruentes ou incongruências misteriosas, alguém me explica?

Ou continuamos burros chapados? E a ver demais do olho que vigia o vizinho e ceguetas do que devia vigiar-nos?


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2377. Parabéns

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Para a nossa sobrinha

Catarina

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sábado, 27 de junho de 2009

2376. If it sound like Marx...


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2375. Poor God!




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2374. Moura Guedes mais valiosa do que C.Ronaldo


No programa Sala de Imprensa, na TIV24, os cinco intervenientes, moderador e quatro jornalistas convidados, deram conta de terem feito uma descoberta realmente assombrosa.

Qual?!

Que o valor de mercado de Manuela Moura Guedes anda quase pelo dobro do de Cristiano Ronaldo.

?!?!?!?!

Sim, enquanto o Real Madrid pagou 94 M€ pelo passe de Cristiano - negócio que, aliás, em quase todo o mundo foi considerado escandaloso - o Governo Sócrates, por interposta PT, estava disposto a pagar 150 M€ para a todo o custo evitar que Manuela Moura Guedes voltasse a aparecer no Jornal de Sexta da TVI.

É obra!
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2373. A travagem no despedimento de Moniz

As intervenções do Presidente da República, da líder do PSD e dos restantes partidos da oposição travaram a saída de José Eduardo Moniz da direcção da TVI
Sol 2009.06.26

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Claro que a pressão dos blogues e a ameaça de que a Democracia Directa - DD interporia providência cautelar para travar a negociata não tiveram qualquer importância na questão...
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2372. A mentira?


Governo já conhecia negócio PT/TVI desde o início do ano
Capa do Expresso
2009.06.27


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A ser verdade esta "cacha" do semanário, tal significa que o desconhecimento do assunto, alegado pelo primeiro-ministro e pelo ministro das obras públicas, além de não ser mero duplo lapso de linguagem, deixou de ser mentirola inofensiva e inconsequente.

Passou, pelo contrário,à categoria de mentira de grande gabarito e desfaçatez, com seis meses de idade.

Assim sendo, sempre se dirá que há limites para tudo. E não é admissível que dois membros do governo, para mais sendo um deles o chefe, mintam assim tão descabeladamente aos cidadãos que é suposto governarem com honra, dignidade e respeito.
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2371. Explique lá, ó Marcelino.

No Parlamento, a oposição desconfiou. José Sócrates deixou que as suas palavras fossem contaminadas pela aversão que lhe merece o jornal de sexta-feira da TVI. Manuela Ferreira Leite aproveitou para fazer política e lançar a suspeita. Cavaco Silva por uma vez não foi prudente. E o primeiro-ministro, no fim, para que não restassem dúvidas quanto à sua posição e a do Governo, acabou com o negócio PT-Prisa que alguém quis sabotar com uma milimétrica fuga de informação.

Mais uma vez, a política partidária desceu aos negócios das empresas que o Estado tutela. Especulou. Mentiu. Manipulou. E, no fim, ditou as suas leis sobre um negócio que merecia ser avaliado por si mesmo - e já não vai ser.

João Marcelino

DN 2009.06.27

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"... um negócio que merecia ser avaliado por si mesmo - e já não vai ser"

Já agora, merecia ser avaliado porquê?

A PT, empresa em que o Estado tem palavra determinante, com poder de veto e tudo, como se viu, tinha, a certa altura, meia Comunicação Social em seu poder.

Em nome da transparência democrática, desfez-se do quase monopólio do Estado. Agora, porque convinha a algumas pessoas, com particular realce para o ainda primeiro-ministro, já não havia problemas de transparência democrática, é isso?

Explique lá, ó João Marcelino, essa sua opinião tão esclarecida, que o leva a fazer afirmação tão assertiva? Por favor, para ver se a gente compreende.

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sexta-feira, 26 de junho de 2009

2370. Este é o chefe do governo que temos

Anteontem, há 48 horas portanto, no plenário de S. Bento, nada sabia de um negócio que tinha forçosamente de conhecer, isto é, do que se perfilava no horizonte, entre a PT e a Media Capital, acerca da TVI.

Hoje, com a mesma cara, nas TVs e depois de apanhado com as calças na mão e com todo o país a observar, apertadíssimo da silva por todos os lados e mais um, veio dizer que o Governo, ou seja, ele próprio, comunicou à PT que se opunha à realização da mesma negociata...

De notar que esta oposição equivale a um veto em cima do negócio. Tal como a concretização do dito cujo não seria possível sem o seu agrément.

Este é o chefe do governo que ainda vamos tendo...

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2369. Manuela lá conseguiu...

Manuela Ferreira Leite levou bons anos a perceber, mas acabou por conseguir. E até já reconheceu, pelo menos em parte. Não há, pois, que ter pressa. A seu tempo e no seu passo acabará por lá chegar. Nem todos têm a mesma capacidade de prontidão.

E o que é que Manuela já percebeu e reconheceu, negando implicitamente o que antes dissera? Coisa tão simples de constatar como esta: que Pedro Santana Lopes é de uma enorme, inigualável humildade democrática.

Que, tendo sido presidente da Câmara Municipal de Lisboa, arrancada, por ele sozinho e contra muitas resistências mesmo no seu partido, das mãos da Esquerda folclórica - toda ela é folclórica, como se sabe - e primeiro-ministro a tirar as castanhas de outros do lume e depois ainda candidato a primeiro-ministro, teve a assombrosa humildade de entender que os parentes não lhe cairiam na lama se regressasse como candidato a presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Atitude que seria impossível de averbar relativamente a qualquer outro político português, mesmo de pacotilha.


É assim Pedro Santana Lopes. Por isso, há tanta gente por esse país fora a tê-lo em alta consideração. Sem restrições. Pena é que, após ele, tenha o modelo sido destruído.

Em parte, repito, já o reconheceu Manuela Ferreira Leite que ainda há tão pouco tempo dele dizia o que Maomé talvez não se atrevesse a dizer do toucinho e há não tanto tempo quanto isso, em uníssono com Marcelo Rebelo de Sousa e José Pacheco Pereira (pois quem haveria de ser?) e bem assim com o agora talvez também encavacado homem, contribuiu decisivamente para que Sampaio tivesse tido o atrevimento irresponsável que teve e igualmente para a sua derrota nas legislativas de 2005.

O que disse agora, sendo justo, não foi, porém, suficiente. Mas lá chegará também. É tão somente uma questão de tempo. Embora não sendo pombos, acabam por vir à mão...

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2368. E agora vou à vida...

... que está lá fora, à espera, impaciente, e é preciso dela tratar, para que não nos distrate..
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2367. Que confusão, Vasco!

Raramente os portugueses viveram a paz social e a paz política destes 30 anos de democracia
Vasco Pulido Valente, citado pelo Público

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Caro Vasco, não haverá aqui uma gralha? A troca de um "n" por um "d", ou seja, está escrito "destes" quando se pretendia escrever "nestes"?

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2366. Governados por uma aberração?

As duas questões mais candentes dos últimos dias - a tentativa de negócio entre a PT e a Média Capital e, bem assim, a existência de mais uma entidade de actividade secreta, a Fundação para as Comunicações Rápidas - vieram evidenciar perante o cidadão comum que estamos a ser governados por um camião carregado de anjinhos e santinhos. Anjinhos de papel pardo e santinhos de pau carunchoso, certamente.

Anjinhos porquê?

Ora, porque as coisas se passam mesmo nas suas barbas e com entidades que ou tutelam ou criam mesmo, como sejam a PT
- que não pode levar para a frente um negócio do montante que se previa sem o conhecimento e a anuência do ministro Mário Lino e, por conseguinte, do primeiro ministro - e a Fundação para as Comunicações Rápidas - tão rápidas que, na pressa, nem se lembraram de avisar o ministro Mário Lino, outra vez ele, pois então, e o primeiro-ministro, outra vez ele, pois então também, o que não os impediu de nele fazerem entrar 36 milhões de euros saídos dos impostos que aos cidadãos são sacados - quando, afinal, surpresos e inocentes, garantem de nada terem sabido.

Santinhos porquê?

Ora, porque jamais tentaram fazer fosse o que fosse por portas travessas, fugindo ao escrutínio público, está bem de ver.


Tantas mentiras seguidas em que já foram apanhados dão para se ter um mínimo de confiança em governantes destes? E sem que, da parte dos cidadãos, possa haver um mínimo de confiança, pode manter-se em funções um tal governo? Em democracia pode? Ou somente em regimes autoritários e despóticos se admite que tal aberração pode acontecer?
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quinta-feira, 25 de junho de 2009

2365. Josésito, já te tenho dito...



Sabia que esta modinha de há meio século está outra vez muito em voga?

Sabe a letra? Não?! E gostava de experimentar cantá~la, acompanhando a melodia?

O seu desejo é uma ordem. Divirta-se:


Josésito,
já te tenho dito
que não é bonito
andares-m'a enganar!


Josésito,
já te tenho dito
que não é bonito
andares-m'a enganar!

Chora agora
Josésito, chora,
que me vou embora
p'ra não mais voltar...


Chora agora
Josésito, chora,
que me vou embora,
p'ra não t'aturar...


Prevenção:

Também aqui, dos seis browsers experimentados
(Chrome, Safari, Opera, Netscape, Firefox e Internet Explorer) apenas o Internet Explorer deturpa o som.

Além de desconfigurar a imagem, adulterar as cores e obliterar funcionalidades, agora também deturpa o som.

Cada vez melhor... Browser amigo...

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2364. Ainda o controlo da Comunicação Social

Prossegue a estratégia governamental, no sentido de abafar, de uma vez por todas, a informação livre em Portugal.

A este propósito e sob o título Quinta fase da guerra para o controlo socratino da TVI, o confrade António Balbino Caldeira, no blog Do Portugal Profundo, publicou um post em que aborda os contornos da manobra.
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2363. Jorge Miranda queixa-se de quê?

O Rádio Clube Português - provavelmente outras rádios estejam a fazer o mesmo - tem estado toda a manhã a passar declarações muito magoadas de Jorge Miranda, nas quais dá conhecimento de que desistiu da candidatura a Provedor de Justiça indicado pelo PS e se lamenta por ter sido desconsiderado na sua pessoa, no seu saber, no seu valor, no seu estatuto, no seu etc., pelo PSD.

Para além da foleirice que é invocar o saber e o valor que se tem e bem assim o estatuto que se adquiriu e outras menoridades que tais, que em boca própria são, como é sabido, autêntico vitupério, Jorge Miranda não tem de que se queixar relativamente ao PSD.

Não porque o PSD se tenha conduzido bem em todo o processo, o que, na verdade, parece não ter acontecido.


Jorge Miranda, porém, não tem a mínima razão. E certamente que sabe não a ter.

Teria, isso sim, para vituperar-se e vituperar o PS. A este, porque, com toda a ligeireza, o meteu naquele assado, sabendo bem o que ia acontecer; a ele próprio porque, prezando assim tanto o saber próprio e mais etc. e etc. e etc., deveria cuidar mais deles e não se meter de cabeça, alegre e inconscientemente, em "cenas" de que não conhece o desfecho por antecipação.

Se tivesse tido esse cuidado indispensável, logo teria concluído que as coisas poderiam não correr bem, havendo mesmo a quase certeza de que correriam mesmo muito mal.

Porquê?


Porque teria sabido que o acordo de cavalheiros(?) existente entre PS e PSD estipulava que a indicação do Provedor de Justiça "cabia", desta vez, aos sociais-democratas.

Ora, assim sendo, se o PS, unilateralmente rasgava o compromisso e apresentava como seu um candidato que representaria uma afronta para o PSD, não por si mesmo mas pela deselegância da imposição, estava visto que ia haver mosquitos por cordas.


Mais: duvida-se muito - muito mesmo - que Jorge Miranda não estivesse ciente de tudo isso. E mais ainda: é estranho, tremendamente estranho, que não tenha desistido de candidatar-se mais cedo, ou seja, logo que os primeiros azedumes se manifestaram.

Assim, queixa-se de quê? De falta de respeito para com o seu saber, o seu valor, o seu estatuto?


Pois bem, queixe-se então. Mas do PS e, acima de tudo, de si próprio, os primeiros e maiores desrespeitadores. ...

E, acima de tudo, por ser quem é, por ter o valor que tem, por saber o que sabe, por ter direito ao estatuto que tem, "porqué no se calla?", evitando, desse modo, fazer figuras menos consentâneas com todos esses predicados de que tanto se arroga?


É que persistir em tal lamúria é certamente mais desprestigiante do que tudo o que ficou para trás.

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

2362. Uma nova Fundação, esta "pirata"

PSD exige explicações sobre Fundação para as Comunicações Móveis

O PSD exigiu, esta quarta-feira explicações do Governo sobre o dinheiro público transferido para a Fundação para as Comunicações Móveis, alegando que é uma «fundação fantasma», privada, mas com «sede no Ministério das Obras Públicas». Mário Lino diz não saber do que se trata.
(...)
TSF 2009.06.24

Segue aqui,
com mais texto e gravação áudio
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2361. Prossegue o ataque à informação livre na TVI


O assunto é mesmo sério.
E todos os portugueses de boa fé devem ser inteirados do que está na forja.

Para encurtar razões e tempo, veja
aqui e aqui.

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2360. As datas das eleições

Anda para aí uma polémica sem jeito, mas com algum sentido, acerca das datas das próximas eleições: legislativas e autárquicas.

Marcadas que estão as autárquicas para 11 de Outubro, há agora pressão sobre o Presidente da República, no sentido de que marque as legislativas para a mesma data; e há igualmente pressão para que marque data diversa daquela.


É evidente que ambos os lados defendem a sua dama por conveniência própria.

Argumentos defendidos por PSD para que ambas as eleições se realizem na mesma data, são, curiosamente, quase os mesmos - em alguns casos
exactissimamente os mesmos - que os dos que advogam o contrário. E, afinal, todos têm razão para agirem como agem, uma vez que defendem o que julgam melhor para si e para o interesse dos seus representados.

Vamos, então, tentar analisar alguns desses argumentos, os principais:

1. A realização das duas eleições em dias separados tem custos muito mais elevados do que se ambas se processarem num só dia, dizem uns; não senhor, o custo é igual, dizem, os outros, ou, pelo menos, com diferença desprezível, muito embora não refiram - nem sequer por estimativa - quão desprezível é tal diferença.

2. A realização de ambos os actos eleitorais no mesmo dia tem vantagens sob o ponto de vista democrático, uma vez que possibilita uma maior afluência às urnas, já que, com o desencanto que reina no país, relativamente à política, ir duas vezes a votos, no espaço de quinze dias, é coisa que uma significativa parte do eleitorado se recusará a fazer, dizem uns; pelo contrário, as duas eleições separadas constituem um estímulo para os eleitores, que assim se sentirão mais motivados, até porque com duas campanhas, ficarão muito mais esclarecidos.

Aqui ficam, pois, em traços gerais as duas posições que, repito, se compreendem, tendo em vista os interesses partidários, mas que não podem ser ambas aceites, por não estar uma delas conforme à realidade.

Não vou aqui aconselhar uma das posições em detrimento da outra. Prefiro deixar a análise da razão ou sem razão de cada qual a quem este post lê.


Limito-me, pois, a sugerir algumas perguntas, a que o leitor responderá para si mesmo:

a) acredita realmente que as duas eleições em dias separados obrigam a custos muito mais elevados, não só por parte do Estado (com a repetição de todo um processo eleitoral e respectivos custos com constituição das mesas de voto, já que os seus integrantes são pagos em todo o país, bem como o transporte em duplicado dos boletins de voto e todos os restantes procedimentos não somente de votação como de escrutínio), como por parte do conjunto dos eleitores, com as despesas de duas deslocações às assembleias de voto,
ou
a1) entende que não é verdade que os custos sejam mais elevados ou que, sendo-o, a diferença é assim tão desprezível como afirma Almeida Santos?

b) acredita que a realização das eleições num só dia favorece a comparência dos eleitores às urnas, uma vez que apenas terão que se deslocar uma vez,
ou
b1) entende que, pelo contrário, a realização das eleições em dias separados é que favorece essa comparência?

c) acredita que, com a eleição num só dia os eleitores estarão menos motivados para comparecerem à votação,

ou

c1) entende que, com a eleição em dias diferentes, os eleitores sentirão maior motivação para lá irem?

d) acredita que, com duas campanhas eleitorais em simultâneo, como aliás já aconteceu, os cidadãos ficarão menos esclarecidos,

ou
d1) entende que uma campanha eleitoral logo seguida de outra esclarece melhor os cidadãos?

Finalmente, mais uma pergunta, também com duas alternativas:


e) acredita que, ao fim de 34 anos e mais de 25 actos eleitorais de âmbito nacional, os cidadãos continuam completamente ignorantes e sem saberem o que efectivamente querem ou não querem ou

e1) entende que estão suficientemente esclarecidos acerca do que podem - ou não - esperar dos partidos e candidatos em presença?

Consoante o saldo das respostas que der a estas questões, assim estará em condições de responder também à magna questão de saber se as eleições legislativas e autárquicas devem realizar-se no mesmo dia ou em dias diferentes, com duas semanas de intervalo.


Está a ver como é simples o que os políticos teimam a complicar?

Uma última nota:


A opção será ainda mais fácil para quem tenha já decido que nenhuma das candidaturas lhe serve, pelo que VOTARÁ NULO, como fará quem - agindo em conformidade com o que durante anos e anos vem pensando e dizendo acerca da actual política portuguesa - entende que não pode, sem evidenciar incoerência de atitude por não se terem modificado os pressupostos, contrariar hoje o que há anos diz e, por outro lado, não gosta que votem por si ou porque se absteve ou porque foi às urnas e lá deixou, como bênção para os batoteiros, um lindo votinho em branco, mesmo à mão de semear...
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2359. Freeport - Quinto arguido ?

Caso Freeport
Secretário de Sócrates interrogado

Rui Gonçalves desempenhou um papel fundamental no processo de aprovação do Freeport em Alcochete. Por isso, foi ouvido como testemunha na passada sexta-feira, mas não é de excluir que, tal como aconteceu com Carlos Guerra, antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), venha a ser constituído arguido.

O Correio da Manhã sabe que essa possibilidade está em cima da mesa, tanto em relação a Rui Gonçalves, como a outras pessoas, já ouvidas como testemunhas. Fique a saber tudo na edição desta quarta-feira do CM.
CM 2009.06.24
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2358. A burkha vai contra a dignidade da mulher

FRANÇA

Presidente contra uso da burka

Estudo de uma lei para proibição

Sob a alegação de que a burka “não é uma questão de religião, mas de servidão”, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, abriu guerra ontem contra a vestimenta tradicional muçulmana que cobre o corpo da mulher – só os olhos à mostra.

Em um discurso no qual definiu a burka como indumentária que não bem-vinda, Sarkozy invocou até mesmo princípios tradicionais do seu país, famoso pelo civismo, pela laicidade e pelas máximas da “liberdade, igualdade e fraternidade”.

– A burka vai contra a ideia da república francesa sobre a dignidade da mulher – disse ele.

A declaração de Sarkozy foi feita uma semana depois de o governo francês aceitar a possibilidade de estudar uma lei que proíba o uso da burka no país. Ocorreu durante discurso solene no Palácio de Versailles dirigido ao parlamento do país (as duas Casas) e reavivou uma polêmica ocorrida em 2004 sobre o véu islâmico – na época, em razão desse véu, foi aprovada uma lei que proíbe o uso de qualquer símbolo religioso em locais públicos.

Tal como parece ser o caso agora, a iniciativa promoveu um debate entre os defensores das liberdades individuais e os que consideram que estas podem ser limitadas em nome da laicidade.

Diário Catarinense, Brasil, 2009.06,24

* * *

Sarkozy disse mesmo mais. Que não se trata de questão religiosa, falsamente invocada. Trata-se, isso sim, de uma questão de dignidade da mulher.

Significa isto que Sarkozy, disse, loud & clear, aquilo que uma série de poltrões, alapardados nos vários poderes desta Europa de "Chamberlains" de pacotilha, pensam mas não se atrevem a murmurar, sequer, não vão os árabes zangar-se muito. Credo!


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Arthur Neville Chamberlain (1869-1940) foi 1º ministro de Inglaterra no período que antecedeu a II Grande Guerra Mundial.

Defendia uma política de convivência pacífica com Hitler, tendo, na Conferência de Munique, condescendido com a divisão da Checo-eslováquia e a anexação da Boémia por parte do III Reich.

(a partir da Wikipedia)

2357. Autoeuropa (opinião)

Em dia de S. João uma estória de traição

O título é um pouco exagerado, como se diz dos publicitários. Por outro lado, em dia de S. João o tema também corre o risco de ser pouco popular e ainda muito menos santo, mas se as notícias não escolhem hora, os comentários também não podem perder o pé.

Claro que nesta quadra de santos populares o pé deveria fugir-me mais para o bailarico, mas acontece que me fugiu para esta estória de muito pouco amor e solidariedade em tempo de crise.

Para quem não está familiarizado com o assunto, a Administração da Autoeuropa tinha chegado a um pré-acordo com a Comissão de Trabalhadores da empresa para salvaguardar o emprego a 250 funcionários contratados a prazo, o que implicava o corte no pagamento de trabalho extraordinário realizado em seis sábados por ano. Esta medida abrangia os trabalhadores que já tivessem beneficiado de mais de 22 dias anuais pagos sem produção.

Este pré-acordo foi alvo de um referendo interno na Autoeuropa e para enorme surpresa da Administração da Autoeuropa e da Comissão de Trabalhadores, a solução foi rejeitada, ainda que por pequena margem.

Em consequência do falhanço do acordo, os 250 trabalhadores em causa poderão vir a ser dispensados a todo o momento.

Ficamos todos a saber que na Autoeuropa de Setúbal há 1381 trabalhadores para quem a solidariedade é uma palavra vã. 1381 profissionais que não estão dispostos a abdicar de umas migalhas para que 250 dos seus colegas possam ter o pão do-dia a-dia.

A Autoeuropa está onde está graças ao esforço de milhões de portugueses. Se veio para cá e cá continua é porque este Governo, bem como os anteriores, fizeram das tripas coração para a obter e para que cá continuasse, mesmo em tempos de enorme crise no sector como aquela que atravessamos. Quem diz o Governo, diz todos nós, porque se trata dos impostos pagos pelos contribuintes de todo o país, que foram solidários com o problema de desemprego que afligia toda a região de Setúbal nessa época. Quem é que não se lembra das manifestações em que se falava de fome e se empunhavam bandeiras negras?

Pois estes 1381 trabalhadores, que escaparam da miséria e estão melhor na vida graças a isso tudo, que estão fartos de ganhar horas extraordinárias pagas a mais de 200% e já beneficiaram de muitos dias pagos sem trabalharem (ainda que aí a culpa não seja deles) não foram capazes de acertar uma pequena redução no pagamento de algumas das suas horas extraordinárias, que permitisse salvar o emprego a 250 dos seus colegas.

Extraordinária é esta estória de verdadeira "traição", que me choca particularmente em dia de S. João. Um feriado que se segue a uma noite de rusgas populares e festa garantida até às tantas, em que milhares de portuenses e forasteiros dão as mãos e comungam de uma alegria de viver solidária que nem umas marteladas nem o cheiro a alho porro é capaz de estragar.

Já uma estória destas, onde não deve ter faltado a mãozinha da CGTP, deixa muito a desejar.

JN 2009.06.24 (coluna de opinião)

* * *

Sem comentários, por desnecessidade...

A quem aproveita?

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2356. Movimentações já esperadas...

TVI: PT negoceia 30% da Media Capital

CMVM obrigou a operadora a divulgar informações sobre o negócio avançado pelo i


A Portugal Telecom confirmou ontem na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) "a existência de contactos entre o grupo Prisa e a PT" para a compra de uma participação no capital accionista da Media Capital. O comunicado emitido ao início da noite não especifica a participação em causa e refere apenas que estão em cima da mesa "diversos cenários de investimento, incluindo a possível aquisição de uma participação" na Media Capital. O i sabe que o acordo contempla uma posição de 30% na dona da TVI, por valores abaixo dos 150 milhões de euros.

O comunicado surgiu na sequência da notícia ontem avançada pelo i, que considerava a PT perto de fechar o negócio com a Prisa. Esta informação levou a CMVM a pedir esclarecimentos à operadora de Zeinal Bava, que, por ser uma empresa cotada em bolsa, está obrigada a publicitar informação privilegiada. Após esse contacto da CMVM, a PT acatou a decisão de publicar um comunicado com detalhes da operação, por se ter considerado que a informação sobre o negócio é relevante para os investidores e demais accionistas da PT.

Comunicada a existência de negociações, fica a faltar apenas o anúncio do acordo final entre as duas partes, o que deverá acontecer nos próximos dias.
(...)
i 2009.06.24

* * *

Não era nada que não se pesperasse a todo o momento, a partir do dia em que a Informação da TVI começou a trabalhar a sério.

Era fatal como o Destino. Na luta pelo controlo da Comunicação Social não há espaço para tréguas.
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2355. Freeport - Quarto arguido

Ex-presidente do Instituto de Conservação da Natureza
Ministério Público confirma que Carlos Guerra é arguido no processo Freeport

O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) confirmou hoje que Carlos Guerra, ex-presidente do Instituto de Conservação da Natureza, foi constituído arguido no âmbito do inquérito ao chamado caso Freeport.

"Confirma-se que Carlos Guerra foi constituído arguido", informou o DCIAP, que está a investigar aquele caso relacionado com o licenciamento do outlet de Alcochete, em 2002.

Numa nota enviada à Lusa, o DCIAP esclarece também que "ao referir-se que estão a ser realizadas diligências com carácter de urgência, isso significa somente que sendo o processo classificado de urgente todas as diligências o são, informação que se dá a fim de evitar especulações".

A notícia de que Carlos Guerra se tornou no quarto arguido do processo foi avançada sexta-feira pela TVI, que revelou que este foi interrogado na passada quarta-feira no DCIAP pelos procuradores Vítor Magalhães e Paes Faria e ainda por inspectores da PJ de Setúbal.
(...)
Público 2009.06.24

* * *

Carlos Guerra é o quarto arguido constituído no processo, depois de Charles Smith, Manuel Pedro e Capinha Lopes.

Foi noticiado esta manhã que Rui Gonçalves,
o ex-secretário de Estado do Ambiente, que assinou a Declaração de Impacto Ambiental que autorizou o Freeport, será, em princípio, ouvido como testemunha.
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terça-feira, 23 de junho de 2009

2354. Em Português diverso nos entendemos



Martinho da Vila e Kátia Guerreiro

Esta é também prova - mais uma - de que aqueles caras e gajos que andam para aí armados em palermas a engendrar acordos ortográficos sem sentido, melhor fora que nunca tivessem deixado o ramo de árvore em que estavam sentados, coçando o traseiro.


Cortesia de L.Castanheira
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2353. Escondam o governo, por amor do PS

A teoria de que a melhor forma de o PS vencer as legislativas do Outono que está para vir será esconder o governo Sócrates é, na verdade, "primária", bem pouco abonatória da capacidade analítica e táctica de quem a formulou. Talvez resultante da névoa que, lá por aqueles lados, persiste em manter-se por muitos meses a cada ano que passa.

Seria a modos que um grito de alarme e prevenção:

- Escondam o governo, por amor ao PS. Façam constar que não é do PS!!!

Alerta tardio.

È pure... aquela seria a única que poderia dar aos socialistas algum alento e - pequenas embora - perspectivas de melhor futuro do que o que se lhes antevê.

Mas tal teoria é mais inatingível desiderato do que qualquer outra coisa.

Na verdade, sabendo-se embora que a memória das gentes é curta como caçadeira de canos serrados, ela não é tão curta assim, que, uma vez disparada, deixe de provocar mossa grave, á distância de três meses da débacle de 7 do corrente.

Se o fosse... mais valeria fecharmos as portas do país e iniciarmos desde já a nossa Diáspora final, rumo a paragens onde os ares se revelassem mais saudáveis, já que os daqui teriam transformado Portugal num imenso hospício medieval.

Ora, ainda não, minha gente, ainda não... Que o pessoal, embora não pareça as mais das vezes, sempre vai resistindo. Ao fim e ao cabo, sempre vai resistindo...
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

2352. A avaliação do desempenho



Um talhante foi surpreendido pela entrada de um cão no talho.

Enxotou-o mas o cão voltou logo de seguida. Novamente tentou afastá-lo, mas reparou que o cão trazia um bilhete preso nos dentes.

Então, pegou no bilhete e leu:

"Pode mandar-me 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor?"

O cão trazia também uma nota de 50€.

O homem pegou no dinheiro, pôs as salsichas e a perna de carneiro num saco e colocou-o na boca do cão.

De imediato o animal saíu e começou a descer a rua. Ao chegar ao cruzamento, depositou o saco no chão, pulou e carregou no botão do semáforo. O talhante ficou realmente impressionado. Como já estava na hora de fechar o talho, decidiu seguir o cão.

Atravessou a rua e caminhou até uma paragem de autocarro, sempre na peugada do cão

Uma vez ali, o cão esperou pacientemente que o sinal ficasse verde para os peões e, assim, pudesse atravessar em segurança.

Na paragem dos autorcarros, olhou para o painel dos horários e sentou-se no banco, à espera.

Quando um autocarro chegou, foi até à frente para conferir o número e voltou para o seu lugar.

Outro autocarro chegou e o cão tornou a ir conferir. Tendo constatado que era o que lhe interessava entrou.

Boquiaberto,
o talhante, seguiu-o.

Mais adiante o cão levantou-se, ergueu-se nas patas traseiras e premiu o botão de paragem, tudo isso com as compras ainda presas nos dentes.

Saíram do autocarro e foram andando pela rua, até que o animal parou à porta de uma casa e pousou as compras no passeio.

Então, correu e atirou-se contra a porta. Tornou a fazer o
mesmo mas ninguém respondeu. Então contornou a casa, pulou um muro baixo, foi até à janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes.

Caminhou de volta para a porta e, de repente, um tipo enorme abriu a porta e começou a espancar o bicho.

O talhante correu até ao homem e impediu-o, dizendo:

- Ó homem de Deus, acabe lá com isso! O que é que você está a fazer? O seu cão é um génio!

- Um génio?! É já é a segunda vez que esta semana, o estúpido se esquece da chave e você chama-lhe génio?!

Pois é...

Por muito que excedas as expectativas... a tua avaliação acaba sempre por depender da competência de quem te avalia...


Cortesia de C.Rebelo
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2351. A agudeza de visão...

... que faz descobrir o argueiro no olho do próximo é quase a mesma que esconde a tranca em olho próprio.

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Benfica abre guerra entre juízes


Eurico Reis, juiz desembargador e membro da Associação de Juízes pela Cidadania, quer afastar Rui Rangel da presidência desta associação devido ao seu envolvimento na campanha "Benfica, vencer, vencer".

Eurico Reis disse ao i considerar "inaceitável" o "papel visível e preponderante na campanha" devido à "conduta que um juiz deve ter, ainda mais estando num órgão superior [Rui Rangel é membro do Tribunal da Relação de Lisboa]." Por isso, pediu a marcação de uma reunião onde se decidisse o afastamento de Rangel. O encontro está marcado para dia 29 deste mês. Eurico Reis baseia-se num comunicado do Conselho Superior de Magistratura de 2008 em que se lê: "É desaconselhável a participação de magistrados judiciais em órgãos estatutários de entidades envolvidas em competições desportivas profissionais por considerar que essa participação é susceptível de se repercutir negativamente sobre a imagem e o prestígio do conjunto da magistratura."
i 2009.06.22

Segue aqui.

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Para encurtar razões, que o assunto vale menos do que meia dúzia de peanuts, direi que Eurico Reis tem razão.

E tanta como a que teria tido se tivesse considerado "inaceitável" o "papel visível e preponderante" devido à "conduta que um juiz deve ter, ainda mais estando num órgão superior", quando ele próprio, desembargador Eurico Reis, andou por aí, insistentemente, a perorar, sem contenção, por tudo quanto era televisão, pondo mesmo em cheque e dúvida, embora sem frontalidade, sabe-se lá por quê, decisões judiciais alheias.
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